Escravos daqui, dali e de mais além: O tráfico interno de cativos na expansão cafeeira paulista

Escravos daqui, dali e de mais além: O tráfico interno de cativos na expansão cafeeira paulista

Escravos daqui, dali e de mais além: O tráfico interno de cativos na expansão cafeeira paulista

  • EditoraALAMEDA
  • Modelo: 9V91538
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O comércio de escravos no período de 1861-1887 afetou muitas vidas no Império do Brasil. Extinta a importação de africanos em meados do século XIX, o tráfico interno compunha-se de transação inter e intraprovinciais, destacando-se os negócios feitos localmente.
Naquele período, um importante fator para a definição do sentido do fluxo do comércio humano foi a expansão da lavoura cafeeira, tornando os municípios paulistas escolhidos para análise neste livro locais principalmente de chegada dos escravos, em especial na movimentação entre províncias.
Escravistas desfaziam-se de parte ou de toda a sua propriedade escrava, ao passo que muitas pessoas valiam-se do mercado para tornarem-se escravistas ou para aumentarem suas escravarias. De fato, em nossa sociedade escravista, muitos poderiam atuar vez ou outra como traficantes e participar do comércio da mercadoria humana esporadicamente. Dele participavam também, com intermediários, negociantes com maior ou menor especialização.
Em boa medida ao sabor do dinamismo da cafeicultura, as compras e vendas, trocas, doações e etc., impactavam igualmente a vida dos cativos negociados, amiúde causando alguma ou total desorganização de suas vidas e o rompimento parcial ou completo de seus laços de família, compadrio e amizade.
Reiterando as desproporções do tráfico negreiro transatlântico, com o predomínio de homens nas idades mais produtivas, as transações do comércio interno, mais do que as do internacional, foram também um espaço para o exercício de negociação sempre presente entre escravos e senhores, ambos agentes, ainda que num embate assimétrico, na conformação do cativeiro.
A leitura deste livro permite-nos conhecer algo dos meandros do tráfico interno de escravos, inteirar-nos das características dos contratantes dos negócios efetuados, bem como das pessoas objeto de tais transações, tudo isso sobre o plano de fundo da expansão cafeeira paulista e no contexto das décadas derradeiras de vigência da escravidão no Brasil
Características
Autor JOSE FLAVIO MOTTA
Biografia O comércio de escravos no período de 1861-1887 afetou muitas vidas no Império do Brasil. Extinta a importação de africanos em meados do século XIX, o tráfico interno compunha-se de transação inter e intraprovinciais, destacando-se os negócios feitos localmente.
Naquele período, um importante fator para a definição do sentido do fluxo do comércio humano foi a expansão da lavoura cafeeira, tornando os municípios paulistas escolhidos para análise neste livro locais principalmente de chegada dos escravos, em especial na movimentação entre províncias.
Escravistas desfaziam-se de parte ou de toda a sua propriedade escrava, ao passo que muitas pessoas valiam-se do mercado para tornarem-se escravistas ou para aumentarem suas escravarias. De fato, em nossa sociedade escravista, muitos poderiam atuar vez ou outra como traficantes e participar do comércio da mercadoria humana esporadicamente. Dele participavam também, com intermediários, negociantes com maior ou menor especialização.
Em boa medida ao sabor do dinamismo da cafeicultura, as compras e vendas, trocas, doações e etc., impactavam igualmente a vida dos cativos negociados, amiúde causando alguma ou total desorganização de suas vidas e o rompimento parcial ou completo de seus laços de família, compadrio e amizade.
Reiterando as desproporções do tráfico negreiro transatlântico, com o predomínio de homens nas idades mais produtivas, as transações do comércio interno, mais do que as do internacional, foram também um espaço para o exercício de negociação sempre presente entre escravos e senhores, ambos agentes, ainda que num embate assimétrico, na conformação do cativeiro.
A leitura deste livro permite-nos conhecer algo dos meandros do tráfico interno de escravos, inteirar-nos das características dos contratantes dos negócios efetuados, bem como das pessoas objeto de tais transações, tudo isso sobre o plano de fundo da expansão cafeeira paulista e no contexto das décadas derradeiras de vigência da escravidão no Brasil
Comprimento 23
Edição 1
Editora ALAMEDA
ISBN 9788579391538
Largura 16
Páginas 392

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