Essência da Liberdade Humana, A: introdução à filosofia

Essência da Liberdade Humana, A: introdução à filosofia

Essência da Liberdade Humana, A: introdução à filosofia

  • EditoraVIA VERITA
  • Modelo: VV65067
  • Disponibilidade: Em estoque
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Ao lermos o título da presente preleção de Martin Heidegger, preleção essa ministrada no semestre de verão de 1930, a associação entre a essência da liberdade humana e a introdução à filosofia pode parecer estranha. Na verdade, estamos acostumados a pensar o problema da liberdade como um problema pontual da filosofia, associado tão somente a uma região particular de seu todo: à ética. Assim, introduzir à filosofia por meio de um questionamento acerca da liberdade humana parece no mínimo algo arbitrário. Será, então, esse procedimento mais um capítulo da tão famigerada violência interpretativa de Heidegger? Será que o filósofo está nos obrigando a largar todo bom senso e a seguir por uma via necessariamente equivocada? A resposta a essas perguntas depende antes de tudo de uma clareza quanto ao horizonte no qual Heidegger insere o problema da liberdade humana. Para Heidegger, o homem não é livre porque é simplesmente dotado de uma capacidade de julgar por si mesmo e, nesse sentido, não precisa estar submetido à tutela de nenhuma instância externa de deliberação. O homem não é livre porque é dotado de uma vontade livre e de uma capacidade de se libertar de todo jugo exterior. Ao contrário, a liberdade do homem está em uma articulação direta com a própria situação originária do homem em relação aos entes, ao fato de que o homem está aberto para o acontecimento do ente enquanto ente e para a possibilidade de perguntar sobre o ser do ente enquanto tal. E isso não apenas porque ele pode formular questões pontuais sobre um ente ou um conjunto de entes, mas porque ele pode transformar em questão o ente na totalidade. Liberdade é, nas palavras do próprio Heidegger, a essência da verdade entendida como essa abertura mesma do ente como um todo. Nós somos livres porque a nossa condição originária, o nosso modo de nos encontrarmos abruptamente no mundo, não nos aprisiona em nenhuma relação natural com o que acontece, mas abre sempre ao mesmo tempo o espaço para as tensões constitutivas do ente que questiona. Assim, a associação heideggeriana entre a essência da liberdade humana e a introdução à filosofia, associação essa estabelecida em meio a um longo diálogo com o pensamento crítico de Immanuel Kant, não segue senão a velha chama platônica que descreve a atividade filosofante como um caminho rumo à liberdade. É por isso que o presente livro possui um lugar privilegiado em nossa Biblioteca do Ocidente.
Características
Autor MARTIN HEIDEGGER
Biografia Ao lermos o título da presente preleção de Martin Heidegger, preleção essa ministrada no semestre de verão de 1930, a associação entre a essência da liberdade humana e a introdução à filosofia pode parecer estranha. Na verdade, estamos acostumados a pensar o problema da liberdade como um problema pontual da filosofia, associado tão somente a uma região particular de seu todo: à ética. Assim, introduzir à filosofia por meio de um questionamento acerca da liberdade humana parece no mínimo algo arbitrário. Será, então, esse procedimento mais um capítulo da tão famigerada violência interpretativa de Heidegger? Será que o filósofo está nos obrigando a largar todo bom senso e a seguir por uma via necessariamente equivocada? A resposta a essas perguntas depende antes de tudo de uma clareza quanto ao horizonte no qual Heidegger insere o problema da liberdade humana. Para Heidegger, o homem não é livre porque é simplesmente dotado de uma capacidade de julgar por si mesmo e, nesse sentido, não precisa estar submetido à tutela de nenhuma instância externa de deliberação. O homem não é livre porque é dotado de uma vontade livre e de uma capacidade de se libertar de todo jugo exterior. Ao contrário, a liberdade do homem está em uma articulação direta com a própria situação originária do homem em relação aos entes, ao fato de que o homem está aberto para o acontecimento do ente enquanto ente e para a possibilidade de perguntar sobre o ser do ente enquanto tal. E isso não apenas porque ele pode formular questões pontuais sobre um ente ou um conjunto de entes, mas porque ele pode transformar em questão o ente na totalidade. Liberdade é, nas palavras do próprio Heidegger, a essência da verdade entendida como essa abertura mesma do ente como um todo. Nós somos livres porque a nossa condição originária, o nosso modo de nos encontrarmos abruptamente no mundo, não nos aprisiona em nenhuma relação natural com o que acontece, mas abre sempre ao mesmo tempo o espaço para as tensões constitutivas do ente que questiona. Assim, a associação heideggeriana entre a essência da liberdade humana e a introdução à filosofia, associação essa estabelecida em meio a um longo diálogo com o pensamento crítico de Immanuel Kant, não segue senão a velha chama platônica que descreve a atividade filosofante como um caminho rumo à liberdade. É por isso que o presente livro possui um lugar privilegiado em nossa Biblioteca do Ocidente.
Comprimento 21
Edição 1
Editora VIA VERITA
ISBN 9788564565067
Largura 14
Páginas 348

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