Dança: Criação autobiográfica e memória
Dança: Criação autobiográfica e memória
- Editora7 LETRAS
- Modelo: 9554510
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Mais do que produzir conceitos, Ana Vitória nos propõe – através da arte em diálogos com outros campos de saber – realizar uma crítica aos modos de funcionamento subjetivo decorrentes dos processos de subjetivação inscritos em modelos identitários hegemônicos impeditivos do existir singular.
Seu livro é permeado por ricas reflexões, oriundas de sua prática vocacional em dança – seja no exercício de mestre em suas aulas na Faculdade Angel Vianna, seja a partir de suas produções performáticas decorrentes de suas instalações e pesquisas como coreógrafa e bailarina – que se apresentam nas gestualidades performáticas, como indagações relativas às minorias em suas lutas políticas.
Dar uma aula é um exercício de maestria que instiga a vertigem do pensamento, pois põe em movimento a materialidade encarnada, viabilizando a capacidade crítica necessária à criação. Nesse sentido de maestria, a autora compõe seu texto e sua prática a partir do entrecruzamento inventivo dos alimentos recolhidos de outros domínios do saber aportados por artistas, psicanalistas, antropólogos, pesquisadores do campo da somática, entre outros. Sua letra surge marcada, então, pela transdisciplinaridade como um exercício enriquecedor para aqueles que se debruçam sobre o momento contemporâneo em sua emergência trágica.
Ana Vitória realiza de forma poética uma bordadura incessante entre o corpo e a palavra, conseguindo dar voz à potência do desejo em seu devir infinito. É pela prática de um trabalho autobiográfico que afloram possibilidades de recusa ao instituído, às modelagens impressas no corpo, modelagens que se dão a partir de vetores normalizantes. Desse modo, põe a nu o reducionismo que se operou pelo pensamento colonizador responsável pelo apequenamento derivado dos definidores pessoalizantes, humanizantes.
Coloca-nos, portanto, frente ao fato concreto de que, para sermos reconhecidos como humanos, passamos por um protocolo linguístico-conceitual, em que caem sobre o corpo imagens-gestos-palavras plenos de significantes, comprometidos com o projeto de tornar-se humano. E é essa forma/fôrma que interdita e dificulta a multiplicidade dos trajetos existenciais.
Como ela mesma nos diz: “E é nessa estreita relação, sujeito e sociedade, que proponho colocarmos uma lente de aumento para uma investigação fina e minuciosa dos nossos movimentos”.
Só recusamos quando fazemos de outro modo, e sua tarefa desde tal perspectiva atende ao movimento necessário para a abertura ao fazer de outro modo: criar novas imagens, novos pensamentos, novas possibilidades de ação no mundo em que nos encontramos inseridos. Recusar entendido como exercício de metamorfose, por redespertar possíveis ao inventarmos novas formas de viver e agir no mundo.
Seu livro é permeado por ricas reflexões, oriundas de sua prática vocacional em dança – seja no exercício de mestre em suas aulas na Faculdade Angel Vianna, seja a partir de suas produções performáticas decorrentes de suas instalações e pesquisas como coreógrafa e bailarina – que se apresentam nas gestualidades performáticas, como indagações relativas às minorias em suas lutas políticas.
Dar uma aula é um exercício de maestria que instiga a vertigem do pensamento, pois põe em movimento a materialidade encarnada, viabilizando a capacidade crítica necessária à criação. Nesse sentido de maestria, a autora compõe seu texto e sua prática a partir do entrecruzamento inventivo dos alimentos recolhidos de outros domínios do saber aportados por artistas, psicanalistas, antropólogos, pesquisadores do campo da somática, entre outros. Sua letra surge marcada, então, pela transdisciplinaridade como um exercício enriquecedor para aqueles que se debruçam sobre o momento contemporâneo em sua emergência trágica.
