Teatro de Arena
Um dos momentos mais criativos da cultura brasileira, o final dos anos 1950 e início dos 60 deixou na memória coletiva muito mais a Bossa Nova e o Cinema Novo do que o teatro - talvez porque as imagens e os sons possuem maior capacidade de se reproduzir ao longo do tempo. Mas naqueles anos em que emergiam para a vida política e cultural novas gerações de estudantes e de trabalhadores, o teatro desempenhou um papel tão importante quanto a música e o cinema.
Até o surgimento do Arena, a tendência dominante no teatro brasileiro era o rigor formal, quase solene, da mesma forma que a política era coisa de adultos. Foi através de Glauber, Tom, Guarnieri, José Renato e Boal, entre tantos outros que faziam teatro com o vigor de quem busca transformar o mundo, que esse círculo estreito foi rompido e novas dimensões do Brasil foram reveladas pela arte aberta aos sentimentos populares.
Rompendo o fosso entre atores e espectadores, na arena do teatro da rua Teodoro Baima aprendia-se concretamente o que dizia Brecht sobre a relação entre arte e revolução, entre política e cultura, entre música e teatro. De Eles não usam black-tie a Arena conta Zumbi, de Chapetuba Futebol Clube a Arena conta Tiradentes, o público era convidado a compreender e a protagonizar a história brasileira. Esses vínculos essenciais só foram rompidos, à força de baionetas, pela ditadura militar.
Neste livro, Izaías Almada – ele mesmo personagem dessa aventura de liberdade e de criação – recolhe a história e o sentido daquele período, cinqüenta anos depois, por meio de relatos e análises que ajudam a inserir definitivamente o Teatro de Arena no imaginário de São Paulo e do Brasil do século XXI. Izaías reúne testemunhos de Décio de Almeida Prado (uma das últimas entrevistas concedidas em vida), Guarnieri, Boal, Vera Gertel, Marilia Medalha, Chico de Assis, Antonio Fagundes e outros para falar de um teatro que deu voz ao autor brasileiro, introduziu a luta de classes como temática, inovou não apenas na encenação e na dramaturgia, mas fundou um jeito brasileiro de representar, como nação independente, como povo a organizar o seu futuro.
Sobre o autor
Izaías Almada, mineiro de Belo Horizonte, escritor, dramaturgo e roteirista, é autor dos romances A metade arrancada de mim, O medo por trás das janelas e Florão da América. Publicou ainda dois livros de contos, Memórias emotivas e O vidente da Rua 46. Como ator, trabalhou no Teatro de Arena entre 1965 e 1968.
Sobre a Coleção Paulicéia
Coordenação de Emir Sader
O resgate de personagens, bairros, instituições e textos literários sobre a cidade e o estado de São Paulo é o objetivo da Coleção Paulicéia. Uma nova visão sobre como se construiu, nas artes, no esporte, na política, na academia e principalmente nas ruas, a identidade da metrópole de expansão acelerada e mistura de culturas.
Até o surgimento do Arena, a tendência dominante no teatro brasileiro era o rigor formal, quase solene, da mesma forma que a política era coisa de adultos. Foi através de Glauber, Tom, Guarnieri, José Renato e Boal, entre tantos outros que faziam teatro com o vigor de quem busca transformar o mundo, que esse círculo estreito foi rompido e novas dimensões do Brasil foram reveladas pela arte aberta aos sentimentos populares.
Rompendo o fosso entre atores e espectadores, na arena do teatro da rua Teodoro Baima aprendia-se concretamente o que dizia Brecht sobre a relação entre arte e revolução, entre política e cultura, entre música e teatro. De Eles não usam black-tie a Arena conta Zumbi, de Chapetuba Futebol Clube a Arena conta Tiradentes, o público era convidado a compreender e a protagonizar a história brasileira. Esses vínculos essenciais só foram rompidos, à força de baionetas, pela ditadura militar.
