Labirintos Brasileiros
Em Labirintos Brasileiros, encontram-se versões corrigidas e atualizadas de textos escritos para revistas, catálogos, congressos e colóquios científicos realizados em Ouro Preto, São Paulo, Lisboa e Montevideu, anos depois da decisiva colaboração do autor nos grandes projetos editoriais de José Mattoso, Francisco Bethencourt e Kirti Chaudhuri, que tanto renovaram as possibilidades de diálogo historiográfico no mundo de língua portuguesa.
A diversidade dos interesses e a riqueza das abordagens propostas por Joaquim Romero Magalhães tornam difícil resumir com a devida justiça o que o leitor tem em mãos. Talvez se possa arriscar, no entanto, que, de uma forma geral, os motivos destes Labirintos se desenvolvem em torno do território, da administração e da economia política, acercando-se assim, por mais de uma via, das bases do velho debate da emergência de uma identidade de cariz “nacional”. E, sob esse aspecto, as ideias que se formulam nem sempre serão as mais ortodoxas ou à la mode: Joaquim Romero Magalhães sublinha a importância dos esforços de intervenção dos colonos e da Coroa, num mesmo sentido, a médio e longo prazo, para a integração dos espaços portugueses da América do Sul; questiona a existência de uma qualquer distinção relevante entre os princípios fiscais praticados no Reino e os definidos para as conquistas, até ao final do Antigo Regime, e avança sem grandes reservas a necessidade de abandonar o postulado de um projeto “pombalino” uno e coerente para todo o Brasil. Aliás, o próprio Marquês de Pombal é aqui reduzido à condição de personagem terrena, mortal e mais propriamente “histórica”, por um simples exercício de bom senso – que se conclui com algum bom humor.
A diversidade dos interesses e a riqueza das abordagens propostas por Joaquim Romero Magalhães tornam difícil resumir com a devida justiça o que o leitor tem em mãos. Talvez se possa arriscar, no entanto, que, de uma forma geral, os motivos destes Labirintos se desenvolvem em torno do território, da administração e da economia política, acercando-se assim, por mais de uma via, das bases do velho debate da emergência de uma identidade de cariz “nacional”. E, sob esse aspecto, as ideias que se formulam nem sempre serão as mais ortodoxas ou à la mode: Joaquim Romero Magalhães sublinha a importância dos esforços de intervenção dos colonos e da Coroa, num mesmo sentido, a médio e longo prazo, para a integração dos espaços portugueses da América do Sul; questiona a existência de uma qualquer distinção relevante entre os princípios fiscais praticados no Reino e os definidos para as conquistas, até ao final do Antigo Regime, e avança sem grandes reservas a necessidade de abandonar o postulado de um projeto “pombalino” uno e coerente para todo o Brasil. Aliás, o próprio Marquês de Pombal é aqui reduzido à condição de personagem terrena, mortal e mais propriamente “histórica”, por um simples exercício de bom senso – que se conclui com algum bom humor.
Características | |
Autor | JOAQUIM ROMERO MAGALHÃES |
Biografia | Em Labirintos Brasileiros, encontram-se versões corrigidas e atualizadas de textos escritos para revistas, catálogos, congressos e colóquios científicos realizados em Ouro Preto, São Paulo, Lisboa e Montevideu, anos depois da decisiva colaboração do autor nos grandes projetos editoriais de José Mattoso, Francisco Bethencourt e Kirti Chaudhuri, que tanto renovaram as possibilidades de diálogo historiográfico no mundo de língua portuguesa. A diversidade dos interesses e a riqueza das abordagens propostas por Joaquim Romero Magalhães tornam difícil resumir com a devida justiça o que o leitor tem em mãos. Talvez se possa arriscar, no entanto, que, de uma forma geral, os motivos destes Labirintos se desenvolvem em torno do território, da administração e da economia política, acercando-se assim, por mais de uma via, das bases do velho debate da emergência de uma identidade de cariz “nacional”. E, sob esse aspecto, as ideias que se formulam nem sempre serão as mais ortodoxas ou à la mode: Joaquim Romero Magalhães sublinha a importância dos esforços de intervenção dos colonos e da Coroa, num mesmo sentido, a médio e longo prazo, para a integração dos espaços portugueses da América do Sul; questiona a existência de uma qualquer distinção relevante entre os princípios fiscais praticados no Reino e os definidos para as conquistas, até ao final do Antigo Regime, e avança sem grandes reservas a necessidade de abandonar o postulado de um projeto “pombalino” uno e coerente para todo o Brasil. Aliás, o próprio Marquês de Pombal é aqui reduzido à condição de personagem terrena, mortal e mais propriamente “histórica”, por um simples exercício de bom senso – que se conclui com algum bom humor. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | ALAMEDA |
ISBN | 9788579390388 |
Largura | 14 |
Páginas | 236 |