Crise Completa,a
A crise econômica mundial, especialmente após o fracasso das políticas neoliberais em várias partes do mundo, está permitindo a busca de novas interpretações sobre o modo de produção capitalista, suas contradições e crises. Nesse sentido, o livro do professor Lauro Campos, A crise completa: a economia política do não, traz uma importante contribuição para quem quer discutir a fundo a natureza desse sistema e o sentido histórico de suas contradições.
O trabalho busca compreender as transformações dos fenômenos sócio-econômicos do capitalismo. As relações polarizadas que constituem a infra-estrutura da economia capitalista revelam as contradições que, por meio de auges e de depressões sucessivas, produzem a história econômica e a história do pensamento econômico capitalista. Sob o aparente desenvolvimento, se produz e desenvolve a crise. Ao lado do trabalho produtivo, que traz lucro e desenvolve as forças produtivas, cresce e se avoluma o trabalho não produtivo, se afirmam as não-mercadorias, não-valores de uso e não-valores em que o trabalho não produtivo se materializa.
O crédito ao consumo, a dívida pública e a dívida interna revelam os limites em que esbarra sua dinâmica contraditória. Não ativam mais o processo econômico mas, ao contrário, se transformam em obstáculos: o desenvolvimento produz o não-desenvolvimento. A crise completa: a economia política do não pretende tomar a crise capitalista como um fenômeno que se desenvolve e se completa. Em sua forma mais simples e elementar, as contradições se manifestam como tensão entre valor de uso e valor. Cada ato de investimento, de acumulação de capital é, concomitantemente, um ato em direção à negação do capital, à superação das relações capitalistas. A negatividade interna da acumulação só se torna visível nas crises, que revelam que essa negatividade é da essência da própria acumulação capitalista.
A visão parcial e positiva do capitalismo considera-o como um processo de acumulação de capital, de descobertas tecnológicas, de globalização das relações de produção capitalistas, de aumento da produtividade, de modernização incessante. O capitalismo é tudo isto e muito mais. Ao lado dos feitos e efeitos, do desenvolvimento sem precedentes das forças produtivas, o capitalismo desenvolveu um conteúdo negativo – o desemprego, a dívida publica, a divida externa, a divida de empresas e famílias, a divida social, a exclusão, a marginalização, a pobreza, a fome, a desnutrição, a destruição sistêmica.
Texto de orelha: Edmilson Costa
Sobre o autor
Lauro Campos é economista e advogado. Professor universitário aposentado, iniciou sua carreira em 1954 na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Defendeu tese em Roma, em 1958, e tornou-se catedrático em Economia pela Universidade Federal de Goiás em 1963. Transferiu-se para a Universidade de Brasília em 1965, como professor da graduação e da pós-graduação. É autor, entre outros, do clássico A crise da ideologia keynesiana (1980).
O trabalho busca compreender as transformações dos fenômenos sócio-econômicos do capitalismo. As relações polarizadas que constituem a infra-estrutura da economia capitalista revelam as contradições que, por meio de auges e de depressões sucessivas, produzem a história econômica e a história do pensamento econômico capitalista. Sob o aparente desenvolvimento, se produz e desenvolve a crise. Ao lado do trabalho produtivo, que traz lucro e desenvolve as forças produtivas, cresce e se avoluma o trabalho não produtivo, se afirmam as não-mercadorias, não-valores de uso e não-valores em que o trabalho não produtivo se materializa.
O crédito ao consumo, a dívida pública e a dívida interna revelam os limites em que esbarra sua dinâmica contraditória. Não ativam mais o processo econômico mas, ao contrário, se transformam em obstáculos: o desenvolvimento produz o não-desenvolvimento. A crise completa: a economia política do não pretende tomar a crise capitalista como um fenômeno que se desenvolve e se completa. Em sua forma mais simples e elementar, as contradições se manifestam como tensão entre valor de uso e valor. Cada ato de investimento, de acumulação de capital é, concomitantemente, um ato em direção à negação do capital, à superação das relações capitalistas. A negatividade interna da acumulação só se torna visível nas crises, que revelam que essa negatividade é da essência da própria acumulação capitalista.