Neste livro, Izaías Almada – ele mesmo personagem dessa aventura de liberdade e de criação – recolhe a história e o sentido daquele período, cinqüenta anos depois, por meio de relatos e análises que ajudam a inserir definitivamente o Teatro de Arena no imaginário de São Paulo e do Brasil do século XXI. Izaías reúne testemunhos de Décio de Almeida Prado (uma das últimas entrevistas concedidas em vida), Guarnieri, Boal, Vera Gertel, Marilia Medalha, Chico de Assis, Antonio Fagundes e outros para falar de um teatro que deu voz ao autor brasileiro, introduziu a luta de classes como temática, inovou não apenas na encenação e na dramaturgia, mas fundou um jeito brasileiro de representar, como nação independente, como povo a organizar o seu futuro.
Sobre o autor
Izaías Almada, mineiro de Belo Horizonte, escritor, dramaturgo e roteirista, é autor dos romances A metade arrancada de mim, O medo por trás das janelas e Florão da América. Publicou ainda dois livros de contos, Memórias emotivas e O vidente da Rua 46. Como ator, trabalhou no Teatro de Arena entre 1965 e 1968.
Sobre a Coleção Paulicéia
Coordenação de Emir Sader
O resgate de personagens, bairros, instituições e textos literários sobre a cidade e o estado de São Paulo é o objetivo da Coleção Paulicéia. Uma nova visão sobre como se construiu, nas artes, no esporte, na política, na academia e principalmente nas ruas, a identidade da metrópole de expansão acelerada e mistura de culturas.
Características | |
Autor | IZAIAS ALMADA |
Biografia | Um dos momentos mais criativos da cultura brasileira, o final dos anos 1950 e início dos 60 deixou na memória coletiva muito mais a Bossa Nova e o Cinema Novo do que o teatro - talvez porque as imagens e os sons possuem maior capacidade de se reproduzir ao longo do tempo. Mas naqueles anos em que emergiam para a vida política e cultural novas gerações de estudantes e de trabalhadores, o teatro desempenhou um papel tão importante quanto a música e o cinema. Até o surgimento do Arena, a tendência dominante no teatro brasileiro era o rigor formal, quase solene, da mesma forma que a política era coisa de adultos. Foi através de Glauber, Tom, Guarnieri, José Renato e Boal, entre tantos outros que faziam teatro com o vigor de quem busca transformar o mundo, que esse círculo estreito foi rompido e novas dimensões do Brasil foram reveladas pela arte aberta aos sentimentos populares. Rompendo o fosso entre atores e espectadores, na arena do teatro da rua Teodoro Baima aprendia-se concretamente o que dizia Brecht sobre a relação entre arte e revolução, entre política e cultura, entre música e teatro. De Eles não usam black-tie a Arena conta Zumbi, de Chapetuba Futebol Clube a Arena conta Tiradentes, o público era convidado a compreender e a protagonizar a história brasileira. Esses vínculos essenciais só foram rompidos, à força de baionetas, pela ditadura militar. Neste livro, Izaías Almada – ele mesmo personagem dessa aventura de liberdade e de criação – recolhe a história e o sentido daquele período, cinqüenta anos depois, por meio de relatos e análises que ajudam a inserir definitivamente o Teatro de Arena no imaginário de São Paulo e do Brasil do século XXI. Izaías reúne testemunhos de Décio de Almeida Prado (uma das últimas entrevistas concedidas em vida), Guarnieri, Boal, Vera Gertel, Marilia Medalha, Chico de Assis, Antonio Fagundes e outros para falar de um teatro que deu voz ao autor brasileiro, introduziu a luta de classes como temática, inovou não apenas na encenação e na dramaturgia, mas fundou um jeito brasileiro de representar, como nação independente, como povo a organizar o seu futuro. Sobre o autor Izaías Almada, mineiro de Belo Horizonte, escritor, dramaturgo e roteirista, é autor dos romances A metade arrancada de mim, O medo por trás das janelas e Florão da América. Publicou ainda dois livros de contos, Memórias emotivas e O vidente da Rua 46. Como ator, trabalhou no Teatro de Arena entre 1965 e 1968. Sobre a Coleção Paulicéia Coordenação de Emir Sader O resgate de personagens, bairros, instituições e textos literários sobre a cidade e o estado de São Paulo é o objetivo da Coleção Paulicéia. Uma nova visão sobre como se construiu, nas artes, no esporte, na política, na academia e principalmente nas ruas, a identidade da metrópole de expansão acelerada e mistura de culturas. |
Comprimento | 21 |
Editora | BOITEMPO |
ISBN | 9788575590430 |
Largura | 14 |
Páginas | 168 |