MÃOS VAZIAS, AS
Quando entramos nessas páginas, percebemos que estamos diante de uma poesia que abraça o ritmo e o som, uma sinfonia eterna das palavras, que seduzem e plantam a semente do sentido – uma “centelha que não será apagada”. O livro desdobra-se num campo fértil da linguagem, onde as palavras encontram seu alimento em uma observação minuciosa da paisagem que nos cerca: animais, pedras, plantas e pessoas. Com rara sensibilidade e refinamento métrico, Mauricio Vieira nos conduz a uma travessia literária amadurecida, onde a musicalidade é escutada tanto quanto é vista. Com sutis experimentações visuais e a habilidade de cultivar diferentes idiomas, seus poemas desabrocham, renunciando às rimas quando necessário, para florescerem em perfeita consonância com seu conteúdo.
Do inusitado para o papel, do papel para a solidez, emerge a arquitetura textual que sustenta a escrita de Mauricio Vieira. Seus temas são abordados com sabedoria, sempre desafiando os limites da inventividade. Ao escrever, o poeta escuta: o riso de uma planta carnívora e o cumprimento de uma borboleta; o pedido de silêncio de um pai ao filho, e até mesmo escuta imagens evocadas por Jean-Luc Godard e Lasar Segall. Nesse exercício de percepção, a voz se aquece de fora para dentro, unindo visão e audição em suas criações poéticas. A chuva alimenta a árvore e a árvore alimenta a chuva, enquanto o poema se nutre desse ciclo incessante. Plantar uma poesia de qualidade reside exatamente aqui: na escuta do outro. Nas palavras de Ricardo Gil Soeiro, “resta-nos sublinhar que estamos simplesmente perante uma poesia eminentemente musical, atenta ao ritmo e ao som, à perene melodia das palavras e ao caprichoso modo como elas se vão seduzindo, plantando a semente do sentido, ‘centelha que não será apagada’. […] Escrita indócil, pois. Mas também empática. Escrita que interpela, que desafia e que incita as perplexidades e as insondáveis inquietudes do leitor.”
Do inusitado para o papel, do papel para a solidez, emerge a arquitetura textual que sustenta a escrita de Mauricio Vieira. Seus temas são abordados com sabedoria, sempre desafiando os limites da inventividade. Ao escrever, o poeta escuta: o riso de uma planta carnívora e o cumprimento de uma borboleta; o pedido de silêncio de um pai ao filho, e até mesmo escuta imagens evocadas por Jean-Luc Godard e Lasar Segall. Nesse exercício de percepção, a voz se aquece de fora para dentro, unindo visão e audição em suas criações poéticas. A chuva alimenta a árvore e a árvore alimenta a chuva, enquanto o poema se nutre desse ciclo incessante. Plantar uma poesia de qualidade reside exatamente aqui: na escuta do outro. Nas palavras de Ricardo Gil Soeiro, “resta-nos sublinhar que estamos simplesmente perante uma poesia eminentemente musical, atenta ao ritmo e ao som, à perene melodia das palavras e ao caprichoso modo como elas se vão seduzindo, plantando a semente do sentido, ‘centelha que não será apagada’. […] Escrita indócil, pois. Mas também empática. Escrita que interpela, que desafia e que incita as perplexidades e as insondáveis inquietudes do leitor.”
Características | |
Autor | Mauricio Vieira |
Biografia | Quando entramos nessas páginas, percebemos que estamos diante de uma poesia que abraça o ritmo e o som, uma sinfonia eterna das palavras, que seduzem e plantam a semente do sentido – uma “centelha que não será apagada”. O livro desdobra-se num campo fértil da linguagem, onde as palavras encontram seu alimento em uma observação minuciosa da paisagem que nos cerca: animais, pedras, plantas e pessoas. Com rara sensibilidade e refinamento métrico, Mauricio Vieira nos conduz a uma travessia literária amadurecida, onde a musicalidade é escutada tanto quanto é vista. Com sutis experimentações visuais e a habilidade de cultivar diferentes idiomas, seus poemas desabrocham, renunciando às rimas quando necessário, para florescerem em perfeita consonância com seu conteúdo. Do inusitado para o papel, do papel para a solidez, emerge a arquitetura textual que sustenta a escrita de Mauricio Vieira. Seus temas são abordados com sabedoria, sempre desafiando os limites da inventividade. Ao escrever, o poeta escuta: o riso de uma planta carnívora e o cumprimento de uma borboleta; o pedido de silêncio de um pai ao filho, e até mesmo escuta imagens evocadas por Jean-Luc Godard e Lasar Segall. Nesse exercício de percepção, a voz se aquece de fora para dentro, unindo visão e audição em suas criações poéticas. A chuva alimenta a árvore e a árvore alimenta a chuva, enquanto o poema se nutre desse ciclo incessante. Plantar uma poesia de qualidade reside exatamente aqui: na escuta do outro. Nas palavras de Ricardo Gil Soeiro, “resta-nos sublinhar que estamos simplesmente perante uma poesia eminentemente musical, atenta ao ritmo e ao som, à perene melodia das palavras e ao caprichoso modo como elas se vão seduzindo, plantando a semente do sentido, ‘centelha que não será apagada’. […] Escrita indócil, pois. Mas também empática. Escrita que interpela, que desafia e que incita as perplexidades e as insondáveis inquietudes do leitor.” |
Comprimento | 23 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559056200 |
Largura | 16 |
Páginas | 144 |