O desafio do leitor não difere do desafio dos autores dos artigos deste livro: empreender explorações científicas de maneira diagramática. O diagrama, aqui definido como representação gráfica de relações, é a ferramenta teórica para evidenciar percursos de raciocínios que nos levam a produzir sentido.
Como conseguimos apreender as diversas relações que se formam num cenário cada vez mais intrincado de relações entre diferentes aspectos culturais? Como conseguimos produzir sentido, ou seja, semiose, estando imersos em contradições cada vez mais flagrantes que identificamos entre diferentes textos da cultura? Esta é uma tarefa essencial para os pesquisadores do campo da Comunicação contemporânea.
Estes artigos, antes de serem propostas concretas exemplificam modos de pensar. Não oferecem soluções, mas caminhos a serem percorridos, pontos de partida ou de chegada no jornalismo, na arquitetura, no design, nas artes, nas letras e na linguística. Áreas a princípio distintas, mas que encontraram um ponto em comum na possibilidade de “(...) examinar as relações entre pensamento – signo – cultura que se manifestam sob forma de sistemas de linguagem historicamente constituídas”, como diz Irene Machado na Apresentação do livro.