Mídias ópticas
Mídias ópticas
- EditoraEDITORA CONTRAPONTO
- Modelo: CO61199
- Disponibilidade: Em estoque
R$ 73,60
R$ 92,00
Este livro apresenta uma estimulante história das imagens que abrange desde as técnicas da perspectiva linear renascentista até a computação gráfica. Não se trata, porém, de uma abordagem tradicional que expõe uma evolução dos diversos aparatos de visualização ao longo dos séculos. O panorama de Kittler é mais sofisticado: ele parte dessa base para focalizar os princípios de arquivamento, transmissão e computação que têm norteado as transformações midiáticas da imagem até o início do século XXI.
O que interessa ao autor são as mediações da luz realizadas a partir dos processos de sua captura, projeção e circulação por meio de câmaras obscuras, lanternas mágicas, fotografias, cinemas, televisores e computadores. Trata-se de uma tentativa de sistematizar essas "mídias ópticas" de acordo com os fundamentos tecnocientíficos que as gestaram e as redes discursivas que produziram, iluminando seus respectivos contextos históricos.
A partir de uma análise das técnicas de construção dos "reinos pictóricos artificiais", Kittler examina de que modo a imagem foi captada pela câmara obscura e, em seguida, propagada pela lanterna mágica, entre os séculos XV e XVIII. Além de serem dispositivos de perspectivação e projeção da imagem, esses aparelhos tiveram uma sintonia crucial com o surgimento das técnicas de impressão de livros e com a propaganda visual da Igreja Católica durante a Contrarreforma.
Após a apresentação desses bastidores históricos, que aqui também aparecem assombrados por fantasmas e pelas imaginações do romantismo alemão, observa-se como as imagens foram capturadas e começaram a se mover automaticamente no século XIX graças à fotografia e ao filme. Além de enfocar o impacto causado por essas poderosas técnicas de duplicação, Kittler também se detém na análise de certas ambiências que "sonharam" com o advento do cinema, entre as quais se destacam as concepções operísticas de Richard Wagner.
Quando os processos fotoquímicos e mecânicos receberam o choque da eletricidade, no início do século XX, o cinema enveredou por novos caminhos e a televisão foi surgindo como "um efeito colateral civil de uma eletrônica essencialmente bélica". Além de captar e arquivar imagens, essa nova mídia também era capaz de transmiti-las simultaneamente, ecoando a lógica dos radares utilizados na Segunda Guerra Mundial.
Por fim, o computador realiza a integração das diversas mídias, constituindo uma "máquina universal" com base no processamento digital e nas transmissões por fibra óptica, uma novidade do início do século XXI que sinalizou novas frequências, circuitos, sintonias e conexões para a imagem e suas frequências.
O que interessa ao autor são as mediações da luz realizadas a partir dos processos de sua captura, projeção e circulação por meio de câmaras obscuras, lanternas mágicas, fotografias, cinemas, televisores e computadores. Trata-se de uma tentativa de sistematizar essas "mídias ópticas" de acordo com os fundamentos tecnocientíficos que as gestaram e as redes discursivas que produziram, iluminando seus respectivos contextos históricos.
A partir de uma análise das técnicas de construção dos "reinos pictóricos artificiais", Kittler examina de que modo a imagem foi captada pela câmara obscura e, em seguida, propagada pela lanterna mágica, entre os séculos XV e XVIII. Além de serem dispositivos de perspectivação e projeção da imagem, esses aparelhos tiveram uma sintonia crucial com o surgimento das técnicas de impressão de livros e com a propaganda visual da Igreja Católica durante a Contrarreforma.
Após a apresentação desses bastidores históricos, que aqui também aparecem assombrados por fantasmas e pelas imaginações do romantismo alemão, observa-se como as imagens foram capturadas e começaram a se mover automaticamente no século XIX graças à fotografia e ao filme. Além de enfocar o impacto causado por essas poderosas técnicas de duplicação, Kittler também se detém na análise de certas ambiências que "sonharam" com o advento do cinema, entre as quais se destacam as concepções operísticas de Richard Wagner.
Quando os processos fotoquímicos e mecânicos receberam o choque da eletricidade, no início do século XX, o cinema enveredou por novos caminhos e a televisão foi surgindo como "um efeito colateral civil de uma eletrônica essencialmente bélica". Além de captar e arquivar imagens, essa nova mídia também era capaz de transmiti-las simultaneamente, ecoando a lógica dos radares utilizados na Segunda Guerra Mundial.
Por fim, o computador realiza a integração das diversas mídias, constituindo uma "máquina universal" com base no processamento digital e nas transmissões por fibra óptica, uma novidade do início do século XXI que sinalizou novas frequências, circuitos, sintonias e conexões para a imagem e suas frequências.
Características | |
Autor | FRIEDRICH KITTLER |
Biografia | Este livro apresenta uma estimulante história das imagens que abrange desde as técnicas da perspectiva linear renascentista até a computação gráfica. Não se trata, porém, de uma abordagem tradicional que expõe uma evolução dos diversos aparatos de visualização ao longo dos séculos. O panorama de Kittler é mais sofisticado: ele parte dessa base para focalizar os princípios de arquivamento, transmissão e computação que têm norteado as transformações midiáticas da imagem até o início do século XXI. O que interessa ao autor são as mediações da luz realizadas a partir dos processos de sua captura, projeção e circulação por meio de câmaras obscuras, lanternas mágicas, fotografias, cinemas, televisores e computadores. Trata-se de uma tentativa de sistematizar essas "mídias ópticas" de acordo com os fundamentos tecnocientíficos que as gestaram e as redes discursivas que produziram, iluminando seus respectivos contextos históricos. A partir de uma análise das técnicas de construção dos "reinos pictóricos artificiais", Kittler examina de que modo a imagem foi captada pela câmara obscura e, em seguida, propagada pela lanterna mágica, entre os séculos XV e XVIII. Além de serem dispositivos de perspectivação e projeção da imagem, esses aparelhos tiveram uma sintonia crucial com o surgimento das técnicas de impressão de livros e com a propaganda visual da Igreja Católica durante a Contrarreforma. Após a apresentação desses bastidores históricos, que aqui também aparecem assombrados por fantasmas e pelas imaginações do romantismo alemão, observa-se como as imagens foram capturadas e começaram a se mover automaticamente no século XIX graças à fotografia e ao filme. Além de enfocar o impacto causado por essas poderosas técnicas de duplicação, Kittler também se detém na análise de certas ambiências que "sonharam" com o advento do cinema, entre as quais se destacam as concepções operísticas de Richard Wagner. Quando os processos fotoquímicos e mecânicos receberam o choque da eletricidade, no início do século XX, o cinema enveredou por novos caminhos e a televisão foi surgindo como "um efeito colateral civil de uma eletrônica essencialmente bélica". Além de captar e arquivar imagens, essa nova mídia também era capaz de transmiti-las simultaneamente, ecoando a lógica dos radares utilizados na Segunda Guerra Mundial. Por fim, o computador realiza a integração das diversas mídias, constituindo uma "máquina universal" com base no processamento digital e nas transmissões por fibra óptica, uma novidade do início do século XXI que sinalizou novas frequências, circuitos, sintonias e conexões para a imagem e suas frequências. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | EDITORA CONTRAPONTO |
ISBN | 9788578661199 |
Largura | 14 |
Páginas | 344 |