Açúcar e colonização
Nos três séculos da colonização portuguesa na América, com base no monopólio fundiário da exploração escravista, forjou-se, no contexto do Antigo Sistema Colonial, poderosa articulação social, capaz de engendrar sólida estrutura de mando e encaminhar, a partir do final do século XVIII, o processo de emancipação, a internalização da acumulação e a afirmação do Estado Nacional. Longo processo, em que a terra, apropriada através do privilégio real, explorada pelo braço escravo, constituiu-se na pedra angular da dominação.
Neste volume, a historiadora Vera Lucia Amaral Ferlini estuda esse arranjo social particular na formação brasileira. Arranjo este que implicou numa forma contraditória e híbrida de organização social, cuja compreensão passa, necessariamente, pelo entendimento da expansão portuguesa, nas suas dimensões territoriais e políticas. A sociedade escravista brasileira não foi apenas criação da escravidão, mas o resultado da integração da plantação escravista mercantil com os princípios europeus preexistentes. A compreensão dessa diversidade é fundamental para o entendimento dos mecanismos de monopólio de poder por um pequeno grupo de privilegiados.
Vera Lucia Amaral Ferlini mostra que a grande exploração monocultora e escravista açucareira impediu o desenvolvimento de uma camada de pequenos e médios proprietários e estes, quando existiam, dependiam do grande proprietário para processar o açúcar ou comprar sua produção de subsistência. Os que não tinham recursos, nem arrendar terras podiam e tornavam-se agregados, vivendo na grande propriedade e prestando serviço para os senhores. Eram elementos essenciais para a manutenção da dominação política, social e também para o domínio militar.
Neste volume, a historiadora Vera Lucia Amaral Ferlini estuda esse arranjo social particular na formação brasileira. Arranjo este que implicou numa forma contraditória e híbrida de organização social, cuja compreensão passa, necessariamente, pelo entendimento da expansão portuguesa, nas suas dimensões territoriais e políticas. A sociedade escravista brasileira não foi apenas criação da escravidão, mas o resultado da integração da plantação escravista mercantil com os princípios europeus preexistentes. A compreensão dessa diversidade é fundamental para o entendimento dos mecanismos de monopólio de poder por um pequeno grupo de privilegiados.
Vera Lucia Amaral Ferlini mostra que a grande exploração monocultora e escravista açucareira impediu o desenvolvimento de uma camada de pequenos e médios proprietários e estes, quando existiam, dependiam do grande proprietário para processar o açúcar ou comprar sua produção de subsistência. Os que não tinham recursos, nem arrendar terras podiam e tornavam-se agregados, vivendo na grande propriedade e prestando serviço para os senhores. Eram elementos essenciais para a manutenção da dominação política, social e também para o domínio militar.
Características | |
Autor | Vera Lucia Amaral Ferlini |
Biografia | Nos três séculos da colonização portuguesa na América, com base no monopólio fundiário da exploração escravista, forjou-se, no contexto do Antigo Sistema Colonial, poderosa articulação social, capaz de engendrar sólida estrutura de mando e encaminhar, a partir do final do século XVIII, o processo de emancipação, a internalização da acumulação e a afirmação do Estado Nacional. Longo processo, em que a terra, apropriada através do privilégio real, explorada pelo braço escravo, constituiu-se na pedra angular da dominação. Neste volume, a historiadora Vera Lucia Amaral Ferlini estuda esse arranjo social particular na formação brasileira. Arranjo este que implicou numa forma contraditória e híbrida de organização social, cuja compreensão passa, necessariamente, pelo entendimento da expansão portuguesa, nas suas dimensões territoriais e políticas. A sociedade escravista brasileira não foi apenas criação da escravidão, mas o resultado da integração da plantação escravista mercantil com os princípios europeus preexistentes. A compreensão dessa diversidade é fundamental para o entendimento dos mecanismos de monopólio de poder por um pequeno grupo de privilegiados. Vera Lucia Amaral Ferlini mostra que a grande exploração monocultora e escravista açucareira impediu o desenvolvimento de uma camada de pequenos e médios proprietários e estes, quando existiam, dependiam do grande proprietário para processar o açúcar ou comprar sua produção de subsistência. Os que não tinham recursos, nem arrendar terras podiam e tornavam-se agregados, vivendo na grande propriedade e prestando serviço para os senhores. Eram elementos essenciais para a manutenção da dominação política, social e também para o domínio militar. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | ALAMEDA |
ISBN | 9788579390111 |
Largura | 14 |
Páginas | 268 |