Ética na Comunicação
Tornou-se habitual a afirmação de que a segunda metade do século XX consolidou a passagem de uma cultura clássica, às vezes chamada moderna, para uma cultura de massa. Como é frequente em tais casos, essa constatação, de aparência meramente sociológica, reserva para o pensamento crítico algumas surpresas e indica algumas tarefas urgentes. Uma delas é a força com que reaparece, neste século, o tema da ética.
Que vivemos numa cultura regida pela comunicação, é certo; que essa regência não é um novo absoluto - eis o que valeria a pena ser pensado. Que as massas marcam com sua presença o panorama da cultura contemporânea, parece fora de dúvida; que essa presença e seus funcionamentos determinem com exclusividade todas as formas de produção de sentidos nas nossas sociedades - eis o que parece uma demasia (ou uma insuficiência) simplificadora. Entre a constatação e suas possíveis consequências, abre-se um largo espaço para de novo pensar. Nesse espaço, pode-se decidir se os modelos longamente testados de delimitação entre o humano e o não-humano - o divino, o mundano - podem ainda prevalecer, se novos modelos devem ser propostos, se já anunciam, se nos encontramos, tantas vezes sem nos darmos conta, no processo de sua invenção.
É sobre tais problemas que se debruçam nesta obra, pensadores como Emmanuel Carneiro Leão, Muniz Sodré, Francisco Doria, Fabio Lacombe, Ester Kosovski, William Batista, José Amaral Argolo, Chaim Katz e Alessandro Baratta. Os termos em que o fazem, o vigor e o rigor com que os cercam, o risco de pensar, que alegre e serenamente assumem, testemunham o empenho com que a Escola de Comunicação da UFRJ se esforça para ajudar, meditativamente e sem pressa, a gestação de um por vir. (Texto da orelha por Marcio Tavares D'Amaral - Filósofo - UFRJ)
Que vivemos numa cultura regida pela comunicação, é certo; que essa regência não é um novo absoluto - eis o que valeria a pena ser pensado. Que as massas marcam com sua presença o panorama da cultura contemporânea, parece fora de dúvida; que essa presença e seus funcionamentos determinem com exclusividade todas as formas de produção de sentidos nas nossas sociedades - eis o que parece uma demasia (ou uma insuficiência) simplificadora. Entre a constatação e suas possíveis consequências, abre-se um largo espaço para de novo pensar. Nesse espaço, pode-se decidir se os modelos longamente testados de delimitação entre o humano e o não-humano - o divino, o mundano - podem ainda prevalecer, se novos modelos devem ser propostos, se já anunciam, se nos encontramos, tantas vezes sem nos darmos conta, no processo de sua invenção.
É sobre tais problemas que se debruçam nesta obra, pensadores como Emmanuel Carneiro Leão, Muniz Sodré, Francisco Doria, Fabio Lacombe, Ester Kosovski, William Batista, José Amaral Argolo, Chaim Katz e Alessandro Baratta. Os termos em que o fazem, o vigor e o rigor com que os cercam, o risco de pensar, que alegre e serenamente assumem, testemunham o empenho com que a Escola de Comunicação da UFRJ se esforça para ajudar, meditativamente e sem pressa, a gestação de um por vir. (Texto da orelha por Marcio Tavares D'Amaral - Filósofo - UFRJ)
Características | |
Autor | Ester Kosovski |
Biografia | Tornou-se habitual a afirmação de que a segunda metade do século XX consolidou a passagem de uma cultura clássica, às vezes chamada moderna, para uma cultura de massa. Como é frequente em tais casos, essa constatação, de aparência meramente sociológica, reserva para o pensamento crítico algumas surpresas e indica algumas tarefas urgentes. Uma delas é a força com que reaparece, neste século, o tema da ética. Que vivemos numa cultura regida pela comunicação, é certo; que essa regência não é um novo absoluto - eis o que valeria a pena ser pensado. Que as massas marcam com sua presença o panorama da cultura contemporânea, parece fora de dúvida; que essa presença e seus funcionamentos determinem com exclusividade todas as formas de produção de sentidos nas nossas sociedades - eis o que parece uma demasia (ou uma insuficiência) simplificadora. Entre a constatação e suas possíveis consequências, abre-se um largo espaço para de novo pensar. Nesse espaço, pode-se decidir se os modelos longamente testados de delimitação entre o humano e o não-humano - o divino, o mundano - podem ainda prevalecer, se novos modelos devem ser propostos, se já anunciam, se nos encontramos, tantas vezes sem nos darmos conta, no processo de sua invenção. É sobre tais problemas que se debruçam nesta obra, pensadores como Emmanuel Carneiro Leão, Muniz Sodré, Francisco Doria, Fabio Lacombe, Ester Kosovski, William Batista, José Amaral Argolo, Chaim Katz e Alessandro Baratta. Os termos em que o fazem, o vigor e o rigor com que os cercam, o risco de pensar, que alegre e serenamente assumem, testemunham o empenho com que a Escola de Comunicação da UFRJ se esforça para ajudar, meditativamente e sem pressa, a gestação de um por vir. (Texto da orelha por Marcio Tavares D'Amaral - Filósofo - UFRJ) |
Comprimento | 21 |
Editora | MAUAD X |
ISBN | 9788585756123 |
Largura | 14 |
Páginas | 192 |