CLASSES DO TRABALHO EM MUTAÇÃO
CLASSES DO TRABALHO EM MUTAÇÃO
- EditoraEDITORA REVAN
- Modelo: RV10496
- Disponibilidade: Em estoque
R$ 50,40
R$ 63,00
"
O termo "desfiliação do trabalho" passou a ser utilizado para identificar a imensa geração populacional sobrante das forças decorrentes do avanço do capitalismo industrial desde o final do século XVIII. Com o predomínio do modo de produção de manufaturas, a sorte do contingente de trabalhadores associados à velha sociedade agrária dependeu cada vez mais de suas próprias forças organizativas, bem como das alianças em torno da construção do Estado de bem estar social.
No Brasil, o abandono do trabalho escravo ao final do século XIX marginalizou, em grande medida, a mão de obra nacional em detrimento da absorção de trabalhadores imigrantes. Essa primeira fase da desfiliação do trabalho durante a fundação do capitalismo no país somente ganhou maior expressão a partir da década de 1920, com a disseminação de enormes fluxos de força de trabalho sobrante do campo para a as cidades, especialmente aquelas que concentravam os maiores avanços do projeto urbano industrial.
Sem completar o processo de estruturação do mercado de trabalho e postergar a construção do Estado de bem estar social, a classe trabalhadora foi obrigada a conviver numa economia de baixos salários e enorme subdesenvolvimento nas relações de trabalho. A desvalorização daqueles que dependem de sua própria mão-de-obra para sobreviver não deixou de ser evidente, marca maior do processo inequívoco de desfiliação das classes trabalhadoras.
Não obstante os progressos observados neste início do século XXI, o Brasil ainda mantém inegável presença da velha desfiliação do trabalho que se sobrecarrega com a emergência de uma nova desfiliação, gerada pela disseminação do trabalho imaterial para fora da antiga produção de bens e serviços fordista. Simultaneamente, constata-se uma profunda recomposição da própria ideia de trabalho a se conformar pela força do grande manto que aliena e facilita a maior subtração da riqueza do exercício do trabalho humano na economia desmaterializada. Mudam as identidades e as formas do trabalho, o que exige maior pressão organizativa de quem a sofre o peso da imaterialidade da economia. Novo papel ao Estado e reconstituição do direito do trabalho se fazem imprescindíveis.
"
O termo "desfiliação do trabalho" passou a ser utilizado para identificar a imensa geração populacional sobrante das forças decorrentes do avanço do capitalismo industrial desde o final do século XVIII. Com o predomínio do modo de produção de manufaturas, a sorte do contingente de trabalhadores associados à velha sociedade agrária dependeu cada vez mais de suas próprias forças organizativas, bem como das alianças em torno da construção do Estado de bem estar social.
No Brasil, o abandono do trabalho escravo ao final do século XIX marginalizou, em grande medida, a mão de obra nacional em detrimento da absorção de trabalhadores imigrantes. Essa primeira fase da desfiliação do trabalho durante a fundação do capitalismo no país somente ganhou maior expressão a partir da década de 1920, com a disseminação de enormes fluxos de força de trabalho sobrante do campo para a as cidades, especialmente aquelas que concentravam os maiores avanços do projeto urbano industrial.
Sem completar o processo de estruturação do mercado de trabalho e postergar a construção do Estado de bem estar social, a classe trabalhadora foi obrigada a conviver numa economia de baixos salários e enorme subdesenvolvimento nas relações de trabalho. A desvalorização daqueles que dependem de sua própria mão-de-obra para sobreviver não deixou de ser evidente, marca maior do processo inequívoco de desfiliação das classes trabalhadoras.
Não obstante os progressos observados neste início do século XXI, o Brasil ainda mantém inegável presença da velha desfiliação do trabalho que se sobrecarrega com a emergência de uma nova desfiliação, gerada pela disseminação do trabalho imaterial para fora da antiga produção de bens e serviços fordista. Simultaneamente, constata-se uma profunda recomposição da própria ideia de trabalho a se conformar pela força do grande manto que aliena e facilita a maior subtração da riqueza do exercício do trabalho humano na economia desmaterializada. Mudam as identidades e as formas do trabalho, o que exige maior pressão organizativa de quem a sofre o peso da imaterialidade da economia. Novo papel ao Estado e reconstituição do direito do trabalho se fazem imprescindíveis.
"
Características | |
Autor | MARCIO POCHMANN |
Biografia | " O termo "desfiliação do trabalho" passou a ser utilizado para identificar a imensa geração populacional sobrante das forças decorrentes do avanço do capitalismo industrial desde o final do século XVIII. Com o predomínio do modo de produção de manufaturas, a sorte do contingente de trabalhadores associados à velha sociedade agrária dependeu cada vez mais de suas próprias forças organizativas, bem como das alianças em torno da construção do Estado de bem estar social. No Brasil, o abandono do trabalho escravo ao final do século XIX marginalizou, em grande medida, a mão de obra nacional em detrimento da absorção de trabalhadores imigrantes. Essa primeira fase da desfiliação do trabalho durante a fundação do capitalismo no país somente ganhou maior expressão a partir da década de 1920, com a disseminação de enormes fluxos de força de trabalho sobrante do campo para a as cidades, especialmente aquelas que concentravam os maiores avanços do projeto urbano industrial. Sem completar o processo de estruturação do mercado de trabalho e postergar a construção do Estado de bem estar social, a classe trabalhadora foi obrigada a conviver numa economia de baixos salários e enorme subdesenvolvimento nas relações de trabalho. A desvalorização daqueles que dependem de sua própria mão-de-obra para sobreviver não deixou de ser evidente, marca maior do processo inequívoco de desfiliação das classes trabalhadoras. Não obstante os progressos observados neste início do século XXI, o Brasil ainda mantém inegável presença da velha desfiliação do trabalho que se sobrecarrega com a emergência de uma nova desfiliação, gerada pela disseminação do trabalho imaterial para fora da antiga produção de bens e serviços fordista. Simultaneamente, constata-se uma profunda recomposição da própria ideia de trabalho a se conformar pela força do grande manto que aliena e facilita a maior subtração da riqueza do exercício do trabalho humano na economia desmaterializada. Mudam as identidades e as formas do trabalho, o que exige maior pressão organizativa de quem a sofre o peso da imaterialidade da economia. Novo papel ao Estado e reconstituição do direito do trabalho se fazem imprescindíveis. " |
Comprimento | 23 |
Edição | 1 |
Editora | EDITORA REVAN |
ISBN | 9788571064270 |
Largura | 16 |
Páginas | 128 |