Moema em três movimentos: As mãos
Moema em três movimentos: As mãos
- Editora7 LETRAS
- Modelo: 9557658
- Disponibilidade: Em estoque
R$ 39,20
R$ 49,00
Angela é uma estudiosa de Nelson Rodrigues com ênfase no aspecto do trágico em sua obra. De tanto frequentar com tanta assiduidade e profundidade o imaginário e a forma rodrigueanos, Angela se tornou sua “vítima”. Opa! Cometi um lapso. Queria dizer sua “íntima” e acabou sendo seduzida pelas mãos do próprio bruxo da Aldeia Campista. Foi assim que ela deitou no papel e encenou, em 1995, Moema – 1º. Movimento, work in progress anunciado como monólogo atuado por Lorena da Silva com a intervenção de Thierry Trémouroux, na esteira da montagem do Aderbal, no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro e, como o título do espetáculo indica, foi só do primeiro movimento.
Senhora dos afogados é, portanto, o antecedente da ação do que se vê em Moema em três movimentos – As Mãos. De um ponto de vista de encadeamento de ação, da representação. Pergunto-me como o espectador médio vai se dar conta disso?
Aqui quero enfatizar uma nuança. “O que se vê” e não “o que se representa”. Penso que a peça nos “prega uma peça” quando a idealizamos como algo a ser “representado”, a seguir, e ser diretamente decalcado da peça de Nelson Rodrigues. […] Intuo que a escrita da Angela engendra uma outra coisa […] Assim como Nelson procurava mostrar aos seus espectadores de 1954 que “o personagem vive a vida, que deveria ser a nossa, a vida que recusamos”, no seu caso, Angela, por ser uma autora contemporânea, engendra com seu texto uma narrativa cênica, cujo teor é “coisa mental”, “coisa visual”, onde a narrativa, não sendo mais propriamente uma intriga, é obra teatral…
Senhora dos afogados é, portanto, o antecedente da ação do que se vê em Moema em três movimentos – As Mãos. De um ponto de vista de encadeamento de ação, da representação. Pergunto-me como o espectador médio vai se dar conta disso?
Aqui quero enfatizar uma nuança. “O que se vê” e não “o que se representa”. Penso que a peça nos “prega uma peça” quando a idealizamos como algo a ser “representado”, a seguir, e ser diretamente decalcado da peça de Nelson Rodrigues. […] Intuo que a escrita da Angela engendra uma outra coisa […] Assim como Nelson procurava mostrar aos seus espectadores de 1954 que “o personagem vive a vida, que deveria ser a nossa, a vida que recusamos”, no seu caso, Angela, por ser uma autora contemporânea, engendra com seu texto uma narrativa cênica, cujo teor é “coisa mental”, “coisa visual”, onde a narrativa, não sendo mais propriamente uma intriga, é obra teatral…
Características | |
Autor | Angela Leite Lopes |
Biografia | Angela é uma estudiosa de Nelson Rodrigues com ênfase no aspecto do trágico em sua obra. De tanto frequentar com tanta assiduidade e profundidade o imaginário e a forma rodrigueanos, Angela se tornou sua “vítima”. Opa! Cometi um lapso. Queria dizer sua “íntima” e acabou sendo seduzida pelas mãos do próprio bruxo da Aldeia Campista. Foi assim que ela deitou no papel e encenou, em 1995, Moema – 1º. Movimento, work in progress anunciado como monólogo atuado por Lorena da Silva com a intervenção de Thierry Trémouroux, na esteira da montagem do Aderbal, no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro e, como o título do espetáculo indica, foi só do primeiro movimento. Senhora dos afogados é, portanto, o antecedente da ação do que se vê em Moema em três movimentos – As Mãos. De um ponto de vista de encadeamento de ação, da representação. Pergunto-me como o espectador médio vai se dar conta disso? Aqui quero enfatizar uma nuança. “O que se vê” e não “o que se representa”. Penso que a peça nos “prega uma peça” quando a idealizamos como algo a ser “representado”, a seguir, e ser diretamente decalcado da peça de Nelson Rodrigues. […] Intuo que a escrita da Angela engendra uma outra coisa […] Assim como Nelson procurava mostrar aos seus espectadores de 1954 que “o personagem vive a vida, que deveria ser a nossa, a vida que recusamos”, no seu caso, Angela, por ser uma autora contemporânea, engendra com seu texto uma narrativa cênica, cujo teor é “coisa mental”, “coisa visual”, onde a narrativa, não sendo mais propriamente uma intriga, é obra teatral… |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559057658 |
Largura | 14 |
Páginas | 84 |