Tipografia, imagem, acessibilidade, usabilidade, cognição, interação, materialidade, processos, tecnologia, recepção, são algumas dos temas necessariamente envolvidos na interface do humano com a realidade física. É aí que se funda o desafio e o valor do Design. Cristina Portugal enfrenta essa complexidade com a sistematização necessária à manutenção do método projetual. Hoje já se pode elaborar de fato um saber que permite coincidir, sobrepor ou colocar em diálogo áreas do saber usualmente apartadas pela cultura, mas generosamente amalgamadas pelo Design. Dessa forma, a pesquisa em Design acaba por se revelar como um caso exemplar das novas perspectivas científicas de interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, ou, até mesmo, de prática anti-disciplinar, como pregam alguns autores mais radicais. Ao se dedicar às relações do Design com a Educação, esse estudo se torna quase uma metalinguagem do conhecimento contemporâneo, onde novos modelos midiáticos, informacionais e cognitivos propõem uma perspectiva de ensino inovadora. Assim, entre cores e formas, entre abstrações e materialidades, se revela uma noção de saber onde abrangência, complexidade e sistematização caminham juntos neste importante estudo sobre DESIGN, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA.