Rosários dos Angolas, Os: Irmandades de africanos e crioulos na Bahia Setecentista

Rosários dos Angolas, Os: Irmandades de africanos e crioulos na Bahia Setecentista

Rosários dos Angolas, Os: Irmandades de africanos e crioulos na Bahia Setecentista

  • EditoraALAMEDA
  • Modelo: 9V90821
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 55,25

    R$ 65,00
Uma abordagem histórica ampla e arejada, que transcende fronteiras territoriais e pressupostos tacanhos, confere ao livro de Lucilene Reginaldo uma perspectiva inovadora ao iluminar com outras luzes um tema já trilhado pelos estudos da escravidão: a história das confrarias leigas de africanos e crioulos articulada à experiência da escravização e à do Império português. Focalizando as irmandades setecentistas de Nossa Senhora do Rosário em cidades da África atlântica, da metrópole e da América portuguesa, historiciza os significados que tiveram para a vivência da escravidão e para a elaboração de identidades africanas fora e dentro do continente. Demonstra que foram um dos locus preferenciais da recuperação de uma humanidade danificada pelas contingências da escravização, tanto por mobilizar sentimentos de pertença, quanto por veicular devoções de livre escolha. Por outro lado, ao iniciar a análise por uma problemática ainda pouco familiar aos leitores brasileiros – a da expansão do catolicismo na África Central –, sublinha a importância de se levar em conta a história pregressa das sociedades de onde vieram partes significativas da população brasileira.
Na Bahia, segundo o belíssimo título que associa os angolas aos seus rosários, a historiadora contempla as devoções de africanos centrais e seus parceiros crioulos, rompendo com um prisma seletivo que teimou, por muito tempo, em privilegiar determinadas nações em detrimento a outras, hierarquizando-as entre as mais civilizadas e as mais próximas da incivilidade, as mais evoluidas nos assuntos religiosos e as menos habilitadas nessa dimensão. Com isso, quebra uma lógica evolucionista perversa e resistente que, na perspectiva do segmento branco europeizado que se pretendia superior até mesmo na esfera religiosa, desqualificava de roldão todas as expressões próprias aos setores dominados.
Ao contrário disso – e é esta, por fim, uma das lições do livro – trata-se de uma história de religiosidades e sociabilidades interpenetradas e que dialogam entre si por meio de códigos gerados nos termos do Antigo Regime tão bem entendidos por africanos e crioulos, livres e escravos, eles também agentes históricos do mundo atlântico.
Características
Autor LUCILENE REGINALDO
Biografia Uma abordagem histórica ampla e arejada, que transcende fronteiras territoriais e pressupostos tacanhos, confere ao livro de Lucilene Reginaldo uma perspectiva inovadora ao iluminar com outras luzes um tema já trilhado pelos estudos da escravidão: a história das confrarias leigas de africanos e crioulos articulada à experiência da escravização e à do Império português. Focalizando as irmandades setecentistas de Nossa Senhora do Rosário em cidades da África atlântica, da metrópole e da América portuguesa, historiciza os significados que tiveram para a vivência da escravidão e para a elaboração de identidades africanas fora e dentro do continente. Demonstra que foram um dos locus preferenciais da recuperação de uma humanidade danificada pelas contingências da escravização, tanto por mobilizar sentimentos de pertença, quanto por veicular devoções de livre escolha. Por outro lado, ao iniciar a análise por uma problemática ainda pouco familiar aos leitores brasileiros – a da expansão do catolicismo na África Central –, sublinha a importância de se levar em conta a história pregressa das sociedades de onde vieram partes significativas da população brasileira.
Na Bahia, segundo o belíssimo título que associa os angolas aos seus rosários, a historiadora contempla as devoções de africanos centrais e seus parceiros crioulos, rompendo com um prisma seletivo que teimou, por muito tempo, em privilegiar determinadas nações em detrimento a outras, hierarquizando-as entre as mais civilizadas e as mais próximas da incivilidade, as mais evoluidas nos assuntos religiosos e as menos habilitadas nessa dimensão. Com isso, quebra uma lógica evolucionista perversa e resistente que, na perspectiva do segmento branco europeizado que se pretendia superior até mesmo na esfera religiosa, desqualificava de roldão todas as expressões próprias aos setores dominados.
Ao contrário disso – e é esta, por fim, uma das lições do livro – trata-se de uma história de religiosidades e sociabilidades interpenetradas e que dialogam entre si por meio de códigos gerados nos termos do Antigo Regime tão bem entendidos por africanos e crioulos, livres e escravos, eles também agentes históricos do mundo atlântico.
Comprimento 21
Edição 1
Editora ALAMEDA
ISBN 9788579390821
Largura 14
Páginas 400

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