Literatura, Intelectuais e A Crise da Cultura

Literatura, Intelectuais e A Crise da Cultura

Literatura, Intelectuais e A Crise da Cultura

  • EditoraCONTRA CAPA
  • Modelo: 62-0153
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 47,20

    R$ 59,00
Em 1813, Lord Byron asseverou: “Quisera estar bem o bastante para escutar esses intelectuais’ demarcando certa reserva a uma categoria de pessoas cujo trabalho se caracterizaria por relativa independência em relação às instituições estabelecidas, tanto políticas quanto sociais e religiosas. Talvez por isso, pouco mais de um século e meio depois, Jean-Paul Sartre tenha podido afirmar que, “produto de sociedades despedaçadas, o intelectual é sua testemunha”. Os artigos deste livro, o terceiro de uma série em que se examinam influências e práticas de linguagem da literatura, partem das ligações entre a atividade literária, as funções do intelectual e o panorama da atual crise social, decorrente das formas contemporâneas de reprodução do capitalismo e dos efeitos da globalização. Trata-se, assim, de examinar, de um lado, o papel social da literatura, ou seja, a sua relevância para além do prazer de sua fruição, e, de outro, os modos em que caminham os intelectuais e as formações sociais, sob o pano de fundo da suposta correspondência entre o desespero humano e a busca de soluções que o atenuem.
Aprendemos a lidar com nossas esperanças e insatisfações? Encontramos coletivamente saídas para nossos impasses subjetivos? A ficção pode redefinir a realidade, cujos limites se revelam cada vez mais violentos e excludentes? Franz Kafka, Theodor Adorno, Walter Benjamin e Hannah Arendt são exemplos de intelectuais que se inquietaram com o impacto da modernização em larga escala das sociedades ocidentais e procuraram contribuir com possíveis respostas aos dilemas então surgidos. Hoje, contudo, parece disseminar-se a incapacidade de realizar tal empreendimento crítico de forma eficaz, razão pela qual o silêncio dos intelectuais pode ser interpretado como o avesso do aumento de manifestações públicas consideradas irracionais, mas também como a aproximação deles, essencialmente econômica, aos estratos sociais dominantes. Vejamos, então, se as contribuições aqui reunidas se mostram capazes de interrogar os desatinos do mundo e, nas palavras de Adorno em Minima moralia, desempenhar a “tarefa quase impossível [de] não se deixar imbecilizar nem pelo poder dos outros, nem por nossa própria impotência”.
Características
Autor LUCIA HELENA
Biografia Em 1813, Lord Byron asseverou: “Quisera estar bem o bastante para escutar esses intelectuais’ demarcando certa reserva a uma categoria de pessoas cujo trabalho se caracterizaria por relativa independência em relação às instituições estabelecidas, tanto políticas quanto sociais e religiosas. Talvez por isso, pouco mais de um século e meio depois, Jean-Paul Sartre tenha podido afirmar que, “produto de sociedades despedaçadas, o intelectual é sua testemunha”. Os artigos deste livro, o terceiro de uma série em que se examinam influências e práticas de linguagem da literatura, partem das ligações entre a atividade literária, as funções do intelectual e o panorama da atual crise social, decorrente das formas contemporâneas de reprodução do capitalismo e dos efeitos da globalização. Trata-se, assim, de examinar, de um lado, o papel social da literatura, ou seja, a sua relevância para além do prazer de sua fruição, e, de outro, os modos em que caminham os intelectuais e as formações sociais, sob o pano de fundo da suposta correspondência entre o desespero humano e a busca de soluções que o atenuem.
Aprendemos a lidar com nossas esperanças e insatisfações? Encontramos coletivamente saídas para nossos impasses subjetivos? A ficção pode redefinir a realidade, cujos limites se revelam cada vez mais violentos e excludentes? Franz Kafka, Theodor Adorno, Walter Benjamin e Hannah Arendt são exemplos de intelectuais que se inquietaram com o impacto da modernização em larga escala das sociedades ocidentais e procuraram contribuir com possíveis respostas aos dilemas então surgidos. Hoje, contudo, parece disseminar-se a incapacidade de realizar tal empreendimento crítico de forma eficaz, razão pela qual o silêncio dos intelectuais pode ser interpretado como o avesso do aumento de manifestações públicas consideradas irracionais, mas também como a aproximação deles, essencialmente econômica, aos estratos sociais dominantes. Vejamos, então, se as contribuições aqui reunidas se mostram capazes de interrogar os desatinos do mundo e, nas palavras de Adorno em Minima moralia, desempenhar a “tarefa quase impossível [de] não se deixar imbecilizar nem pelo poder dos outros, nem por nossa própria impotência”.
Comprimento 30
Editora CONTRA CAPA
ISBN 9788577400201
Largura 20

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