OS RECURSOS DE FISCALIZACAO CO

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  • EditoraALMEDINA
  • Modelo: AM24040424
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Nota Introdutória No momento em que cessamos o exercício de funções de representação do Ministério Público junto do Tribunal Constitucional -exercidas, de modo contínuo, ao longo dos últimos 17 anos - entendemos ser de utilidade a divulgação pela comunidade jurídica do presente trabalho, apresentado sob a forma de comentário às disposições da Lei n.º 28/82 que versam sobre os recursos de fiscalização concreta, definindo os respectivos pressupostos e requisitos e delineando a sua tramitação processual. Na verdade, confrontados com a tarefa quotidiana de interpretação e aplicação de tais regimes normativos nos processos em que o M°P° tem intervenção e com as exigências de sistematização e de algum aprofundamento dogmático decorrentes da orientação de alguns cursos de pós-graduação incidentes sobre este tema, sentimos necessidade de proceder a um enquadramento sistemático da matéria, complementado por uma análise aprofundada da jurisprudência constitucional, concretizadora dos preceitos constitucionais e legais — sem a qual, note-se, dificilmente se entenderá na íntegra o denso e complexo sistema que rege os pressupostos de admissibilidade dos vários tipos de recursos de fiscalização da constitucionalidade e da legalidade da competência do Tribunal Constitucional. É, aliás, patente um insuficiente domínio, por parte de muitos dos operadores judiciários, desta matéria, bem expresso na elevadíssima taxa de insucesso na suscitacão tempestiva e adequada de «verdadeiras» questões de inconstitucional idade «normativa», claramente reflectido no grande número de decisões que versam sobre matérias atinentes ao processo constitucional — desde logo, as inúmeras decisões sumárias que põem liminarmente termo ao recurso por razões de natureza exclusivamente adjectiva ou procedimental. Numa altura em que, no ordenamento adjectivo, está em curso uma substancial reformulação das formas de «filtragem» no acesso aos Supremos Tribunais - complementando o tradicional sistema de recorribilidade, alicerçado no valor da causa ou da sucumbência (ou na natureza e gravidade das sanções aplicadas) pela crescente relevância de outros e inovadores critérios (existência ou não de «dupla conforme», ponderação pelos Supremos da relevância social e jurídica do litígio, como forma de admissão de um excepcional grau de recurso) - não é demais realçar a especificidade e complexidade que subjaz aos recursos de fiscalização concreta: o efectivo acesso ao Tribunal Constitucional envolve, quer uma correcta e precisa compreensão dos ónus que incidem sobre o recorrente, quer o claro entendimento do que é realmente o «controlo normativo» exercido pelo Tribunal Constitucional - só assim sendo viável à parte ter alguma expectativa de obter um juízo de mérito sobre a questão de constitucionalidade delineada durante o curso da causa em que se vem a inserir o recurso para o Tribunal Constitucional. Junho 2009 Índice Legislação aplicável Decisões de que pode recorrer-se Âmbito do recurso Legitimidade para recorrer Irrenunciabilidade do direito ao recurso Extensão do recurso Prazo Interposição do recurso Decisão sobre a admissibilidade Reclamação do despacho que indefira a admissão do recurso Efeitos e regime de subida Exame preliminar e decisão sumária do relator Poderes do relator Alegações Intervenção do plenário Julgamentos do objecto do recurso Poderes de cognição do Tribunal Recurso para plenário Efeitos da decisão Registo de decisões Processo aplicável à repetição do julgado Patrocínio judiciário Custas, multas e indemnização Apoio judiciário
Características
Ano de publicação 2010
Autor REGO, CARLOS LOPES DO
Biografia Nota Introdutória No momento em que cessamos o exercício de funções de representação do Ministério Público junto do Tribunal Constitucional -exercidas, de modo contínuo, ao longo dos últimos 17 anos - entendemos ser de utilidade a divulgação pela comunidade jurídica do presente trabalho, apresentado sob a forma de comentário às disposições da Lei n.º 28/82 que versam sobre os recursos de fiscalização concreta, definindo os respectivos pressupostos e requisitos e delineando a sua tramitação processual. Na verdade, confrontados com a tarefa quotidiana de interpretação e aplicação de tais regimes normativos nos processos em que o M°P° tem intervenção e com as exigências de sistematização e de algum aprofundamento dogmático decorrentes da orientação de alguns cursos de pós-graduação incidentes sobre este tema, sentimos necessidade de proceder a um enquadramento sistemático da matéria, complementado por uma análise aprofundada da jurisprudência constitucional, concretizadora dos preceitos constitucionais e legais — sem a qual, note-se, dificilmente se entenderá na íntegra o denso e complexo sistema que rege os pressupostos de admissibilidade dos vários tipos de recursos de fiscalização da constitucionalidade e da legalidade da competência do Tribunal Constitucional. É, aliás, patente um insuficiente domínio, por parte de muitos dos operadores judiciários, desta matéria, bem expresso na elevadíssima taxa de insucesso na suscitacão tempestiva e adequada de «verdadeiras» questões de inconstitucional idade «normativa», claramente reflectido no grande número de decisões que versam sobre matérias atinentes ao processo constitucional — desde logo, as inúmeras decisões sumárias que põem liminarmente termo ao recurso por razões de natureza exclusivamente adjectiva ou procedimental. Numa altura em que, no ordenamento adjectivo, está em curso uma substancial reformulação das formas de «filtragem» no acesso aos Supremos Tribunais - complementando o tradicional sistema de recorribilidade, alicerçado no valor da causa ou da sucumbência (ou na natureza e gravidade das sanções aplicadas) pela crescente relevância de outros e inovadores critérios (existência ou não de «dupla conforme», ponderação pelos Supremos da relevância social e jurídica do litígio, como forma de admissão de um excepcional grau de recurso) - não é demais realçar a especificidade e complexidade que subjaz aos recursos de fiscalização concreta: o efectivo acesso ao Tribunal Constitucional envolve, quer uma correcta e precisa compreensão dos ónus que incidem sobre o recorrente, quer o claro entendimento do que é realmente o «controlo normativo» exercido pelo Tribunal Constitucional - só assim sendo viável à parte ter alguma expectativa de obter um juízo de mérito sobre a questão de constitucionalidade delineada durante o curso da causa em que se vem a inserir o recurso para o Tribunal Constitucional. Junho 2009 Índice Legislação aplicável Decisões de que pode recorrer-se Âmbito do recurso Legitimidade para recorrer Irrenunciabilidade do direito ao recurso Extensão do recurso Prazo Interposição do recurso Decisão sobre a admissibilidade Reclamação do despacho que indefira a admissão do recurso Efeitos e regime de subida Exame preliminar e decisão sumária do relator Poderes do relator Alegações Intervenção do plenário Julgamentos do objecto do recurso Poderes de cognição do Tribunal Recurso para plenário Efeitos da decisão Registo de decisões Processo aplicável à repetição do julgado Patrocínio judiciário Custas, multas e indemnização Apoio judiciário
Comprimento 23
Edição 1
Editora ALMEDINA
ISBN 9789724040424
Lançamento 01/01/2010
Largura 16
Páginas 336

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