Sob o Cerco de Muros e Pássaros

Sob o Cerco de Muros e Pássaros

Sob o Cerco de Muros e Pássaros

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O diálogo com verdades de outro tempo é um tipo privilegiado de comunicação muito próprio da arte, muito próprio da poesia. Tenho abdicado da aura de puras verdades, ferido de morte pelo desmascaramento das utopias modernas, o pensamento contemporâneo encontra a via da poesia para de novo indagar-lhe sobre caminhos possíveis. Ler, escutar a poesia lírica de Sob o cerco de muros e pássaros é colocar-se em disposição receptiva do“dulce et utile”, preconizado por Horácio, quando pensou a natureza do poético. Geradora de pensamento, esta poesia diverte com nobreza e seriedade; desvela a maturidade e a completude que propõem poeticamente modos de cura contra a dispersão e o esquecimento. Ao autor sucede o fazer porque o precede um estado inato de ser poeta. Com efeito, Renato de Oliveira Prata, ele próprio, nos revela: “Meus versos da juventude/ Nem tiveram escritura/ Ágrafos jamais enunciados/ Gastaram-se no limbo por decênios”. (“O passado investe nossos passos”). Mansamente, estoicamente – apenas circunstancialmente iniciante -, este poeta de uma vida inteira surpreende-nos mais, um pouco mais, arrebata-nos e contamina-nos com a sua tensa condição de genuíno, poeta como razão de ser. Essa vivência, aspirada pelo romântico e que foi a aporia do surrealista, participa do corpo comunicativo de sua lírica e a percebemos plenamente na recepção de sua obra: “O sonho incorpóreo convive/ Por vias inexplicáveis/Pois que é vida.” (“Pois que é vida”).

Esta herança de raros, cujo jardim dispõe de estruturas de formas fixas, melodia de suaves assonâncias e encontros livres de som e cor nas escolhas de imagens é totalmente assegurada pelo rigor do faber, após decênios, dando-se hoje, por prêmio, a público.

Características
Autor Renato de Oliveira Prata
Biografia O diálogo com verdades de outro tempo é um tipo privilegiado de comunicação muito próprio da arte, muito próprio da poesia. Tenho abdicado da aura de puras verdades, ferido de morte pelo desmascaramento das utopias modernas, o pensamento contemporâneo encontra a via da poesia para de novo indagar-lhe sobre caminhos possíveis. Ler, escutar a poesia lírica de Sob o cerco de muros e pássaros é colocar-se em disposição receptiva do“dulce et utile”, preconizado por Horácio, quando pensou a natureza do poético. Geradora de pensamento, esta poesia diverte com nobreza e seriedade; desvela a maturidade e a completude que propõem poeticamente modos de cura contra a dispersão e o esquecimento. Ao autor sucede o fazer porque o precede um estado inato de ser poeta. Com efeito, Renato de Oliveira Prata, ele próprio, nos revela: “Meus versos da juventude/ Nem tiveram escritura/ Ágrafos jamais enunciados/ Gastaram-se no limbo por decênios”. (“O passado investe nossos passos”). Mansamente, estoicamente – apenas circunstancialmente iniciante -, este poeta de uma vida inteira surpreende-nos mais, um pouco mais, arrebata-nos e contamina-nos com a sua tensa condição de genuíno, poeta como razão de ser. Essa vivência, aspirada pelo romântico e que foi a aporia do surrealista, participa do corpo comunicativo de sua lírica e a percebemos plenamente na recepção de sua obra: “O sonho incorpóreo convive/ Por vias inexplicáveis/Pois que é vida.” (“Pois que é vida”).

Esta herança de raros, cujo jardim dispõe de estruturas de formas fixas, melodia de suaves assonâncias e encontros livres de som e cor nas escolhas de imagens é totalmente assegurada pelo rigor do faber, após decênios, dando-se hoje, por prêmio, a público.

Comprimento 20
Edição 1
Editora FUNDACAO CASA DE JORGE AMADO
ISBN 9788572780797
Largura 11
Páginas 100

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