Desconhecido afeto
Carlos Canhameiro convoca o outro a conversar / sobre os silêncios num livro que é atravessado pelas palavras – esse conjunto de letras ou sons que pode ser tudo, menos o silêncio. O desconhecido que habita os versos do livro se confunde entre o eu lírico, o leitor e os personagens que aparecem na obra: uma mãe, um pai, uma avó, um avô, um amor. O poeta investiga a poesia, como no poema em que diz que a poesia / nunca é uma tentativa / de ludibriar a vida / é / tão somente / uma dança desnuda / sob o olhar incansável / da morte, ou mesmo no poema “Estar preparado é tudo”, onde o poeta traduz os modos que ele encontra de escrever poemas, ampliando assim um repertório de possibilidades sobre o fazer poético. Desde as primeiras estrofes sabemos que existe um alvo a ser atingido, porque quando acertamos o alvo tornamos aquilo nosso de alguma forma. Afinal, quem é o alvo?
Esse outro que encontramos, por vezes, é do gênero feminino: a outra. A mãe morta, as dedicatórias e epígrafes para ou de poetas contemporâneas, como: Ana Martins Marques, Angélica Freitas ou Bruna Beber, a avó que roubava chocolates do supermercado, uma mulher que sente prazer ou mesmo poemas escritos como se uma eu lírica fluísse entre gêneros. Esse outro também aparece em meio a violência ou praticando a mesma, numa espécie de masculinidade compulsória, como nos poemas “Ancestral”, “Infância” ou “Homem”. Esta importante obra poética costura com linha e agulha versos que hipnotizam o leitor por sua sensibilidade em tratar das diferentes camadas da vida.
Esse outro que encontramos, por vezes, é do gênero feminino: a outra. A mãe morta, as dedicatórias e epígrafes para ou de poetas contemporâneas, como: Ana Martins Marques, Angélica Freitas ou Bruna Beber, a avó que roubava chocolates do supermercado, uma mulher que sente prazer ou mesmo poemas escritos como se uma eu lírica fluísse entre gêneros. Esse outro também aparece em meio a violência ou praticando a mesma, numa espécie de masculinidade compulsória, como nos poemas “Ancestral”, “Infância” ou “Homem”. Esta importante obra poética costura com linha e agulha versos que hipnotizam o leitor por sua sensibilidade em tratar das diferentes camadas da vida.
Características | |
Autor | Carlos Canhameiro |
Biografia | Carlos Canhameiro convoca o outro a conversar / sobre os silêncios num livro que é atravessado pelas palavras – esse conjunto de letras ou sons que pode ser tudo, menos o silêncio. O desconhecido que habita os versos do livro se confunde entre o eu lírico, o leitor e os personagens que aparecem na obra: uma mãe, um pai, uma avó, um avô, um amor. O poeta investiga a poesia, como no poema em que diz que a poesia / nunca é uma tentativa / de ludibriar a vida / é / tão somente / uma dança desnuda / sob o olhar incansável / da morte, ou mesmo no poema “Estar preparado é tudo”, onde o poeta traduz os modos que ele encontra de escrever poemas, ampliando assim um repertório de possibilidades sobre o fazer poético. Desde as primeiras estrofes sabemos que existe um alvo a ser atingido, porque quando acertamos o alvo tornamos aquilo nosso de alguma forma. Afinal, quem é o alvo? Esse outro que encontramos, por vezes, é do gênero feminino: a outra. A mãe morta, as dedicatórias e epígrafes para ou de poetas contemporâneas, como: Ana Martins Marques, Angélica Freitas ou Bruna Beber, a avó que roubava chocolates do supermercado, uma mulher que sente prazer ou mesmo poemas escritos como se uma eu lírica fluísse entre gêneros. Esse outro também aparece em meio a violência ou praticando a mesma, numa espécie de masculinidade compulsória, como nos poemas “Ancestral”, “Infância” ou “Homem”. Esta importante obra poética costura com linha e agulha versos que hipnotizam o leitor por sua sensibilidade em tratar das diferentes camadas da vida. |
Comprimento | 23 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559055807 |
Largura | 16 |
Páginas | 120 |