Tudo o que veio sendo adiado
Tudo o que veio sendo adiado
- Editora7 LETRAS
- Modelo: 9557979
- Disponibilidade: Em estoque
R$ 44,00
R$ 55,00
Poesia é uma questão em nossos dias; não propriamente uma questão que incomode as pessoas — ou, melhor dizendo, é uma questão, e que incomoda algumas pessoas, pessoas que saibam a importância da linguagem na vida.
Nesse caso, um circuito de banalidades antiquadas ou de espetaculosas ninharias costuma hoje dominar o espaço daquela arte. Raras vezes, como aqui, neste Tudo o que vem sendo adiado, de Lúcia Leão, a poesia é ao mesmo tempo de notável legibilidade e de invenção constante em inesperados cortes de verso, em imagens audaciosas e na materialidade plástica da linguagem.
Compondo o percurso que situa uma vida desdobrada em duas, dois lugares, duas línguas, duas culturas (mas sem o apelo fácil e frágil dos biografismos), a experiência se abre para um sentido de diferença que não age — como a nossa triste época — pela divisão, nem por uma ingenuidade aditiva: são movimentos de ir e vir, de adesão e de afastamento, por vezes úmidos de paixão acolhedora, por vezes cítricos de ironia crítica.
Por isso, também, é um livro necessário em dois princípios: o de uma linguagem muitíssimo sofisticada, que aprimora nossos sentidos e inteligência, e, ao mesmo tempo, o da abordagem da experiência viva com simultâneos e porosos distanciamento e proximidade, ensinando-nos a ver com mais cuidado, a saborear com melhor paladar, e mesmo viver uma dor com elegância.
Não hesitaria em afirmar que este livro se aprecia junto de toda a tradição de uma escrita espessa na força do que diz e de leveza graciosa em como o faz (a exemplo de Emily Dickinson, Konstantinos Kaváfis, Wislawa Szymborska). Há um importante cultivo na arte do dizer, que se tem o prazer de aprender nestes poemas tão vividos e, igualmente, tão bem inventados.
Nesse caso, um circuito de banalidades antiquadas ou de espetaculosas ninharias costuma hoje dominar o espaço daquela arte. Raras vezes, como aqui, neste Tudo o que vem sendo adiado, de Lúcia Leão, a poesia é ao mesmo tempo de notável legibilidade e de invenção constante em inesperados cortes de verso, em imagens audaciosas e na materialidade plástica da linguagem.
Compondo o percurso que situa uma vida desdobrada em duas, dois lugares, duas línguas, duas culturas (mas sem o apelo fácil e frágil dos biografismos), a experiência se abre para um sentido de diferença que não age — como a nossa triste época — pela divisão, nem por uma ingenuidade aditiva: são movimentos de ir e vir, de adesão e de afastamento, por vezes úmidos de paixão acolhedora, por vezes cítricos de ironia crítica.
Por isso, também, é um livro necessário em dois princípios: o de uma linguagem muitíssimo sofisticada, que aprimora nossos sentidos e inteligência, e, ao mesmo tempo, o da abordagem da experiência viva com simultâneos e porosos distanciamento e proximidade, ensinando-nos a ver com mais cuidado, a saborear com melhor paladar, e mesmo viver uma dor com elegância.
Não hesitaria em afirmar que este livro se aprecia junto de toda a tradição de uma escrita espessa na força do que diz e de leveza graciosa em como o faz (a exemplo de Emily Dickinson, Konstantinos Kaváfis, Wislawa Szymborska). Há um importante cultivo na arte do dizer, que se tem o prazer de aprender nestes poemas tão vividos e, igualmente, tão bem inventados.
Características | |
Autor | Lúcia Leão |
Biografia | Poesia é uma questão em nossos dias; não propriamente uma questão que incomode as pessoas — ou, melhor dizendo, é uma questão, e que incomoda algumas pessoas, pessoas que saibam a importância da linguagem na vida. Nesse caso, um circuito de banalidades antiquadas ou de espetaculosas ninharias costuma hoje dominar o espaço daquela arte. Raras vezes, como aqui, neste Tudo o que vem sendo adiado, de Lúcia Leão, a poesia é ao mesmo tempo de notável legibilidade e de invenção constante em inesperados cortes de verso, em imagens audaciosas e na materialidade plástica da linguagem. Compondo o percurso que situa uma vida desdobrada em duas, dois lugares, duas línguas, duas culturas (mas sem o apelo fácil e frágil dos biografismos), a experiência se abre para um sentido de diferença que não age — como a nossa triste época — pela divisão, nem por uma ingenuidade aditiva: são movimentos de ir e vir, de adesão e de afastamento, por vezes úmidos de paixão acolhedora, por vezes cítricos de ironia crítica. Por isso, também, é um livro necessário em dois princípios: o de uma linguagem muitíssimo sofisticada, que aprimora nossos sentidos e inteligência, e, ao mesmo tempo, o da abordagem da experiência viva com simultâneos e porosos distanciamento e proximidade, ensinando-nos a ver com mais cuidado, a saborear com melhor paladar, e mesmo viver uma dor com elegância. Não hesitaria em afirmar que este livro se aprecia junto de toda a tradição de uma escrita espessa na força do que diz e de leveza graciosa em como o faz (a exemplo de Emily Dickinson, Konstantinos Kaváfis, Wislawa Szymborska). Há um importante cultivo na arte do dizer, que se tem o prazer de aprender nestes poemas tão vividos e, igualmente, tão bem inventados. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559057979 |
Largura | 14 |
Páginas | 100 |