Teoria e Práxis
Nos textos que compõem esta obra, Jürgen Habermas analisa a relação entre teoria e práxis no contexto das sociedades modernas, surgidas do desenvolvimento de uma “civilização cientifizada”. Com base na perspectiva dessa relação, ele examina criticamente os efeitos colaterais reificantes da racionalização social sobre o cotidiano dos sujeitos.
Na abordagem da hegemonia do cientificismo, o filósofo parte de sua própria interpretação acerca do declínio da doutrina clássica da política, tal como esta se apresenta na filosofia prática de Aristóteles, e, ainda, da ascensão da moderna “ciência da política” inaugurada por Hobbes. Ele aponta, então, uma tendência generalizada, na modernidade, de redução das esferas da práxis a certa racionalidade instrumental, em que o padrão da técnica e da ciência influencia os critérios de interação social.
Habermas analisa tal tendência do ponto de vista da própria “teoria” – ou seja, a maneira como a filosofia social e a teoria política incorporaram o modo de proceder das ciências naturais – e também da perspectiva da “ação social”, avaliando as consequências do progresso técnico-científico sobre os comportamentos adaptativos dos sujeitos e a formação de uma consciência tecnocrática.
O filósofo assume esses dois referenciais de análise após ter modificado sua teoria, ao longo da década de 1960. Ele passa a privilegiar ora uma abordagem mais epistemológica em que a “cientificização” é vista pelo viés do desenvolvimento da própria teoria, ora a perspectiva dos “participantes” situados diretamente na estrutura social da práxis, isto é, as formas de ação baseadas em discursos racionais.
Em todo caso, é o diagnóstico de época, aquele compreendido pela “cientificização da política”, que servirá a Habermas como fio condutor tanto de suas análises sobre os clássicos da teoria política e da filosofia social quanto para determinar sua posição diante dos desafios do presente.
Na abordagem da hegemonia do cientificismo, o filósofo parte de sua própria interpretação acerca do declínio da doutrina clássica da política, tal como esta se apresenta na filosofia prática de Aristóteles, e, ainda, da ascensão da moderna “ciência da política” inaugurada por Hobbes. Ele aponta, então, uma tendência generalizada, na modernidade, de redução das esferas da práxis a certa racionalidade instrumental, em que o padrão da técnica e da ciência influencia os critérios de interação social.
Habermas analisa tal tendência do ponto de vista da própria “teoria” – ou seja, a maneira como a filosofia social e a teoria política incorporaram o modo de proceder das ciências naturais – e também da perspectiva da “ação social”, avaliando as consequências do progresso técnico-científico sobre os comportamentos adaptativos dos sujeitos e a formação de uma consciência tecnocrática.
O filósofo assume esses dois referenciais de análise após ter modificado sua teoria, ao longo da década de 1960. Ele passa a privilegiar ora uma abordagem mais epistemológica em que a “cientificização” é vista pelo viés do desenvolvimento da própria teoria, ora a perspectiva dos “participantes” situados diretamente na estrutura social da práxis, isto é, as formas de ação baseadas em discursos racionais.
Em todo caso, é o diagnóstico de época, aquele compreendido pela “cientificização da política”, que servirá a Habermas como fio condutor tanto de suas análises sobre os clássicos da teoria política e da filosofia social quanto para determinar sua posição diante dos desafios do presente.
Características | |
Autor | JÜRGEN HABERMAS |
Biografia | Nos textos que compõem esta obra, Jürgen Habermas analisa a relação entre teoria e práxis no contexto das sociedades modernas, surgidas do desenvolvimento de uma “civilização cientifizada”. Com base na perspectiva dessa relação, ele examina criticamente os efeitos colaterais reificantes da racionalização social sobre o cotidiano dos sujeitos. Na abordagem da hegemonia do cientificismo, o filósofo parte de sua própria interpretação acerca do declínio da doutrina clássica da política, tal como esta se apresenta na filosofia prática de Aristóteles, e, ainda, da ascensão da moderna “ciência da política” inaugurada por Hobbes. Ele aponta, então, uma tendência generalizada, na modernidade, de redução das esferas da práxis a certa racionalidade instrumental, em que o padrão da técnica e da ciência influencia os critérios de interação social. Habermas analisa tal tendência do ponto de vista da própria “teoria” – ou seja, a maneira como a filosofia social e a teoria política incorporaram o modo de proceder das ciências naturais – e também da perspectiva da “ação social”, avaliando as consequências do progresso técnico-científico sobre os comportamentos adaptativos dos sujeitos e a formação de uma consciência tecnocrática. O filósofo assume esses dois referenciais de análise após ter modificado sua teoria, ao longo da década de 1960. Ele passa a privilegiar ora uma abordagem mais epistemológica em que a “cientificização” é vista pelo viés do desenvolvimento da própria teoria, ora a perspectiva dos “participantes” situados diretamente na estrutura social da práxis, isto é, as formas de ação baseadas em discursos racionais. Em todo caso, é o diagnóstico de época, aquele compreendido pela “cientificização da política”, que servirá a Habermas como fio condutor tanto de suas análises sobre os clássicos da teoria política e da filosofia social quanto para determinar sua posição diante dos desafios do presente. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | UNESP |
ISBN | 9788539304882 |
Largura | 14 |
Páginas | 724 |