Ana Vitória realiza de forma poética uma bordadura incessante entre o corpo e a palavra, conseguindo dar voz à potência do desejo em seu devir infinito. É pela prática de um trabalho autobiográfico que afloram possibilidades de recusa ao instituído, às modelagens impressas no corpo, modelagens que se dão a partir de vetores normalizantes. Desse modo, põe a nu o reducionismo que se operou pelo pensamento colonizador responsável pelo apequenamento derivado dos definidores pessoalizantes, humanizantes.
Coloca-nos, portanto, frente ao fato concreto de que, para sermos reconhecidos como humanos, passamos por um protocolo linguístico-conceitual, em que caem sobre o corpo imagens-gestos-palavras plenos de significantes, comprometidos com o projeto de tornar-se humano. E é essa forma/fôrma que interdita e dificulta a multiplicidade dos trajetos existenciais.
Como ela mesma nos diz: “E é nessa estreita relação, sujeito e sociedade, que proponho colocarmos uma lente de aumento para uma investigação fina e minuciosa dos nossos movimentos”.
Só recusamos quando fazemos de outro modo, e sua tarefa desde tal perspectiva atende ao movimento necessário para a abertura ao fazer de outro modo: criar novas imagens, novos pensamentos, novas possibilidades de ação no mundo em que nos encontramos inseridos. Recusar entendido como exercício de metamorfose, por redespertar possíveis ao inventarmos novas formas de viver e agir no mundo.
Características | |
Autor | Ana Vitória Freire |
Biografia | Mais do que produzir conceitos, Ana Vitória nos propõe – através da arte em diálogos com outros campos de saber – realizar uma crítica aos modos de funcionamento subjetivo decorrentes dos processos de subjetivação inscritos em modelos identitários hegemônicos impeditivos do existir singular. Seu livro é permeado por ricas reflexões, oriundas de sua prática vocacional em dança – seja no exercício de mestre em suas aulas na Faculdade Angel Vianna, seja a partir de suas produções performáticas decorrentes de suas instalações e pesquisas como coreógrafa e bailarina – que se apresentam nas gestualidades performáticas, como indagações relativas às minorias em suas lutas políticas. Dar uma aula é um exercício de maestria que instiga a vertigem do pensamento, pois põe em movimento a materialidade encarnada, viabilizando a capacidade crítica necessária à criação. Nesse sentido de maestria, a autora compõe seu texto e sua prática a partir do entrecruzamento inventivo dos alimentos recolhidos de outros domínios do saber aportados por artistas, psicanalistas, antropólogos, pesquisadores do campo da somática, entre outros. Sua letra surge marcada, então, pela transdisciplinaridade como um exercício enriquecedor para aqueles que se debruçam sobre o momento contemporâneo em sua emergência trágica. Ana Vitória realiza de forma poética uma bordadura incessante entre o corpo e a palavra, conseguindo dar voz à potência do desejo em seu devir infinito. É pela prática de um trabalho autobiográfico que afloram possibilidades de recusa ao instituído, às modelagens impressas no corpo, modelagens que se dão a partir de vetores normalizantes. Desse modo, põe a nu o reducionismo que se operou pelo pensamento colonizador responsável pelo apequenamento derivado dos definidores pessoalizantes, humanizantes. Coloca-nos, portanto, frente ao fato concreto de que, para sermos reconhecidos como humanos, passamos por um protocolo linguístico-conceitual, em que caem sobre o corpo imagens-gestos-palavras plenos de significantes, comprometidos com o projeto de tornar-se humano. E é essa forma/fôrma que interdita e dificulta a multiplicidade dos trajetos existenciais. Como ela mesma nos diz: “E é nessa estreita relação, sujeito e sociedade, que proponho colocarmos uma lente de aumento para uma investigação fina e minuciosa dos nossos movimentos”. Só recusamos quando fazemos de outro modo, e sua tarefa desde tal perspectiva atende ao movimento necessário para a abertura ao fazer de outro modo: criar novas imagens, novos pensamentos, novas possibilidades de ação no mundo em que nos encontramos inseridos. Recusar entendido como exercício de metamorfose, por redespertar possíveis ao inventarmos novas formas de viver e agir no mundo. |
Comprimento | 23 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559054510 |
Largura | 16 |
Páginas | 288 |