Alguém Disse Totalitarismo? Cinco intervenções no (mau) uso de uma noção

Alguém Disse Totalitarismo? Cinco intervenções no (mau) uso de uma noção

Alguém Disse Totalitarismo? Cinco intervenções no (mau) uso de uma noção

  • EditoraBOITEMPO
  • Modelo: 6793479
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 39,20

    R$ 49,00
Em Alguém disse totalitarismo? Cinco intervenções no (mau) uso de uma noção, Slavoj Žižek enfrenta o famigerado e pouco palatável tema do totalitarismo. Evitando ao mesmo tempo o polemismo barato e o detalhamento repetitivo, o filósofo esloveno envolve sua análise nos mais candentes impasses ideológicos do presente. Ao invés de apresentar uma crítica política das estruturas de exceção que constituem a administração totalitária, Žižek defende que a própria noção de “totalitarismo”, longe de ser um conceito teórico efetivo, é essencialmente um tapa buraco: “em vez de possibilitar nosso pensamento, forçando-nos a adquirir uma nova visão sobre a realidade histórica que ela descreve, ela nos desobriga de pensar, ou nos impede ativamente de pensar”.

A fim de explicar seu raciocínio, ele provoca: "Na embalagem do chá verde Celestial Seasonings há uma breve explicação de seus benefícios: `O chá verde é uma fonte natural de antioxidantes que neutralizam os radicais livres, moléculas nocivas ao nosso corpo. Controlando os radicais livres, os antioxidantes ajudam o corpo a manter a saúde`. Mutatis mutandis, a noção de totalitarismo não é um dos principais antioxidantes ideológicos, cuja função durante toda sua existência foi controlar os radicais livres e, assim, ajudar o corpo social a manter sua saúde político-ideológica?". Aqui o filósofo não teme afirmar que os principais setores intelectuais, tanto à direita quanto à esquerda, se situam em campos ideológicos idênticos. "Em toda a sua existência, o `totalitarismo` foi uma noção ideológica que amparou a complexa operação de `controle dos radicais livres`, de garantia da hegemonia liberal-democrática, rejeitando a crítica de esquerda de que a democracia liberal seria o anverso, a `irmã gêmea` da ditadura fascista de direita. E é inútil tentar salvar o `totalitarismo` dividindo-o em subcategorias (enfatizando a diferença entre a variedade fascista e a comunista): no momento em que aceitamos a noção de `totalitarismo`, entramos firmemente no horizonte liberal-democrático”.
Características
Autor SLAVOJ ZIZEK
Biografia Em Alguém disse totalitarismo? Cinco intervenções no (mau) uso de uma noção, Slavoj Žižek enfrenta o famigerado e pouco palatável tema do totalitarismo. Evitando ao mesmo tempo o polemismo barato e o detalhamento repetitivo, o filósofo esloveno envolve sua análise nos mais candentes impasses ideológicos do presente. Ao invés de apresentar uma crítica política das estruturas de exceção que constituem a administração totalitária, Žižek defende que a própria noção de “totalitarismo”, longe de ser um conceito teórico efetivo, é essencialmente um tapa buraco: “em vez de possibilitar nosso pensamento, forçando-nos a adquirir uma nova visão sobre a realidade histórica que ela descreve, ela nos desobriga de pensar, ou nos impede ativamente de pensar”.

A fim de explicar seu raciocínio, ele provoca: "Na embalagem do chá verde Celestial Seasonings há uma breve explicação de seus benefícios: `O chá verde é uma fonte natural de antioxidantes que neutralizam os radicais livres, moléculas nocivas ao nosso corpo. Controlando os radicais livres, os antioxidantes ajudam o corpo a manter a saúde`. Mutatis mutandis, a noção de totalitarismo não é um dos principais antioxidantes ideológicos, cuja função durante toda sua existência foi controlar os radicais livres e, assim, ajudar o corpo social a manter sua saúde político-ideológica?". Aqui o filósofo não teme afirmar que os principais setores intelectuais, tanto à direita quanto à esquerda, se situam em campos ideológicos idênticos. "Em toda a sua existência, o `totalitarismo` foi uma noção ideológica que amparou a complexa operação de `controle dos radicais livres`, de garantia da hegemonia liberal-democrática, rejeitando a crítica de esquerda de que a democracia liberal seria o anverso, a `irmã gêmea` da ditadura fascista de direita. E é inútil tentar salvar o `totalitarismo` dividindo-o em subcategorias (enfatizando a diferença entre a variedade fascista e a comunista): no momento em que aceitamos a noção de `totalitarismo`, entramos firmemente no horizonte liberal-democrático”.
Comprimento 23
Edição 1
Editora BOITEMPO
ISBN 9788575593479
Largura 16
Páginas 182

Escreva um comentário

Você deve acessar ou cadastrar-se para comentar.