Com Que Corpo Eu Vou?
Resultado do pós-doutorado em Psicologia Social na UERJ, o livro Com que corpo eu vou?, de Joana de Vilhena Novaes, procura entender como as mulheres brasileiras percebem, usam e se relacionam com seus corpos. “Busco investigar os usos do corpo e as diferentes formas de sociabilidade no tocante à estética corporal nas camadas populares”, resume a autora, que ganhou uma bolsa da Faperj para se dedicar à pesquisa de campo. Podemos dizer que este lançamento da Pallas Editora, em parceria com a Editora Puc-Rio, aprofunda ainda mais o tema já abordado pela jovem no título O intolerável peso da feiura: sobre as mulheres e seus corpos, de 2006, fruto do doutorado em Psicologia Clínica na Puc-Rio.
O corpo humano deixou de ser apenas um cartão de visitas que nos apresenta. Ele também nos representa, para o bem e para o mal. Em suas investigações, Joana descobriu que a gordura, normalmente associada à feiura, é uma das formas mais imperativas de exclusão social. Assim, procurou apurar, nas falas das entrevistadas de baixa renda, de que modo o fato de estar acima do peso ressoa em suas vidas. O interessante é que, numa ponta, estão essas mesmas mulheres abusando dos decotes, das minissaias e das roupas justas e, na outra, as mais abastadas malhando compulsivamente nas academias, buscando a perfeição física, sem coragem de vestir um biquíni e pisar na areia da praia.
Os temas abordados neste lançamento vêm atravessando os últimos quatro séculos. No prefácio, a historiadora Mary Del Priore atesta: “Gordura não era só sinônimo de beleza, mas, também, de distinção social. A nobreza podia se dar ao luxo de consumir cremes, manteiga, açúcar e molhos ácidos e temperados. Não havia formosura sem gordura! E gordura era sinônimo de riqueza. A magreza, por sua vez, remetia à consumição, à tísica, à anemia: doenças que enfeavam e matavam. Pior, a magreza tinha uma conotação psicológica. Remetia à mesquinharia, à avareza ou à ambição desenfreada”. Nessa discussão, entram também doenças como anorexia, bulimia e obesidade mórbida.
Neste Com que corpo eu vou?, Joana de Vilhena Novaes aponta para uma nova cartografia do corpo que vem se desenhando nos dias que correm por meio de marcações corporais, como a ideia do corpo sem órgãos e do corpo como tela. “Estaríamos em busca de um corpo para além do humano?”, questiona a doutora, ressaltando ainda o valor simbólico do corpo, o que ele representa como capital e como, historicamente, a beleza sempre foi um valor. O envelhecimento e suas implicações na sexualidade feminina são também abordados no texto.
O corpo humano deixou de ser apenas um cartão de visitas que nos apresenta. Ele também nos representa, para o bem e para o mal. Em suas investigações, Joana descobriu que a gordura, normalmente associada à feiura, é uma das formas mais imperativas de exclusão social. Assim, procurou apurar, nas falas das entrevistadas de baixa renda, de que modo o fato de estar acima do peso ressoa em suas vidas. O interessante é que, numa ponta, estão essas mesmas mulheres abusando dos decotes, das minissaias e das roupas justas e, na outra, as mais abastadas malhando compulsivamente nas academias, buscando a perfeição física, sem coragem de vestir um biquíni e pisar na areia da praia.
Os temas abordados neste lançamento vêm atravessando os últimos quatro séculos. No prefácio, a historiadora Mary Del Priore atesta: “Gordura não era só sinônimo de beleza, mas, também, de distinção social. A nobreza podia se dar ao luxo de consumir cremes, manteiga, açúcar e molhos ácidos e temperados. Não havia formosura sem gordura! E gordura era sinônimo de riqueza. A magreza, por sua vez, remetia à consumição, à tísica, à anemia: doenças que enfeavam e matavam. Pior, a magreza tinha uma conotação psicológica. Remetia à mesquinharia, à avareza ou à ambição desenfreada”. Nessa discussão, entram também doenças como anorexia, bulimia e obesidade mórbida.
Neste Com que corpo eu vou?, Joana de Vilhena Novaes aponta para uma nova cartografia do corpo que vem se desenhando nos dias que correm por meio de marcações corporais, como a ideia do corpo sem órgãos e do corpo como tela. “Estaríamos em busca de um corpo para além do humano?”, questiona a doutora, ressaltando ainda o valor simbólico do corpo, o que ele representa como capital e como, historicamente, a beleza sempre foi um valor. O envelhecimento e suas implicações na sexualidade feminina são também abordados no texto.
Características | |
Autor | JOANA DE VILHENA NOVAES |
Biografia | Resultado do pós-doutorado em Psicologia Social na UERJ, o livro Com que corpo eu vou?, de Joana de Vilhena Novaes, procura entender como as mulheres brasileiras percebem, usam e se relacionam com seus corpos. “Busco investigar os usos do corpo e as diferentes formas de sociabilidade no tocante à estética corporal nas camadas populares”, resume a autora, que ganhou uma bolsa da Faperj para se dedicar à pesquisa de campo. Podemos dizer que este lançamento da Pallas Editora, em parceria com a Editora Puc-Rio, aprofunda ainda mais o tema já abordado pela jovem no título O intolerável peso da feiura: sobre as mulheres e seus corpos, de 2006, fruto do doutorado em Psicologia Clínica na Puc-Rio. O corpo humano deixou de ser apenas um cartão de visitas que nos apresenta. Ele também nos representa, para o bem e para o mal. Em suas investigações, Joana descobriu que a gordura, normalmente associada à feiura, é uma das formas mais imperativas de exclusão social. Assim, procurou apurar, nas falas das entrevistadas de baixa renda, de que modo o fato de estar acima do peso ressoa em suas vidas. O interessante é que, numa ponta, estão essas mesmas mulheres abusando dos decotes, das minissaias e das roupas justas e, na outra, as mais abastadas malhando compulsivamente nas academias, buscando a perfeição física, sem coragem de vestir um biquíni e pisar na areia da praia. Os temas abordados neste lançamento vêm atravessando os últimos quatro séculos. No prefácio, a historiadora Mary Del Priore atesta: “Gordura não era só sinônimo de beleza, mas, também, de distinção social. A nobreza podia se dar ao luxo de consumir cremes, manteiga, açúcar e molhos ácidos e temperados. Não havia formosura sem gordura! E gordura era sinônimo de riqueza. A magreza, por sua vez, remetia à consumição, à tísica, à anemia: doenças que enfeavam e matavam. Pior, a magreza tinha uma conotação psicológica. Remetia à mesquinharia, à avareza ou à ambição desenfreada”. Nessa discussão, entram também doenças como anorexia, bulimia e obesidade mórbida. Neste Com que corpo eu vou?, Joana de Vilhena Novaes aponta para uma nova cartografia do corpo que vem se desenhando nos dias que correm por meio de marcações corporais, como a ideia do corpo sem órgãos e do corpo como tela. “Estaríamos em busca de um corpo para além do humano?”, questiona a doutora, ressaltando ainda o valor simbólico do corpo, o que ele representa como capital e como, historicamente, a beleza sempre foi um valor. O envelhecimento e suas implicações na sexualidade feminina são também abordados no texto. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | PALLAS |
ISBN | 9788534704601 |
Largura | 14 |
Páginas | 216 |