Mil olhos, mil braços: relatos de um punk antropofágico na China vermelha

Mil olhos, mil braços: relatos de um punk antropofágico na China vermelha

Mil olhos, mil braços: relatos de um punk antropofágico na China vermelha

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Foi necessária não mais do que meia década para os Dirty Fingers, banda do subúrbio de Xangai, conquistarem todo o território chinês. Este é um livro biográfico-ficcional de uma história presente, uma experiência de self-in-process, inacabada, como se a música fosse uma metáfora da própria identidade que vem sendo construída por Xiaohai, Xiaotian, Haiming e Ale Amazonia, o baterista brasileiro que dá voz à narrativa. E assim como uma composição, a história se faz, ela nasce, criam-se os arranjos, ela é gravada em apenas uma forma, dentre as diversas opções, que depois são feitas em performances e multiplicadas. Não existe aqui uma rigidez quanto aos fatos, até porque, ao falar sobre passado, tudo é dilatado; sobre o futuro, tudo é imprevisível. E como na lógica taoísta de percepção sobre a vida, a única ordem/regra da vida é a inconstância dela mesma. No entanto, naquela manhã do dia 1° de abril de 2019, ao consultar o oráculo I-Ching, o Hexagrama 23 era taxativo: Desintegração. “Seus aliados foram presos ou mortos, os alicerces de sua casa estão prestes a desabar, as forças inimigas avançam implacavelmente sobre suas terras, os ardilosos, manipuladores e dissimulados finalmente se revelam para subir ao seu trono, fuja para sobreviver ou prepare-se para sua total derrota”. Só é possível estilhaçar o que já foi inteiro, sólido e consistente.
Características
Autor Ale Amazonia
Biografia Foi necessária não mais do que meia década para os Dirty Fingers, banda do subúrbio de Xangai, conquistarem todo o território chinês. Este é um livro biográfico-ficcional de uma história presente, uma experiência de self-in-process, inacabada, como se a música fosse uma metáfora da própria identidade que vem sendo construída por Xiaohai, Xiaotian, Haiming e Ale Amazonia, o baterista brasileiro que dá voz à narrativa. E assim como uma composição, a história se faz, ela nasce, criam-se os arranjos, ela é gravada em apenas uma forma, dentre as diversas opções, que depois são feitas em performances e multiplicadas. Não existe aqui uma rigidez quanto aos fatos, até porque, ao falar sobre passado, tudo é dilatado; sobre o futuro, tudo é imprevisível. E como na lógica taoísta de percepção sobre a vida, a única ordem/regra da vida é a inconstância dela mesma. No entanto, naquela manhã do dia 1° de abril de 2019, ao consultar o oráculo I-Ching, o Hexagrama 23 era taxativo: Desintegração. “Seus aliados foram presos ou mortos, os alicerces de sua casa estão prestes a desabar, as forças inimigas avançam implacavelmente sobre suas terras, os ardilosos, manipuladores e dissimulados finalmente se revelam para subir ao seu trono, fuja para sobreviver ou prepare-se para sua total derrota”. Só é possível estilhaçar o que já foi inteiro, sólido e consistente.
Comprimento 21
Edição 1
Editora AUTONOMIA LITERÁRIA
ISBN 9786587233666
Largura 14
Páginas 212

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