Performance Presente Futuro

Performance Presente Futuro

Performance Presente Futuro

  • EditoraCONTRA CAPA
  • Modelo: 62-0188
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 57,80

    R$ 68,00
A mostra Performance Presente Futuro foi um evento interdisciplinar dedicado à multiplicidade da arte da performance e sua integração com recursos tecnológicos e científicos, percebidos em uma parte dessa produção atualmente. Desde sua institucionalização como prática artística há mais de trinta anos, a arte da performance — também nomeada arte de ação — reprocessou sua inicial tática antimercado e hoje está presente em vernissages e eventos culturais diversos, além de festivais especializados, como o documentado neste livro. A atual voga da performance, porém, incentivou uma proliferação de ações superficiais que se dão mais no plano do lazer que no da reflexão. Estas diluem o impacto crítico que uma arte viva pode oferecer. Entretanto, uma ação performática, pela sua natureza, não se esgota em um maneirismo fácil, sempre havendo, portanto, espaço para pesquisas em que o enfrentamento com o real e o contexto seja mantido como ferramenta política e filosófica. Atualmente, a soma de tecnologias diversas na arte performática oferece ao performer infinitas possibilidades de manipulação dos elementos que compõem sua obra: o corpo presente, o tempo real, o espaço físico, a narrativa e sua inter-relação com o público. Apoiados em recursos como gravação e projeção de imagens, amplificação de sons, atos em telepresença, próteses robóticas e intervenções cirúrgicas, os artistas manipulam as obras-ato, efêmeras por natureza, rearranjando o suporte-corpo e temporalidades desta que é uma arte presencial por definição. Em tempos hípermidiáticos, performamos e usamos tecnologia em quase todos os momentos da vida. No campo artístico, o termo performance (ou performing arts) é abrangente, podendo ser aplicado a qualquer prática em que o corpo está presente, seja dança, artes cênicas, circo ou mesmo uma apresentação musical. A performance que desejamos discutir neste evento e livro é aquela que se coloca como disciplina artística híbrida, de fronteiras permeáveis, cujo distintivo é ser uma cena ao vivo, questionadora, aberta ao acaso e ao erro. Performance Presente Futuro contou com ações interdisciplinares ao vivo, palestras e duas mostras de vídeos. Ainda que o comentário sobre a tecnologia fosse uma preocupação, os participantes foram convidados por suas experiências performáticas, independente da utilização ou não de aparatos tecnológicos, e todas as performances apresentadas foram inéditas ou adaptadas à galeria do OI Futuro. Os programas de vídeos exibiram obras com “potencial performático” em que recursos como edição e efeitos especiais são utilizados livremente. Nestas práticas, o tempo real é um elemento a ser francamente manipulado e o artista assume-se como uma persona. Também houve registros de ações ao vivo, seguindo a tradição da arte corporal para o suporte videográfico que remonta aos anos 1970, quando a câmera se colocava como primeira interlocutora da experiência do sujeito. As palestras trouxeram nomes relevantes para uma reflexão sobre as relações entre performance e as várias tecnologias ao nosso alcance. A artista francesa Orlan, cujo corpo é plataforma para discussões éticas, estéticas e políticas, apresentou uma retrospectiva da sua carreira; Bia Medeiros, responsável pelo grupo de performance telepresencial Corpos Informáticos, apresentou os conceitos sobre os quais vem pesquisando e trabalhando há dezesseis anos; e Ricardo Dominguez, membro do coletivo Critical Art Ensemble, falou em teleconferência sobre táticas de ativismo e desobediência civil apoiadas nas redes telemáticas. Todos os palestrantes contribuíram para este livro com textos inéditos que resumem suas falas e suas idéias. Esta publicação também reúne colaborações do curador argentino Silvio de Gracia, sobre a cena da tecnoperformance; da teórica paulista Rosangella Leote, sobre sua noção de videoperformance; e do artista Stelarc, sobre as práticas e conceitos de suas experiências artístico-científicas de manipulação corporal desenvolvidas há mais de vinte anos em centros de pesquisa internacionais e espaços de arte. Igualmente, há registros fotográficos do evento e seus artistas. Após os três dias de ações efêmeras, este livro perpetua a mostra e sintetiza seu conceito. Este material é um quadro de pensamento bem completo que contribui para o aprofundamento crítico a respeito desta prática tão intrigante, e também tão em voga, que é a arte da performance — aqui enfocada sob o viés de sua interação com suportes tecnológicos.
