O tempo do poema parece desaparecer, nessa paisagem dúbia, onde vemos o mundo perder a aura das verdades fixas. Diante da aparente sina de um triste Brasil, de futuro contido, é com estupor
que percebemos, como Paul Celan, o poema como um presente. Um presente oferecido aos atentos. “Presentes que levam consigo um destino.’’ Aqui neste livro também são oferecidos versos em que, entre passados e futuros, resiste a palavra, em meio aos seus escombros / de avesso e descuido. Álvaro Miranda nos presenteia com poemas escritos para além dos dias turvos e das paredes do previsível, mas impulsionados pelo trapézio e voo. Um voo que poderia ser fotografado, na sépia da memória, mas nunca realmente estático. Com uma escrita que contorna os preciosos haikais da tradição de Bashô, mas sem abrir mão de sua temporalidade e país. O autor se permite ao ofício do risco, e não vira as costas para o futuro vermelho, não russo, mas brasileiro. Um Angelus Novus latino mais esperançoso, que consegue acordar os mortos e juntar os fragmentos, pois nesta obra há uma insubmissão ao instante da imensidão / que se finge eterno.
que percebemos, como Paul Celan, o poema como um presente. Um presente oferecido aos atentos. “Presentes que levam consigo um destino.’’ Aqui neste livro também são oferecidos versos em que, entre passados e futuros, resiste a palavra, em meio aos seus escombros / de avesso e descuido. Álvaro Miranda nos presenteia com poemas escritos para além dos dias turvos e das paredes do previsível, mas impulsionados pelo trapézio e voo. Um voo que poderia ser fotografado, na sépia da memória, mas nunca realmente estático. Com uma escrita que contorna os preciosos haikais da tradição de Bashô, mas sem abrir mão de sua temporalidade e país. O autor se permite ao ofício do risco, e não vira as costas para o futuro vermelho, não russo, mas brasileiro. Um Angelus Novus latino mais esperançoso, que consegue acordar os mortos e juntar os fragmentos, pois nesta obra há uma insubmissão ao instante da imensidão / que se finge eterno.
Características | |
Autor | Álvaro Miranda |
Biografia | O tempo do poema parece desaparecer, nessa paisagem dúbia, onde vemos o mundo perder a aura das verdades fixas. Diante da aparente sina de um triste Brasil, de futuro contido, é com estupor que percebemos, como Paul Celan, o poema como um presente. Um presente oferecido aos atentos. “Presentes que levam consigo um destino.’’ Aqui neste livro também são oferecidos versos em que, entre passados e futuros, resiste a palavra, em meio aos seus escombros / de avesso e descuido. Álvaro Miranda nos presenteia com poemas escritos para além dos dias turvos e das paredes do previsível, mas impulsionados pelo trapézio e voo. Um voo que poderia ser fotografado, na sépia da memória, mas nunca realmente estático. Com uma escrita que contorna os preciosos haikais da tradição de Bashô, mas sem abrir mão de sua temporalidade e país. O autor se permite ao ofício do risco, e não vira as costas para o futuro vermelho, não russo, mas brasileiro. Um Angelus Novus latino mais esperançoso, que consegue acordar os mortos e juntar os fragmentos, pois nesta obra há uma insubmissão ao instante da imensidão / que se finge eterno. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559054282 |
Largura | 14 |
Páginas | 96 |