Do modo de existência dos objetos técnicos

Do modo de existência dos objetos técnicos

Do modo de existência dos objetos técnicos

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"Podemos dar o nome de fase mágica à fase primitiva e original da relação do homem com o mundo, considerando o modo mágico de existência como aquele que é pré-técnico e pré-religioso [...]. O modo mágico de relação com o mundo não é inteiramente desprovido de organização. Ao contrário, é rico em organização implícita, ligada ao mundo e ao homem. A mediação entre homem e mundo ainda não está concretizada e constituída separadamente, por meio de objetos ou de seres humanos especializados, mas existe funcionalmente numa primeira estruturação, a mais elementar de todas ? a que faz surgir a distinção entre figura e fundo no universo. [...] O universo mágico original, rico em potenciais, estrutura-se ao se desdobrar. A tecnicidade aparece como um dos dois aspectos de uma solução para o problema da relação entre homem e mundo. O outro aspecto, simultâneo e correlato, é a instituição das religiões."
Gilbert Simondon

* * *

"Do modo de existência dos objetos técnicos" é um espelho que Gilbert Simondon coloca na frente dos homens para que eles possam se ver. Este livro deslumbrante põe a técnica no centro do modo humano de existência, contra as deformações às quais a tecnofobia e a tecnocracia a sujeitam, ao concebê-la como produto e instrumento de um exercício de poder sobre a natureza e o homem.

Elementos técnicos, indivíduos técnicos e conjuntos técnicos são os protagonistas do processo sistêmico analisado por Simondon. Neles, o domínio do humano emerge e toma forma dentro da natureza, como forma de existência, estabelecendo uma relação complexa com ela e consigo mesmo, uma relação que o humanismo idealista não consegue reconhecer.

Em sua obra, Simondon expõe um olhar privilegiado sobre a essência social do homem, repensando implicitamente a fórmula oferecida pelo materialismo marxista: os homens se reconhecem na técnica, e não no trabalho ? portanto, na técnica apesar do trabalho ?, o qual reproduz as relações sociais de poder que determinam as formas históricas.

Graças a este livro, os homens se tornaram finalmente capazes de compreender na técnica a sua própria singularidade como seres naturais, sem projetá-la em uma transcendência enganosa e autodestrutiva.

Andrea Bardin
Oxford Brookes University

* * *

Gilbert Simondon (1924-1989) estudou na École Normale Supérieure em Paris. Foi professor de filosofia e de física em uma escola secundária. Em 1958 defendeu sua tese de doutorado, que consistia em duas obras: "Individuação à luz das noções de forma e informação" e "Do modo de existência dos objetos técnicos". Ambas foram publicadas no mesmo ano. Em 1963 foi nomeado professor na Sorbonne, onde liderou durante vinte anos um laboratório de psicologia geral e de tecnologia.
Características
Autor Gilbert Simondon
Biografia "Podemos dar o nome de fase mágica à fase primitiva e original da relação do homem com o mundo, considerando o modo mágico de existência como aquele que é pré-técnico e pré-religioso [...]. O modo mágico de relação com o mundo não é inteiramente desprovido de organização. Ao contrário, é rico em organização implícita, ligada ao mundo e ao homem. A mediação entre homem e mundo ainda não está concretizada e constituída separadamente, por meio de objetos ou de seres humanos especializados, mas existe funcionalmente numa primeira estruturação, a mais elementar de todas ? a que faz surgir a distinção entre figura e fundo no universo. [...] O universo mágico original, rico em potenciais, estrutura-se ao se desdobrar. A tecnicidade aparece como um dos dois aspectos de uma solução para o problema da relação entre homem e mundo. O outro aspecto, simultâneo e correlato, é a instituição das religiões."
Gilbert Simondon

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"Do modo de existência dos objetos técnicos" é um espelho que Gilbert Simondon coloca na frente dos homens para que eles possam se ver. Este livro deslumbrante põe a técnica no centro do modo humano de existência, contra as deformações às quais a tecnofobia e a tecnocracia a sujeitam, ao concebê-la como produto e instrumento de um exercício de poder sobre a natureza e o homem.

Elementos técnicos, indivíduos técnicos e conjuntos técnicos são os protagonistas do processo sistêmico analisado por Simondon. Neles, o domínio do humano emerge e toma forma dentro da natureza, como forma de existência, estabelecendo uma relação complexa com ela e consigo mesmo, uma relação que o humanismo idealista não consegue reconhecer.

Em sua obra, Simondon expõe um olhar privilegiado sobre a essência social do homem, repensando implicitamente a fórmula oferecida pelo materialismo marxista: os homens se reconhecem na técnica, e não no trabalho ? portanto, na técnica apesar do trabalho ?, o qual reproduz as relações sociais de poder que determinam as formas históricas.

Graças a este livro, os homens se tornaram finalmente capazes de compreender na técnica a sua própria singularidade como seres naturais, sem projetá-la em uma transcendência enganosa e autodestrutiva.

Andrea Bardin
Oxford Brookes University

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Gilbert Simondon (1924-1989) estudou na École Normale Supérieure em Paris. Foi professor de filosofia e de física em uma escola secundária. Em 1958 defendeu sua tese de doutorado, que consistia em duas obras: "Individuação à luz das noções de forma e informação" e "Do modo de existência dos objetos técnicos". Ambas foram publicadas no mesmo ano. Em 1963 foi nomeado professor na Sorbonne, onde liderou durante vinte anos um laboratório de psicologia geral e de tecnologia.
Comprimento 21
Edição 1
Editora EDITORA CONTRAPONTO
ISBN 9786556390031
Largura 14
Páginas 384

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