Traço, letra, escrita: Freud, Derrida, Lacan
Traço, letra, escrita: Freud, Derrida, Lacan
- Editora7 LETRAS
- Modelo: 9557931
- Disponibilidade: Em estoque
R$ 68,00
R$ 85,00
Os significantes traço, letra e escrita foram importados de seus campos semânticos para a psicanálise num movimento inicialmente metafórico. Contudo, mais do que uma metáfora, estes significantes vieram a se constituir em modelos do psíquico, de tal maneira que as letras e escritas “visíveis” passaram a poder ser entendidas a partir da referência à escrita psíquica. Neste livro, opera-se a extração de uma teoria psicanalítica da origem da letra e da escrita, e da função da escrita para os sujeitos, que estaria implícita em Freud e Lacan. Esta denominada operação de extração, assemelhada à desconstrução derridiana, revelou que o insconsciente é uma escrita de traços, o que só pode se escrever sob rasura, uma vez que a verdade está ausente do traço. Por consequência, a escrita “visível” será sempre encobrimento desta ausência radical de verdade do traço.
Escrever ou traçar é uma mímica da fundação do sujeito, busca de reencontrar sua metades em par, num estreito litoral entre saber e gozo: lituraterra. Aqueles sujeitos cuja língua é trabalhada pela escrita e que se sustentam em uma dupla referência à fala e à escrita, ou aqueles outros que, por determinação estrutural, sustentam melhor o nonsense da letra, constituem um interessante caso para o exame da inanalisabilidade, devido à sua afinidade com a letra como traço (no primeiro caso, a caligrafia; no segundo, lituraterra).
Também de forma não explícita, a psicanálise acompanhou este movimento. Houve uma psicanálise dominada por um desejo de leitura, de produção de significação, e há hojeuma psicanálise que se aventura a ficar do lado do nonsense do traço, onde o desejo do analista é um desejo de escrita.
Escrever ou traçar é uma mímica da fundação do sujeito, busca de reencontrar sua metades em par, num estreito litoral entre saber e gozo: lituraterra. Aqueles sujeitos cuja língua é trabalhada pela escrita e que se sustentam em uma dupla referência à fala e à escrita, ou aqueles outros que, por determinação estrutural, sustentam melhor o nonsense da letra, constituem um interessante caso para o exame da inanalisabilidade, devido à sua afinidade com a letra como traço (no primeiro caso, a caligrafia; no segundo, lituraterra).
Também de forma não explícita, a psicanálise acompanhou este movimento. Houve uma psicanálise dominada por um desejo de leitura, de produção de significação, e há hojeuma psicanálise que se aventura a ficar do lado do nonsense do traço, onde o desejo do analista é um desejo de escrita.
Características | |
Autor | Claudia de Moraes Rego |
Biografia | Os significantes traço, letra e escrita foram importados de seus campos semânticos para a psicanálise num movimento inicialmente metafórico. Contudo, mais do que uma metáfora, estes significantes vieram a se constituir em modelos do psíquico, de tal maneira que as letras e escritas “visíveis” passaram a poder ser entendidas a partir da referência à escrita psíquica. Neste livro, opera-se a extração de uma teoria psicanalítica da origem da letra e da escrita, e da função da escrita para os sujeitos, que estaria implícita em Freud e Lacan. Esta denominada operação de extração, assemelhada à desconstrução derridiana, revelou que o insconsciente é uma escrita de traços, o que só pode se escrever sob rasura, uma vez que a verdade está ausente do traço. Por consequência, a escrita “visível” será sempre encobrimento desta ausência radical de verdade do traço. Escrever ou traçar é uma mímica da fundação do sujeito, busca de reencontrar sua metades em par, num estreito litoral entre saber e gozo: lituraterra. Aqueles sujeitos cuja língua é trabalhada pela escrita e que se sustentam em uma dupla referência à fala e à escrita, ou aqueles outros que, por determinação estrutural, sustentam melhor o nonsense da letra, constituem um interessante caso para o exame da inanalisabilidade, devido à sua afinidade com a letra como traço (no primeiro caso, a caligrafia; no segundo, lituraterra). Também de forma não explícita, a psicanálise acompanhou este movimento. Houve uma psicanálise dominada por um desejo de leitura, de produção de significação, e há hojeuma psicanálise que se aventura a ficar do lado do nonsense do traço, onde o desejo do analista é um desejo de escrita. |
Comprimento | 23 |
Edição | 2 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559057931 |
Largura | 16 |
Páginas | 276 |