Viagem à Itália
Goethe esteve na Itália entre setembro de 1786 e abril de 1788. A infinidade de assuntos dos quais se ocupou ao longo dessa permanência reflete os múltiplos interesses do autor, ao mesmo tempo em que confere ao texto seu caráter enciclopédico. Mas é preciso determo-nos aqui no sentido do termo “enciclopédico”. Assim como Friedrich Schlegel, cerca de dez anos mais tarde, enfatizará o caráter “universal e progressivo” da obra de arte, sua abrangência épica e sua natureza fragmentária, o Goethe “clássico” proverá o texto da temporada italiana de uma dicção variada e ao mesmo tempo autoral, inserindo ali observações que bem podem ter sido colhidas no calor da hora, ao lado de longos trechos extraídos de obras de outros viajantes que o precederam, além de reproduzir sua correspondência e alguns textos de terceiros, como o pintor Tischbein e Karl Philipp Moritz, ambos companheiros de jornada.
Viagem à Itália não é apenas o relato fiel de uma experiência em um país estrangeiro, mas também um texto extremamente pessoal, que ultrapassa o registro autobiográfico. As idiossincrasias, anseios, e obsessões do homem de 37 anos emergem sob o texto, desestabilizando a dicção clássica encontrada por aqueles que desejam ver na obra o ponto de passagem, o momento em que o artista amadurece por completo para prover a Alemanha de seu Classicismo.
Viagem à Itália não é apenas o relato fiel de uma experiência em um país estrangeiro, mas também um texto extremamente pessoal, que ultrapassa o registro autobiográfico. As idiossincrasias, anseios, e obsessões do homem de 37 anos emergem sob o texto, desestabilizando a dicção clássica encontrada por aqueles que desejam ver na obra o ponto de passagem, o momento em que o artista amadurece por completo para prover a Alemanha de seu Classicismo.
Características | |
Autor | JOHANN WOLFGANG VON GOETHE |
Biografia | Goethe esteve na Itália entre setembro de 1786 e abril de 1788. A infinidade de assuntos dos quais se ocupou ao longo dessa permanência reflete os múltiplos interesses do autor, ao mesmo tempo em que confere ao texto seu caráter enciclopédico. Mas é preciso determo-nos aqui no sentido do termo “enciclopédico”. Assim como Friedrich Schlegel, cerca de dez anos mais tarde, enfatizará o caráter “universal e progressivo” da obra de arte, sua abrangência épica e sua natureza fragmentária, o Goethe “clássico” proverá o texto da temporada italiana de uma dicção variada e ao mesmo tempo autoral, inserindo ali observações que bem podem ter sido colhidas no calor da hora, ao lado de longos trechos extraídos de obras de outros viajantes que o precederam, além de reproduzir sua correspondência e alguns textos de terceiros, como o pintor Tischbein e Karl Philipp Moritz, ambos companheiros de jornada. Viagem à Itália não é apenas o relato fiel de uma experiência em um país estrangeiro, mas também um texto extremamente pessoal, que ultrapassa o registro autobiográfico. As idiossincrasias, anseios, e obsessões do homem de 37 anos emergem sob o texto, desestabilizando a dicção clássica encontrada por aqueles que desejam ver na obra o ponto de passagem, o momento em que o artista amadurece por completo para prover a Alemanha de seu Classicismo. |
Comprimento | 23 |
Editora | UNESP |
ISBN | 9788539306978 |
Largura | 16 |
Páginas | 594 |