Toda família tem uma
O poema nasce para perguntar, neste livro de Marília Valengo. E essa poesia da pergunta vai aonde é tão difícil, às vezes impossível, chegar – a um desassossego, uma falta, um desconforto intenso. Persistente e irônica, à beira da melancolia, fazendo que vai desistir, mas não, quem escreve estes poemas elude respostas já gastas para como devemos ser, como nos devemos portar, como deve uma vida ser vivida, sendo ela tão aberta a tantos devires, tão sinuosa e imprevisível… O poema que pergunta resiste a dizer o que é pouco, o que é muito, o que se deve ter ou não, o que é o amor, o que é criar, o que é cuidar. Se uma mulher ainda pode ser vista (ou até se ver) como um monstro por não ser mãe, a poesia é o que descola desse olhar – uma janela que se abre para uma outra perspectiva, afastada do que parece tão óbvio e familiar, como uma criança olhando, da janela de um carro em movimento, o mundo a se tornar fascinante e estranho: “o que a paisagem poderá dizer?” Em Toda família tem uma, plantas, bichos, pessoas, objetos vão costurando, a muitas mãos, uma poesia para tempos de incerteza e medo – o binóculo que, quando menos se espera, faz ver além. [Paloma Vidal]
Características | |
Autor | Marília Valengo |
Biografia | O poema nasce para perguntar, neste livro de Marília Valengo. E essa poesia da pergunta vai aonde é tão difícil, às vezes impossível, chegar – a um desassossego, uma falta, um desconforto intenso. Persistente e irônica, à beira da melancolia, fazendo que vai desistir, mas não, quem escreve estes poemas elude respostas já gastas para como devemos ser, como nos devemos portar, como deve uma vida ser vivida, sendo ela tão aberta a tantos devires, tão sinuosa e imprevisível… O poema que pergunta resiste a dizer o que é pouco, o que é muito, o que se deve ter ou não, o que é o amor, o que é criar, o que é cuidar. Se uma mulher ainda pode ser vista (ou até se ver) como um monstro por não ser mãe, a poesia é o que descola desse olhar – uma janela que se abre para uma outra perspectiva, afastada do que parece tão óbvio e familiar, como uma criança olhando, da janela de um carro em movimento, o mundo a se tornar fascinante e estranho: “o que a paisagem poderá dizer?” Em Toda família tem uma, plantas, bichos, pessoas, objetos vão costurando, a muitas mãos, uma poesia para tempos de incerteza e medo – o binóculo que, quando menos se espera, faz ver além. [Paloma Vidal] |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559056538 |
Largura | 14 |
Páginas | 96 |