Diários Públicos: Sobre Memória e Mídia

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  • EditoraCONTRA CAPA
  • Modelo: 6201499
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 62,40

    R$ 78,00
Diários públicos (2001-2011) enfatiza o apagamento (o esquecimento, portanto), enquanto a série Nomes próprios (1996-2003), presente na segunda parte do livro, tem em seu centro a resistência ao esquecimento, a tarefa infinita de construção da memória. Enquanto a matéria essencial de Diários públicos são os jornais impressos, Em Nomes próprios a matéria primeira são vestígios de pessoas desaparecidas na Shoá,o extermínio dos judeus europeus durante a Segunda Grande Guerra.
A produção plástica e discursiva reunida nessa realizou-se a partir de encontros ocorridos no âmbito da universidade. É inegável que a capacidade de construir interlocução ao longo do processo de trabalho é algo decisivo e vital para o artista. Assim, os autores presentes nessa publicação realimentam minha produção e a constituem igualmente. A escuta e o olhar atento de Luiz Cláudio da Costa, colega do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), deu-me a consciência da importância dos desdobramentos do arquivo e dos dispositivos de registro como questões centrais em meu trabalho. Fernando Cocchiarale, de quem fui aluna no curso de especialização em História da Arte e da Arquitetura no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), ajudou-me a compreender, ainda em meados dos anos 1990, o quanto meu trabalho se afastava de certas vertentes artísticas que ainda pareciam hegemônicas na produção brasileira naquele momento. O pensamento de Márcio Seligmann-Silva, realizado com base em uma atualização contínua da imensa riqueza da cultura judaico-alemã, foi e é decisivo em minha compreensão das complexas relações entre memória e esquecimento. Os olhares atentos de Sheila Cabo Geraldo e Vera Lins, a escuta à palavra poética presente em seus textos, reafirmam tensões rodutivas estabelecidas entre palavra e imagem, centrais nas produções contemporâneas. O ensaio de Wilton Montenegro é um desdobramento privilegiado de diálogos iniciados durante sessões fotográficas e reafirma o quanto sua ação de fotografar constitui-se como prática reflexiva, que me ajuda a compreender meu próprio trabalho. Ressalto ainda a importância em poder contar com a reflexão de Marina Polidoro, artista que conheci ao participar de sua banca de dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ppgav/ufrgs), e Raphael Fonseca, jovem curador e historiador da arte,mestre pela Universidade de Campinas (Unicamp) e egresso do bacharelado em história da arte do Instituto de Artes da Uerj.
Características
Autor LEILA DANZIGER
Biografia Diários públicos (2001-2011) enfatiza o apagamento (o esquecimento, portanto), enquanto a série Nomes próprios (1996-2003), presente na segunda parte do livro, tem em seu centro a resistência ao esquecimento, a tarefa infinita de construção da memória. Enquanto a matéria essencial de Diários públicos são os jornais impressos, Em Nomes próprios a matéria primeira são vestígios de pessoas desaparecidas na Shoá,o extermínio dos judeus europeus durante a Segunda Grande Guerra.
A produção plástica e discursiva reunida nessa realizou-se a partir de encontros ocorridos no âmbito da universidade. É inegável que a capacidade de construir interlocução ao longo do processo de trabalho é algo decisivo e vital para o artista. Assim, os autores presentes nessa publicação realimentam minha produção e a constituem igualmente. A escuta e o olhar atento de Luiz Cláudio da Costa, colega do Instituto de Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), deu-me a consciência da importância dos desdobramentos do arquivo e dos dispositivos de registro como questões centrais em meu trabalho. Fernando Cocchiarale, de quem fui aluna no curso de especialização em História da Arte e da Arquitetura no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio), ajudou-me a compreender, ainda em meados dos anos 1990, o quanto meu trabalho se afastava de certas vertentes artísticas que ainda pareciam hegemônicas na produção brasileira naquele momento. O pensamento de Márcio Seligmann-Silva, realizado com base em uma atualização contínua da imensa riqueza da cultura judaico-alemã, foi e é decisivo em minha compreensão das complexas relações entre memória e esquecimento. Os olhares atentos de Sheila Cabo Geraldo e Vera Lins, a escuta à palavra poética presente em seus textos, reafirmam tensões rodutivas estabelecidas entre palavra e imagem, centrais nas produções contemporâneas. O ensaio de Wilton Montenegro é um desdobramento privilegiado de diálogos iniciados durante sessões fotográficas e reafirma o quanto sua ação de fotografar constitui-se como prática reflexiva, que me ajuda a compreender meu próprio trabalho. Ressalto ainda a importância em poder contar com a reflexão de Marina Polidoro, artista que conheci ao participar de sua banca de dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ppgav/ufrgs), e Raphael Fonseca, jovem curador e historiador da arte,mestre pela Universidade de Campinas (Unicamp) e egresso do bacharelado em história da arte do Instituto de Artes da Uerj.
Comprimento 25
Edição 1
Editora CONTRA CAPA
ISBN 9788577401499
Largura 19
Páginas 224

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