Como uma ampla visita guiada pela cidade do Rio de Janeiro, o livro Ao Amor do Público – Monumentos, esculturas, fontes e chafarizes do Rio de Janeiro (ed. ID Cultural) apresenta ao leitor curiosidades e relíquias por muitos desconhecidas. A rigor, monumento se refere à construção de uma obra que recorde alguém ou algum fato importante. Mas neste aprazível passeio, é possível encontrar também luminárias, gradis, portões e calçamentos.

Organizado pela pesquisadora Patrícia Pamplona, com fotografias de Pepe Schettino, Ao Amor do Público reúne mais 600 peças que estão distribuídas pela cidade. No Brasil, os primeiros monumentos foram fontes e chafarizes, pois não era permitido erguer bustos ou esculturas de pessoas. O primeiro foi a estátua equestre de D. Pedro II, na praça Tiradentes, no Rio.

“O livro traz para os cariocas um olhar diferente para a cidade de todo dia. E para quem é de fora, apresenta novos pontos de interesse que não estão nos guias ou mapas. Pelas minhas andanças pelo Rio eu já observava pontos extremamente relevantes como a Ponte de Jesuítas, em Santa Cruz, e as esculturas de Rodolfo Bernardelli. Mas foi então que encontrei Nicolina Vaz de Assis, escultora brasileira que eu não conhecia e possui duas de suas obras mais importantes na Quinta da Boa Vista”, conta Patricia Pamplona.

Segundo o professor e escritor Deonísio da Silva, doutor em Letras pela USP e que assina o prefácio do livro, “monumentos são construções que falam sem palavras, ainda que alguns tragam inscrições identificadoras como os Arcos da Lapa, o Cristo Redentor, a Quinta da Boa Vista, o Palácio Imperial e o Palácio Tiradentes.”

Para auxiliar no passeio, foram listados apenas monumentos que estão em locais de acesso público. Na primeira parte do livro, separados por áreas geográficas, estão monumentos selecionados a partir de importância histórica ou estética. A cada capítulo mapas ilustrativos indicam a localização exata de cada item. Algumas preciosidades estão apenas listadas, no fim dos capítulos, por conta do acesso restrito ou da má conservação.