Teologia da Transgressão foi escrito para o ano comemorativo dos 500 anos de Reforma Protestante. Seu objetivo central é o de repensar o espírito da Reforma por meio da ideia de transgressão e, dessa forma, ressignificar o que o pensador protestante Paul Tillich chamou de "princípio protestante" por meio de um fecundo diálogo com Lutero, Nietzsche e Lévinas. Nesse sentido, a teologia da transgressão reabilita as formas de recusa teóricas e práticas dos diversos constructos teológicos, políticos, Morais e culturais que obstaculizam os diversos modos de autoexpressão das alteridades que compõem o tecido da existência e da história. É a sacralidade do direito de ser da heterogeneidade dos seres que faz da transgressão um horizonte de significação teológico do mundo e da condição humana. É daí que nascem divindades pelas quais a vida vela a pena na integralidade de suas formas de ser.