A Emergência da Nova Economia: O que mudou na avaliação de empresas?
A Emergência da Nova Economia: O que mudou na avaliação de empresas?
- EditoraALMEDINA
- Modelo: AM24037936
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R$ 99,00
Um dos fenômenos mais enigmáticos dos últimos anos consistiu na avaliação das Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) das empresas das novas tecnologias. O facto de estas empresas terem avançado para o mercado de capitais muito jovens e com registo de prejuízos não impediu a obtenção de elevadas capitalizações bolsistas. Este fenômeno ficou conhecido na literatura anglo-saxônica por "negative pricing of losses", ou seja, a valorização positiva dos prejuízos. O objetivo deste trabalho consiste em analisar esta aparente anomalia. Para o efeito estudou-se as empresas da nova economia cotadas no ISDEX - Internet Stock List, para o período de 1996 a 2003.
Os resultados obtidos evidenciam a emergência de um novo tipo de empresa a operar no mercado pós-década de 90: empresas de pequena dimensão, maioritariamente de base tecnológica, a registarem prejuízos de maior magnitude e por períodos mais longos. Neste contexto, o reporte de prejuízos, e em oposição à teoria da opção de abandono, pode não estar associado à destruição de valor, quando os mesmos surgem associados ao exercício de oportunidades de crescimento. As F&A surgem como estratégia de reestruturação em situação de stress financeiro, pois, e contrariamente às expectativas iniciais, a taxa de falências das empresas deste sector ficou abaixo dos 2%. Em síntese, e citando Zingales (2000), a teoria existente parece ser pouco eficaz em ajudar-nos a caracterizar o novo tipo de empresa que começa a emergir com o impacto da revolução das tecnologias de informação.
Este trabalho tem, pois, um contributo fundamental para a compreensão das bolhas financeiras e uma utilidade que transcende largamente o domínio acadêmico: tanto os investidores como os reguladores podem ajudar a temperar euforias, canalizar recursos para áreas com maior retorno, privado e social, e consolidar a confiança nos mercados.
Os resultados obtidos evidenciam a emergência de um novo tipo de empresa a operar no mercado pós-década de 90: empresas de pequena dimensão, maioritariamente de base tecnológica, a registarem prejuízos de maior magnitude e por períodos mais longos. Neste contexto, o reporte de prejuízos, e em oposição à teoria da opção de abandono, pode não estar associado à destruição de valor, quando os mesmos surgem associados ao exercício de oportunidades de crescimento. As F&A surgem como estratégia de reestruturação em situação de stress financeiro, pois, e contrariamente às expectativas iniciais, a taxa de falências das empresas deste sector ficou abaixo dos 2%. Em síntese, e citando Zingales (2000), a teoria existente parece ser pouco eficaz em ajudar-nos a caracterizar o novo tipo de empresa que começa a emergir com o impacto da revolução das tecnologias de informação.
Este trabalho tem, pois, um contributo fundamental para a compreensão das bolhas financeiras e uma utilidade que transcende largamente o domínio acadêmico: tanto os investidores como os reguladores podem ajudar a temperar euforias, canalizar recursos para áreas com maior retorno, privado e social, e consolidar a confiança nos mercados.
Características | |
Autor | Ana Paula Matias Gama |
Biografia | Um dos fenômenos mais enigmáticos dos últimos anos consistiu na avaliação das Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) das empresas das novas tecnologias. O facto de estas empresas terem avançado para o mercado de capitais muito jovens e com registo de prejuízos não impediu a obtenção de elevadas capitalizações bolsistas. Este fenômeno ficou conhecido na literatura anglo-saxônica por "negative pricing of losses", ou seja, a valorização positiva dos prejuízos. O objetivo deste trabalho consiste em analisar esta aparente anomalia. Para o efeito estudou-se as empresas da nova economia cotadas no ISDEX - Internet Stock List, para o período de 1996 a 2003. Os resultados obtidos evidenciam a emergência de um novo tipo de empresa a operar no mercado pós-década de 90: empresas de pequena dimensão, maioritariamente de base tecnológica, a registarem prejuízos de maior magnitude e por períodos mais longos. Neste contexto, o reporte de prejuízos, e em oposição à teoria da opção de abandono, pode não estar associado à destruição de valor, quando os mesmos surgem associados ao exercício de oportunidades de crescimento. As F&A surgem como estratégia de reestruturação em situação de stress financeiro, pois, e contrariamente às expectativas iniciais, a taxa de falências das empresas deste sector ficou abaixo dos 2%. Em síntese, e citando Zingales (2000), a teoria existente parece ser pouco eficaz em ajudar-nos a caracterizar o novo tipo de empresa que começa a emergir com o impacto da revolução das tecnologias de informação. Este trabalho tem, pois, um contributo fundamental para a compreensão das bolhas financeiras e uma utilidade que transcende largamente o domínio acadêmico: tanto os investidores como os reguladores podem ajudar a temperar euforias, canalizar recursos para áreas com maior retorno, privado e social, e consolidar a confiança nos mercados. |
Comprimento | 23 |
Edição | 1 |
Editora | ALMEDINA |
ISBN | 9789724037936 |
Largura | 16 |
Páginas | 262 |