Crítica e crise: uma contribuição à patogênese do mundo burguês
Crítica e crise: uma contribuição à patogênese do mundo burguês
- EditoraEDITORA CONTRAPONTO
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Chega finalmente à língua portuguesa a obra clássica de Reinhart Koselleck, traduzida do original alemão. Em poucas páginas, de forma precisa e elegante, o autor oferece uma leitura profunda, erudita, original e surpreendente da formação das bases ideológicas do mundo contemporâneo.<p>
Fundado em fontes primárias ? Barclay, D?Aubigné, Hobbes, Vattel, Locke, Lessing, Schiller, Voltaire, Diderot, Turgot, panfletos anônimos e textos da franco-maçonaria, entre outros ?, "Crítica e crise" discute, explicitamente, transformações realizadas no século XVIII, mas é ao nosso tempo que se refere, implicitamente, do início ao fim. "A atual crise mundial", diz Koselleck no início do livro, "resulta da história europeia. A história europeia expandiu-se em história mundial e cumpriu-se nela, ao fazer com que o mundo inteiro ingressasse em um estado de crise permanente."<p>
A ascensão, agonia e queda dos Estados absolutistas e a dinâmica interna do Iluminismo servem de pano de fundo para que se compreenda o surgimento da filosofia da história, acontecimento decisivo da nossa época. Pois os tempos modernos começam quando a intelectualidade burguesa transforma a história em processo. "O alto tribunal da razão, entre cujos membros naturais a elite ascendente se inseria, envolveu em seu processo, em diferentes etapas, todas as esferas da vida. Mais cedo ou mais tarde, a teologia, a arte, a história, o direito, o Estado, a política e, finalmente, a própria razão são citados e chamados a prestar contas."<p>
O fermento da crítica altera o curso dos acontecimentos, quase sempre sem ter consciência disso. "A sociedade burguesa que se desenvolveu no século XVIII entendia-se como um mundo novo: reclamava intelectualmente o mundo inteiro e negava o mundo antigo. Cresceu a partir do espaço político europeu e, na medida em que se desligava dele, desenvolveu uma filosofia do progresso que correspondia a esse processo. O sujeito desta filosofia era a humanidade inteira."<p>
No século XVIII devem ser procurados, pois, os elementos fundantes da grande crise que, a partir de 1789, tem determinado os caminhos e descaminhos da história. Reinhart Koselleck mostra que, desde então, os conceitos de "crítica" e "crise" mantêm entre si uma conexão profunda, e que a separação entre moral e política, condição necessária à superação das guerras civis religiosas e à formação dos Estados absolutistas, não ficou impune.
Fundado em fontes primárias ? Barclay, D?Aubigné, Hobbes, Vattel, Locke, Lessing, Schiller, Voltaire, Diderot, Turgot, panfletos anônimos e textos da franco-maçonaria, entre outros ?, "Crítica e crise" discute, explicitamente, transformações realizadas no século XVIII, mas é ao nosso tempo que se refere, implicitamente, do início ao fim. "A atual crise mundial", diz Koselleck no início do livro, "resulta da história europeia. A história europeia expandiu-se em história mundial e cumpriu-se nela, ao fazer com que o mundo inteiro ingressasse em um estado de crise permanente."<p>
A ascensão, agonia e queda dos Estados absolutistas e a dinâmica interna do Iluminismo servem de pano de fundo para que se compreenda o surgimento da filosofia da história, acontecimento decisivo da nossa época. Pois os tempos modernos começam quando a intelectualidade burguesa transforma a história em processo. "O alto tribunal da razão, entre cujos membros naturais a elite ascendente se inseria, envolveu em seu processo, em diferentes etapas, todas as esferas da vida. Mais cedo ou mais tarde, a teologia, a arte, a história, o direito, o Estado, a política e, finalmente, a própria razão são citados e chamados a prestar contas."<p>
O fermento da crítica altera o curso dos acontecimentos, quase sempre sem ter consciência disso. "A sociedade burguesa que se desenvolveu no século XVIII entendia-se como um mundo novo: reclamava intelectualmente o mundo inteiro e negava o mundo antigo. Cresceu a partir do espaço político europeu e, na medida em que se desligava dele, desenvolveu uma filosofia do progresso que correspondia a esse processo. O sujeito desta filosofia era a humanidade inteira."<p>
No século XVIII devem ser procurados, pois, os elementos fundantes da grande crise que, a partir de 1789, tem determinado os caminhos e descaminhos da história. Reinhart Koselleck mostra que, desde então, os conceitos de "crítica" e "crise" mantêm entre si uma conexão profunda, e que a separação entre moral e política, condição necessária à superação das guerras civis religiosas e à formação dos Estados absolutistas, não ficou impune.
Características | |
Autor | REINHART KOSELLECK |
Biografia | Chega finalmente à língua portuguesa a obra clássica de Reinhart Koselleck, traduzida do original alemão. Em poucas páginas, de forma precisa e elegante, o autor oferece uma leitura profunda, erudita, original e surpreendente da formação das bases ideológicas do mundo contemporâneo.<p> Fundado em fontes primárias ? Barclay, D?Aubigné, Hobbes, Vattel, Locke, Lessing, Schiller, Voltaire, Diderot, Turgot, panfletos anônimos e textos da franco-maçonaria, entre outros ?, "Crítica e crise" discute, explicitamente, transformações realizadas no século XVIII, mas é ao nosso tempo que se refere, implicitamente, do início ao fim. "A atual crise mundial", diz Koselleck no início do livro, "resulta da história europeia. A história europeia expandiu-se em história mundial e cumpriu-se nela, ao fazer com que o mundo inteiro ingressasse em um estado de crise permanente."<p> A ascensão, agonia e queda dos Estados absolutistas e a dinâmica interna do Iluminismo servem de pano de fundo para que se compreenda o surgimento da filosofia da história, acontecimento decisivo da nossa época. Pois os tempos modernos começam quando a intelectualidade burguesa transforma a história em processo. "O alto tribunal da razão, entre cujos membros naturais a elite ascendente se inseria, envolveu em seu processo, em diferentes etapas, todas as esferas da vida. Mais cedo ou mais tarde, a teologia, a arte, a história, o direito, o Estado, a política e, finalmente, a própria razão são citados e chamados a prestar contas."<p> O fermento da crítica altera o curso dos acontecimentos, quase sempre sem ter consciência disso. "A sociedade burguesa que se desenvolveu no século XVIII entendia-se como um mundo novo: reclamava intelectualmente o mundo inteiro e negava o mundo antigo. Cresceu a partir do espaço político europeu e, na medida em que se desligava dele, desenvolveu uma filosofia do progresso que correspondia a esse processo. O sujeito desta filosofia era a humanidade inteira."<p> No século XVIII devem ser procurados, pois, os elementos fundantes da grande crise que, a partir de 1789, tem determinado os caminhos e descaminhos da história. Reinhart Koselleck mostra que, desde então, os conceitos de "crítica" e "crise" mantêm entre si uma conexão profunda, e que a separação entre moral e política, condição necessária à superação das guerras civis religiosas e à formação dos Estados absolutistas, não ficou impune. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | EDITORA CONTRAPONTO |
ISBN | 9788585910259 |
Largura | 14 |
Páginas | 256 |