Apostar no Sintoma
Este livro sintetiza e oferece as balizas de construção, reflexão e orientação da psicanálise em torno do sintoma propostas por um conjunto de contribuições inseridas no Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Parte delas aposta no sintoma e resulta de parceria de pesquisas desenvolvidas no Programa com atividades do Campo freudiano. Trata-se, contudo, de apostar num sentido paradoxal, pois, sem destituí-lo como uma simples patologia ou disfunção, como querem certas vertentes da psicologia e da psiquiatria, deve-se, com a escuta analítica, aprender a acolhê-lo como invenção e, às vezes, possibilidade de amarração e estabilização, no caso a caso, mesmo sabendo de sua associação com uma cota de gozo intratável. O sintoma, apesar de paradoxal, pode, quando atrelado à criação, tornar-se um achado (trouvaille), um aliado propiciador. A aposta em jogo aqui, portanto, é transformar o sintoma, originalmente atrelado ao que vem do Outro e devasta o sujeito, em processo de criação, ou seja, num aliado da direção do tratamento psicanalítico. Esse apostar vale tanto para a psicose, como se vê nos casos clínicos relatados nos dois primeiros artigos, quanto para a neurose, como se pode ler no caso de uma criança de quatro anos, assim como em casos de psicossomática e naqueles que, contemporaneamente, apresentam-se, em sua estrutura, de modo inclassificável por não apresentarem desencadeamento ou crise propriamente dita.
Características | |
Autor | ANA BEATRIZ FREIRE |
Biografia | Este livro sintetiza e oferece as balizas de construção, reflexão e orientação da psicanálise em torno do sintoma propostas por um conjunto de contribuições inseridas no Programa de Pós-Graduação em Teoria Psicanalítica do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Parte delas aposta no sintoma e resulta de parceria de pesquisas desenvolvidas no Programa com atividades do Campo freudiano. Trata-se, contudo, de apostar num sentido paradoxal, pois, sem destituí-lo como uma simples patologia ou disfunção, como querem certas vertentes da psicologia e da psiquiatria, deve-se, com a escuta analítica, aprender a acolhê-lo como invenção e, às vezes, possibilidade de amarração e estabilização, no caso a caso, mesmo sabendo de sua associação com uma cota de gozo intratável. O sintoma, apesar de paradoxal, pode, quando atrelado à criação, tornar-se um achado (trouvaille), um aliado propiciador. A aposta em jogo aqui, portanto, é transformar o sintoma, originalmente atrelado ao que vem do Outro e devasta o sujeito, em processo de criação, ou seja, num aliado da direção do tratamento psicanalítico. Esse apostar vale tanto para a psicose, como se vê nos casos clínicos relatados nos dois primeiros artigos, quanto para a neurose, como se pode ler no caso de uma criança de quatro anos, assim como em casos de psicossomática e naqueles que, contemporaneamente, apresentam-se, em sua estrutura, de modo inclassificável por não apresentarem desencadeamento ou crise propriamente dita. |
Comprimento | 21 |
Editora | CONTRA CAPA |
ISBN | 9788577400324 |
Largura | 14 |