Características
Autor DANIELA LABRA
Biografia A mostra Performance Presente Futuro foi um evento interdisciplinar dedicado à multiplicidade da arte da performance e sua integração com recursos tecnológicos e científicos, percebidos em uma parte dessa produção atualmente. Desde sua institucionalização como prática artística há mais de trinta anos, a arte da performance — também nomeada arte de ação — reprocessou sua inicial tática antimercado e hoje está presente em vernissages e eventos culturais diversos, além de festivais especializados, como o documentado neste livro. A atual voga da performance, porém, incentivou uma proliferação de ações superficiais que se dão mais no plano do lazer que no da reflexão. Estas diluem o impacto crítico que uma arte viva pode oferecer. Entretanto, uma ação performática, pela sua natureza, não se esgota em um maneirismo fácil, sempre havendo, portanto, espaço para pesquisas em que o enfrentamento com o real e o contexto seja mantido como ferramenta política e filosófica. Atualmente, a soma de tecnologias diversas na arte performática oferece ao performer infinitas possibilidades de manipulação dos elementos que compõem sua obra: o corpo presente, o tempo real, o espaço físico, a narrativa e sua inter-relação com o público. Apoiados em recursos como gravação e projeção de imagens, amplificação de sons, atos em telepresença, próteses robóticas e intervenções cirúrgicas, os artistas manipulam as obras-ato, efêmeras por natureza, rearranjando o suporte-corpo e temporalidades desta que é uma arte presencial por definição. Em tempos hípermidiáticos, performamos e usamos tecnologia em quase todos os momentos da vida. No campo artístico, o termo performance (ou performing arts) é abrangente, podendo ser aplicado a qualquer prática em que o corpo está presente, seja dança, artes cênicas, circo ou mesmo uma apresentação musical. A performance que desejamos discutir neste evento e livro é aquela que se coloca como disciplina artística híbrida, de fronteiras permeáveis, cujo distintivo é ser uma cena ao vivo, questionadora, aberta ao acaso e ao erro. Performance Presente Futuro contou com ações interdisciplinares ao vivo, palestras e duas mostras de vídeos. Ainda que o comentário sobre a tecnologia fosse uma preocupação, os participantes foram convidados por suas experiências performáticas, independente da utilização ou não de aparatos tecnológicos, e todas as performances apresentadas foram inéditas ou adaptadas à galeria do OI Futuro. Os programas de vídeos exibiram obras com “potencial performático” em que recursos como edição e efeitos especiais são utilizados livremente. Nestas práticas, o tempo real é um elemento a ser francamente manipulado e o artista assume-se como uma persona. Também houve registros de ações ao vivo, seguindo a tradição da arte corporal para o suporte videográfico que remonta aos anos 1970, quando a câmera se colocava como primeira interlocutora da experiência do sujeito. As palestras trouxeram nomes relevantes para uma reflexão sobre as relações entre performance e as várias tecnologias ao nosso alcance. A artista francesa Orlan, cujo corpo é plataforma para discussões éticas, estéticas e políticas, apresentou uma retrospectiva da sua carreira; Bia Medeiros, responsável pelo grupo de performance telepresencial Corpos Informáticos, apresentou os conceitos sobre os quais vem pesquisando e trabalhando há dezesseis anos; e Ricardo Dominguez, membro do coletivo Critical Art Ensemble, falou em teleconferência sobre táticas de ativismo e desobediência civil apoiadas nas redes telemáticas. Todos os palestrantes contribuíram para este livro com textos inéditos que resumem suas falas e suas idéias. Esta publicação também reúne colaborações do curador argentino Silvio de Gracia, sobre a cena da tecnoperformance; da teórica paulista Rosangella Leote, sobre sua noção de videoperformance; e do artista Stelarc, sobre as práticas e conceitos de suas experiências artístico-científicas de manipulação corporal desenvolvidas há mais de vinte anos em centros de pesquisa internacionais e espaços de arte. Igualmente, há registros fotográficos do evento e seus artistas. Após os três dias de ações efêmeras, este livro perpetua a mostra e sintetiza seu conceito. Este material é um quadro de pensamento bem completo que contribui para o aprofundamento crítico a respeito desta prática tão intrigante, e também tão em voga, que é a arte da performance — aqui enfocada sob o viés de sua interação com suportes tecnológicos.
Comprimento 25
Edição 1
Editora CONTRA CAPA
ISBN 9788577400485
Largura 19
Páginas 140

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