Em Ímpar, considerado por Alberto Pucheu um livro “quase que solitário na atual poesia brasileira”, a mística dos poemas manifesta-se na busca da purificação por meio da renúncia e do desapego: “De repente,/ no meio do shopping/ o impulso natural,/ o súbito desejo/ de ficar cego”. Para tornar-se oco, novo, fogo, ouro, é preciso abdicar do corpo, das emoções, dos elos: “As emoções,/ eu desisto delas todas, o coração limpo/ ou não, eu desisto do coração, do umbigo/ que me ligou à minha mãe, eu desisto da minha mãe”. Na poesia alquímica de Renato Rezende, em que fulgurações de Rimbaud aliam-se a escatologias de Baudelaire, a iluminação se dá pela combustão da linguagem, da substância física e da identidade.
Características | |
Autor | RENATO REZENDE |
Biografia | Em Ímpar, considerado por Alberto Pucheu um livro “quase que solitário na atual poesia brasileira”, a mística dos poemas manifesta-se na busca da purificação por meio da renúncia e do desapego: “De repente,/ no meio do shopping/ o impulso natural,/ o súbito desejo/ de ficar cego”. Para tornar-se oco, novo, fogo, ouro, é preciso abdicar do corpo, das emoções, dos elos: “As emoções,/ eu desisto delas todas, o coração limpo/ ou não, eu desisto do coração, do umbigo/ que me ligou à minha mãe, eu desisto da minha mãe”. Na poesia alquímica de Renato Rezende, em que fulgurações de Rimbaud aliam-se a escatologias de Baudelaire, a iluminação se dá pela combustão da linguagem, da substância física e da identidade. |
Comprimento | 21 |
Editora | LAMPARINA |
ISBN | 9798598271292 |
Largura | 14 |
Páginas | 96 |