A visão parcial e positiva do capitalismo considera-o como um processo de acumulação de capital, de descobertas tecnológicas, de globalização das relações de produção capitalistas, de aumento da produtividade, de modernização incessante. O capitalismo é tudo isto e muito mais. Ao lado dos feitos e efeitos, do desenvolvimento sem precedentes das forças produtivas, o capitalismo desenvolveu um conteúdo negativo – o desemprego, a dívida publica, a divida externa, a divida de empresas e famílias, a divida social, a exclusão, a marginalização, a pobreza, a fome, a desnutrição, a destruição sistêmica.
Texto de orelha: Edmilson Costa
Sobre o autor
Lauro Campos é economista e advogado. Professor universitário aposentado, iniciou sua carreira em 1954 na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Defendeu tese em Roma, em 1958, e tornou-se catedrático em Economia pela Universidade Federal de Goiás em 1963. Transferiu-se para a Universidade de Brasília em 1965, como professor da graduação e da pós-graduação. É autor, entre outros, do clássico A crise da ideologia keynesiana (1980).
Características | |
Autor | LAURO CAMPOS |
Biografia | A crise econômica mundial, especialmente após o fracasso das políticas neoliberais em várias partes do mundo, está permitindo a busca de novas interpretações sobre o modo de produção capitalista, suas contradições e crises. Nesse sentido, o livro do professor Lauro Campos, A crise completa: a economia política do não, traz uma importante contribuição para quem quer discutir a fundo a natureza desse sistema e o sentido histórico de suas contradições. O trabalho busca compreender as transformações dos fenômenos sócio-econômicos do capitalismo. As relações polarizadas que constituem a infra-estrutura da economia capitalista revelam as contradições que, por meio de auges e de depressões sucessivas, produzem a história econômica e a história do pensamento econômico capitalista. Sob o aparente desenvolvimento, se produz e desenvolve a crise. Ao lado do trabalho produtivo, que traz lucro e desenvolve as forças produtivas, cresce e se avoluma o trabalho não produtivo, se afirmam as não-mercadorias, não-valores de uso e não-valores em que o trabalho não produtivo se materializa. O crédito ao consumo, a dívida pública e a dívida interna revelam os limites em que esbarra sua dinâmica contraditória. Não ativam mais o processo econômico mas, ao contrário, se transformam em obstáculos: o desenvolvimento produz o não-desenvolvimento. A crise completa: a economia política do não pretende tomar a crise capitalista como um fenômeno que se desenvolve e se completa. Em sua forma mais simples e elementar, as contradições se manifestam como tensão entre valor de uso e valor. Cada ato de investimento, de acumulação de capital é, concomitantemente, um ato em direção à negação do capital, à superação das relações capitalistas. A negatividade interna da acumulação só se torna visível nas crises, que revelam que essa negatividade é da essência da própria acumulação capitalista. A visão parcial e positiva do capitalismo considera-o como um processo de acumulação de capital, de descobertas tecnológicas, de globalização das relações de produção capitalistas, de aumento da produtividade, de modernização incessante. O capitalismo é tudo isto e muito mais. Ao lado dos feitos e efeitos, do desenvolvimento sem precedentes das forças produtivas, o capitalismo desenvolveu um conteúdo negativo – o desemprego, a dívida publica, a divida externa, a divida de empresas e famílias, a divida social, a exclusão, a marginalização, a pobreza, a fome, a desnutrição, a destruição sistêmica. Texto de orelha: Edmilson Costa Sobre o autor Lauro Campos é economista e advogado. Professor universitário aposentado, iniciou sua carreira em 1954 na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Defendeu tese em Roma, em 1958, e tornou-se catedrático em Economia pela Universidade Federal de Goiás em 1963. Transferiu-se para a Universidade de Brasília em 1965, como professor da graduação e da pós-graduação. É autor, entre outros, do clássico A crise da ideologia keynesiana (1980). |
Comprimento | 30 |
Editora | BOITEMPO |
ISBN | 9788585934736 |
Largura | 20 |