Busca da Verdade em Descartes e Leibniz, A

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"Joaquín Xirau fazia parte de um grupo de catedráticos que fascinava os alunos em suas aulas de introdução à filosofia ou de lógica." Assim Jordé Mafagall se referiu ao mestre de uma geração de espanhóis que, na década de 1930, teve a trajetória interrompida pela Guerra Civil.

Discípulo de Edmund Husserl e de Max Scheler, colega de José Gaos e Xavier Zubiri, Joaquín Xirau (1895-1946) nos deixou monografias e livros brilhantes, escritos com prosa limpa e virtuosa em seu país natal ou no México, onde, no exílio, encontrou uma morte acidental prematura.

"Leibniz: as condições da verdade eterna" (1921) e "Descartes e o idealismo subjetivista moderno" (1927) ? os dois textos que juntamos nesta edição ? foram preparados enquanto lecionava na Universidade de Barcelona, onde se tornou o decano da Faculdade de Filosofia e Letras. Tratam de dois fundadores da filosofia moderna, autores de obras enciclopédicas.

René Descartes (1596-1650) se esforçou para construir um sistema de conhecimento tão completo quanto Aristóteles. Tratou dos grandes problemas estruturais da metafísica e da epistemologia, refletiu sobre o método, trabalhou meticulosamente em matemática pura e aplicada, escreveu tratados em mecânica e em fisiologia, investigou a natureza do homem e as relações entre mente e corpo, e publicou reflexões abrangentes em psicologia e em ética.

Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) foi outra figura central na história da filosofia e da matemática, com incursões na física, na teologia, na lógica e em outras áreas do conhecimento. Seu nome, junto com o de Isaac Newton, foi imortalizado pela revolucionária descoberta do cálculo diferencial e integral, culminando esforços de séculos.

Ambos se ocuparam extensamente, no fundo, de novas formas de buscar a verdade. O pensamento tradicional, ancorado na revelação divina, era seguro de si. Coube, primeiro, a Descartes a ousadia de tentar demonstrar que era possível descobrir a verdade a partir de um pensamento sistemático, ancorado no método e fundamentado em ideias claras e distintas, articuladas segundo regras igualmente claras de análise e de síntese.

Leibniz, grande polemista, diz que o critério cartesiano não nos oferece uma teoria lógica e objetiva da verdade. Clareza e distinção são avaliações subjetivas de uma ideia, e não critérios que estejam presentes nela. Possível e verdadeira é toda ideia não contraditória em si, toda proposição idêntica ou redutível à identidade, na qual o predicado está contido no sujeito. A tal princípio da identidade, ele agrega o da razão suficiente na construção de seu próprio caminho para responder à questão: o que é algo ser verdade?
Características
Autor Joaquim Xirau
Biografia "Joaquín Xirau fazia parte de um grupo de catedráticos que fascinava os alunos em suas aulas de introdução à filosofia ou de lógica." Assim Jordé Mafagall se referiu ao mestre de uma geração de espanhóis que, na década de 1930, teve a trajetória interrompida pela Guerra Civil.

Discípulo de Edmund Husserl e de Max Scheler, colega de José Gaos e Xavier Zubiri, Joaquín Xirau (1895-1946) nos deixou monografias e livros brilhantes, escritos com prosa limpa e virtuosa em seu país natal ou no México, onde, no exílio, encontrou uma morte acidental prematura.

"Leibniz: as condições da verdade eterna" (1921) e "Descartes e o idealismo subjetivista moderno" (1927) ? os dois textos que juntamos nesta edição ? foram preparados enquanto lecionava na Universidade de Barcelona, onde se tornou o decano da Faculdade de Filosofia e Letras. Tratam de dois fundadores da filosofia moderna, autores de obras enciclopédicas.

René Descartes (1596-1650) se esforçou para construir um sistema de conhecimento tão completo quanto Aristóteles. Tratou dos grandes problemas estruturais da metafísica e da epistemologia, refletiu sobre o método, trabalhou meticulosamente em matemática pura e aplicada, escreveu tratados em mecânica e em fisiologia, investigou a natureza do homem e as relações entre mente e corpo, e publicou reflexões abrangentes em psicologia e em ética.

Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) foi outra figura central na história da filosofia e da matemática, com incursões na física, na teologia, na lógica e em outras áreas do conhecimento. Seu nome, junto com o de Isaac Newton, foi imortalizado pela revolucionária descoberta do cálculo diferencial e integral, culminando esforços de séculos.

Ambos se ocuparam extensamente, no fundo, de novas formas de buscar a verdade. O pensamento tradicional, ancorado na revelação divina, era seguro de si. Coube, primeiro, a Descartes a ousadia de tentar demonstrar que era possível descobrir a verdade a partir de um pensamento sistemático, ancorado no método e fundamentado em ideias claras e distintas, articuladas segundo regras igualmente claras de análise e de síntese.

Leibniz, grande polemista, diz que o critério cartesiano não nos oferece uma teoria lógica e objetiva da verdade. Clareza e distinção são avaliações subjetivas de uma ideia, e não critérios que estejam presentes nela. Possível e verdadeira é toda ideia não contraditória em si, toda proposição idêntica ou redutível à identidade, na qual o predicado está contido no sujeito. A tal princípio da identidade, ele agrega o da razão suficiente na construção de seu próprio caminho para responder à questão: o que é algo ser verdade?
Comprimento 21
Edição 1
Editora EDITORA CONTRAPONTO
ISBN 9786556390024
Largura 14
Páginas 224

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