Poética da profanação: Uma análise de A Obscena Senhora D, de Hilda Hilst

Poética da profanação: Uma análise de A Obscena Senhora D, de Hilda Hilst

Poética da profanação: Uma análise de A Obscena Senhora D, de Hilda Hilst

  • Editora7 LETRAS
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Hilda Hilst estaria feliz ao abrir este livro. Encontraria um gesto escritural à altura do seu; uma escrita pensante e inventiva, atenta e à escuta dos micromovimentos da voz singular de sua Obscena Senhora D. Estar à altura de um gesto de invenção, quando se trata de um ensaio de crítica literária, um estudo teórico, resultante de uma pesquisa acadêmica, não é nada corriqueiro. Suzana Freire de Mattos foge das armadilhas do gênero, em especial aquela mais perigosa, a que se embrenha no desvendamento pretensamente exaustivo dos significados da obra. É preciso fazer como Hilda, “manter as palavras pulsando”, armar o espaço para que elas respirem e nós, leitores, possamos respirar junto com elas. Gesto difícil do crítico de acompanhar a obra, seguir com ela e nos levar junto, mas simplesmente estando ao lado, sem o excesso de teorias, regras e desvendamentos. E fazê-lo ainda conseguindo captar com precisão as singularidades de poética estudada, sem cair em generalidades. Tal empreendimento não se daria sem a construção de uma escrita também singular da ensaísta, em um fluxo rítmico que se contamina da força da obra lida, ao mesmo tempo que nos abre toda uma outra obra, uma nova Hilda, que temos vontade de revisitar a partir dos insights e das belas imagens trazidas por Suzana. Não se daria sem um tanto de profanação, portanto, da supostamente obra original. Trata-se da profanação criadora, que subverte a língua e as formas prontas, para estar à altura de criar novos mundos. Para mostrar que os livros nos dão novos mundos. Como diz Deleuze, há um tipo de leitura que é “do tipo ligação elétrica”: lê-se com os afetos, com o corpo todo; e talvez a melhor crítica seja aquela em que a fabulação está implicada; não há uma verdade da interpretação, mas sempre “um flagrante delito de fabular”. O estudo de Suzana é um convite irresistível à vivência da fabulação: aquela que nos oferece a escrita de Hilda Hilst e, junto dela, a que este ensaio nos entrega, em uma voz fluente, certeira, com momentos quase mágicos, na tensão jamais resolvida entre o firme e o delicado, o sagrado e o profano, o corpo e o espírito, a vida e a morte. Que as perguntas e o mistério sigam vibrando e que aprendamos a estar à altura deles; aí está um ensinamento necessário de leitura e escuta.
Características
Autor Suzana Freire de Mattos
Biografia Hilda Hilst estaria feliz ao abrir este livro. Encontraria um gesto escritural à altura do seu; uma escrita pensante e inventiva, atenta e à escuta dos micromovimentos da voz singular de sua Obscena Senhora D. Estar à altura de um gesto de invenção, quando se trata de um ensaio de crítica literária, um estudo teórico, resultante de uma pesquisa acadêmica, não é nada corriqueiro. Suzana Freire de Mattos foge das armadilhas do gênero, em especial aquela mais perigosa, a que se embrenha no desvendamento pretensamente exaustivo dos significados da obra. É preciso fazer como Hilda, “manter as palavras pulsando”, armar o espaço para que elas respirem e nós, leitores, possamos respirar junto com elas. Gesto difícil do crítico de acompanhar a obra, seguir com ela e nos levar junto, mas simplesmente estando ao lado, sem o excesso de teorias, regras e desvendamentos. E fazê-lo ainda conseguindo captar com precisão as singularidades de poética estudada, sem cair em generalidades. Tal empreendimento não se daria sem a construção de uma escrita também singular da ensaísta, em um fluxo rítmico que se contamina da força da obra lida, ao mesmo tempo que nos abre toda uma outra obra, uma nova Hilda, que temos vontade de revisitar a partir dos insights e das belas imagens trazidas por Suzana. Não se daria sem um tanto de profanação, portanto, da supostamente obra original. Trata-se da profanação criadora, que subverte a língua e as formas prontas, para estar à altura de criar novos mundos. Para mostrar que os livros nos dão novos mundos. Como diz Deleuze, há um tipo de leitura que é “do tipo ligação elétrica”: lê-se com os afetos, com o corpo todo; e talvez a melhor crítica seja aquela em que a fabulação está implicada; não há uma verdade da interpretação, mas sempre “um flagrante delito de fabular”. O estudo de Suzana é um convite irresistível à vivência da fabulação: aquela que nos oferece a escrita de Hilda Hilst e, junto dela, a que este ensaio nos entrega, em uma voz fluente, certeira, com momentos quase mágicos, na tensão jamais resolvida entre o firme e o delicado, o sagrado e o profano, o corpo e o espírito, a vida e a morte. Que as perguntas e o mistério sigam vibrando e que aprendamos a estar à altura deles; aí está um ensinamento necessário de leitura e escuta.
Comprimento 23
Edição 1
Editora 7 LETRAS
ISBN 9786559052950
Largura 16
Páginas 136

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