Cineasta historiador, O: O humor frio e o filme Sábado, de Ugo Giorgetti
Cineasta historiador, O: O humor frio e o filme Sábado, de Ugo Giorgetti
- EditoraALAMEDA
- Modelo: 9V91989
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O humor entrou na moda: rimos de tudo, rimos cada vez mais e isto mostra que o humor é uma espécie em extinção. Eis um dos muitos paradoxos de nossa época, os códigos humorísticos disseminaram-se de tal forma que não sabemos mais definir o que é o humor.
Nesta era do divertimento acelerado, o humor firmou-se na base da extravagância gratuita, trivializado pela embriaguez dos refletores ou pela ligeireza do slogan. Décadas atrás, Gilles Lipovetsky já nos advertia: quanto mais humorísticas se tornam nossas sociedades mais elas manifestam o seu medo pela extinção do riso.
Escrito por uma pesquisadora arguta e sensível, este é um livro que se aventura nas sendas ainda praticamente inexploradas do humor negro. Ampliando a pesquisa do seu livro anterior, Rosane Pavam investiga a presença desta imprecisa modalidade de humor na filmografia do cineasta paulistano Ugo Giorgetti, especialmente em Sábado, uma comédia de 1994. Roteirizado no formato quase à clef do Edifício Martinelli – um documentário produzido ainda em 1975 por Giorgetti. O personagem central de Sábado é o Edifício das Américas, o qual oscila naquela espécie de gangorra entre o cômico e o trágico.
Desviando-se, contudo, da categoria do humor negro, a autora redescobre na sua pesquisa outra modalidade de humor, o humor frio – assim definido porque “parece jogar água sobre a fervura do contentamento e do senso de libertação, reação que se seguem às boas piadas.” Pelas sendas tortuosas do humor frio, Rosane nos mostra que o edifício de Giorgetti é uma metáfora microcósmica da história de São Paulo e do Brasil.
Nesta era do divertimento acelerado, o humor firmou-se na base da extravagância gratuita, trivializado pela embriaguez dos refletores ou pela ligeireza do slogan. Décadas atrás, Gilles Lipovetsky já nos advertia: quanto mais humorísticas se tornam nossas sociedades mais elas manifestam o seu medo pela extinção do riso.
Escrito por uma pesquisadora arguta e sensível, este é um livro que se aventura nas sendas ainda praticamente inexploradas do humor negro. Ampliando a pesquisa do seu livro anterior, Rosane Pavam investiga a presença desta imprecisa modalidade de humor na filmografia do cineasta paulistano Ugo Giorgetti, especialmente em Sábado, uma comédia de 1994. Roteirizado no formato quase à clef do Edifício Martinelli – um documentário produzido ainda em 1975 por Giorgetti. O personagem central de Sábado é o Edifício das Américas, o qual oscila naquela espécie de gangorra entre o cômico e o trágico.
Desviando-se, contudo, da categoria do humor negro, a autora redescobre na sua pesquisa outra modalidade de humor, o humor frio – assim definido porque “parece jogar água sobre a fervura do contentamento e do senso de libertação, reação que se seguem às boas piadas.” Pelas sendas tortuosas do humor frio, Rosane nos mostra que o edifício de Giorgetti é uma metáfora microcósmica da história de São Paulo e do Brasil.
Características | |
Autor | ROSANE PAVAM |
Biografia | O humor entrou na moda: rimos de tudo, rimos cada vez mais e isto mostra que o humor é uma espécie em extinção. Eis um dos muitos paradoxos de nossa época, os códigos humorísticos disseminaram-se de tal forma que não sabemos mais definir o que é o humor. Nesta era do divertimento acelerado, o humor firmou-se na base da extravagância gratuita, trivializado pela embriaguez dos refletores ou pela ligeireza do slogan. Décadas atrás, Gilles Lipovetsky já nos advertia: quanto mais humorísticas se tornam nossas sociedades mais elas manifestam o seu medo pela extinção do riso. Escrito por uma pesquisadora arguta e sensível, este é um livro que se aventura nas sendas ainda praticamente inexploradas do humor negro. Ampliando a pesquisa do seu livro anterior, Rosane Pavam investiga a presença desta imprecisa modalidade de humor na filmografia do cineasta paulistano Ugo Giorgetti, especialmente em Sábado, uma comédia de 1994. Roteirizado no formato quase à clef do Edifício Martinelli – um documentário produzido ainda em 1975 por Giorgetti. O personagem central de Sábado é o Edifício das Américas, o qual oscila naquela espécie de gangorra entre o cômico e o trágico. Desviando-se, contudo, da categoria do humor negro, a autora redescobre na sua pesquisa outra modalidade de humor, o humor frio – assim definido porque “parece jogar água sobre a fervura do contentamento e do senso de libertação, reação que se seguem às boas piadas.” Pelas sendas tortuosas do humor frio, Rosane nos mostra que o edifício de Giorgetti é uma metáfora microcósmica da história de São Paulo e do Brasil. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | ALAMEDA |
ISBN | 9788579391989 |
Largura | 14 |
Páginas | 234 |