Direito à terra no Brasil: A gestação do conflito 1795-1824
Direito à terra no Brasil: A gestação do conflito 1795-1824
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Quase não se passa um dia sem que o noticiário brasileiro registre problemas envolvendo o uso da terra no Brasil. Essa questão nos remete a situação brasileira no final do século XVIII, em que a historiadora Márcia Motta enfoca as polêmicas em torno do direito à terra e de sua história.
No centro dos problemas políticos brasileiros, a questão agrária nem sempre recebeu a atenção acurada dos historiadores. As sesmarias, criadas em Portugal face às carências agrícolas e às transformações do poder real e implantado no Brasil posteriormente, sustentou a constituição do domínio metropolitano e da sociedade colonial. Tiveram, porém, um significado distinto de um lado e de outro do Atlântico, no reino e nas conquistas, na metrópole e na colônia americana.
Os problemas das relações sociais da terra e das bases fundiárias da nossa história são tratados por muitos como mera herança colonial, já a estrutura fundiária brasileira, com suas especificidades, revela o trajeto contraditório das instituições que, transplantadas de Portugal, modificaram-se na Colônia. Além do mercado interno, o “renascimento agrícola”, através do incremento da produção de exportação, impulsionou as demandas de terras. Dessa forma, houve uma profunda reconfiguração das relações fundiárias. Porções de terra, ocupadas por livres pobres, tornaram-se objeto de disputas. Acentuaram-se as demandas, as polêmicas sobre as medições e as controvérsias sobre a ocupação produtiva, como base das confirmações. Intensificaram-se, também, as discussões sobre a legitimidade da lei, apontada como entrave à plena propriedade, dentro dos princípios liberais.
Direito à terra no Brasil é o resultado de ampla pesquisa documental e do diálogo erudito com a bibliografia. Problematiza, dessa forma, com maestria, o período 1795-1824, momento em que o sistema sesmarial – até então o fundamento da apropriação das terras – foi questionado e finalmente suspenso.
No centro dos problemas políticos brasileiros, a questão agrária nem sempre recebeu a atenção acurada dos historiadores. As sesmarias, criadas em Portugal face às carências agrícolas e às transformações do poder real e implantado no Brasil posteriormente, sustentou a constituição do domínio metropolitano e da sociedade colonial. Tiveram, porém, um significado distinto de um lado e de outro do Atlântico, no reino e nas conquistas, na metrópole e na colônia americana.
Os problemas das relações sociais da terra e das bases fundiárias da nossa história são tratados por muitos como mera herança colonial, já a estrutura fundiária brasileira, com suas especificidades, revela o trajeto contraditório das instituições que, transplantadas de Portugal, modificaram-se na Colônia. Além do mercado interno, o “renascimento agrícola”, através do incremento da produção de exportação, impulsionou as demandas de terras. Dessa forma, houve uma profunda reconfiguração das relações fundiárias. Porções de terra, ocupadas por livres pobres, tornaram-se objeto de disputas. Acentuaram-se as demandas, as polêmicas sobre as medições e as controvérsias sobre a ocupação produtiva, como base das confirmações. Intensificaram-se, também, as discussões sobre a legitimidade da lei, apontada como entrave à plena propriedade, dentro dos princípios liberais.
Direito à terra no Brasil é o resultado de ampla pesquisa documental e do diálogo erudito com a bibliografia. Problematiza, dessa forma, com maestria, o período 1795-1824, momento em que o sistema sesmarial – até então o fundamento da apropriação das terras – foi questionado e finalmente suspenso.
Características | |
Autor | MÁRCIA MOTTA |
Biografia | Quase não se passa um dia sem que o noticiário brasileiro registre problemas envolvendo o uso da terra no Brasil. Essa questão nos remete a situação brasileira no final do século XVIII, em que a historiadora Márcia Motta enfoca as polêmicas em torno do direito à terra e de sua história. No centro dos problemas políticos brasileiros, a questão agrária nem sempre recebeu a atenção acurada dos historiadores. As sesmarias, criadas em Portugal face às carências agrícolas e às transformações do poder real e implantado no Brasil posteriormente, sustentou a constituição do domínio metropolitano e da sociedade colonial. Tiveram, porém, um significado distinto de um lado e de outro do Atlântico, no reino e nas conquistas, na metrópole e na colônia americana. Os problemas das relações sociais da terra e das bases fundiárias da nossa história são tratados por muitos como mera herança colonial, já a estrutura fundiária brasileira, com suas especificidades, revela o trajeto contraditório das instituições que, transplantadas de Portugal, modificaram-se na Colônia. Além do mercado interno, o “renascimento agrícola”, através do incremento da produção de exportação, impulsionou as demandas de terras. Dessa forma, houve uma profunda reconfiguração das relações fundiárias. Porções de terra, ocupadas por livres pobres, tornaram-se objeto de disputas. Acentuaram-se as demandas, as polêmicas sobre as medições e as controvérsias sobre a ocupação produtiva, como base das confirmações. Intensificaram-se, também, as discussões sobre a legitimidade da lei, apontada como entrave à plena propriedade, dentro dos princípios liberais. Direito à terra no Brasil é o resultado de ampla pesquisa documental e do diálogo erudito com a bibliografia. Problematiza, dessa forma, com maestria, o período 1795-1824, momento em que o sistema sesmarial – até então o fundamento da apropriação das terras – foi questionado e finalmente suspenso. |
Comprimento | 23 |
Edição | 2 |
Editora | ALAMEDA |
ISBN | 9788579391330 |
Largura | 16 |
Páginas | 290 |