Sitiados: os cercos às fortalezas portuguesas na Índia (1498-1622)

Sitiados: os cercos às fortalezas portuguesas na Índia (1498-1622)

Sitiados: os cercos às fortalezas portuguesas na Índia (1498-1622)

  • EditoraALAMEDA
  • Modelo: 9V90104
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 51,00

    R$ 60,00
O livro de Andréa Doré é uma preciosidade que lembra os tesouros com que os europeus sonhavam encontrar no Oriente. Sitiados nos conta, com excelente narrativa, o drama que viviam os portugueses na Índia. Quando não faziam comércio ou tentavam missionar nos arredores de suas praças, passavam meses a fio encurralados em fortalezas muitas vezes sitiadas. O livro trata, em grande medida, da história, da história dos cercos transitando com perícia entre a análise microscópica e a interpretação geral.

Já no início traz uma grande questão ao demonstrar que o plano português de ocupação de pontos estratégicos na Índia esteve baseado em relatos e mapas de viajantes italianos, particularmente Niccolo di Conti e Ieronimo da Santo Stefano. Mas o melhor do livro é a história dos cercos, do “reino intramuros”, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Neste ponto, nossa autora desvenda as sutilezas da política lusitana na região, o jogo de alianças, a erosão delas. Concentra-se, enfim, no império que domina, com toda razão, de sitiado. O “império português” no Oriente pode ser melhor observado, como mostra a autora, no interior das muralhas de Diu ou de Malaca. O ponto alto de Sitiados reside na análise das narrativas de cercos, que não foram poucos, quando se percebe o vai-e-vem frenético dos sitiados, o afrouxamento da disciplina, o desfazer momentâneo das hierarquias sociais.

O contraste entre a Índia vista de longe, do mar ou do reino, e a Índia vista do interior das muralhas é outro destaque deste livro, que nisso incursiona numa abordagem histórico-antropológica. Afinal, é de alteridades que trata o livro de Andréa Doré. Alteridades no espaço, no tempo, nas culturas, nos olhares de quem narrou tudo isto. Sitiados é um grande livro. Permite conhecer o império oriental português literalmente por dentro.
Características
Autor ANDRÉA DORÉ
Biografia O livro de Andréa Doré é uma preciosidade que lembra os tesouros com que os europeus sonhavam encontrar no Oriente. Sitiados nos conta, com excelente narrativa, o drama que viviam os portugueses na Índia. Quando não faziam comércio ou tentavam missionar nos arredores de suas praças, passavam meses a fio encurralados em fortalezas muitas vezes sitiadas. O livro trata, em grande medida, da história, da história dos cercos transitando com perícia entre a análise microscópica e a interpretação geral.

Já no início traz uma grande questão ao demonstrar que o plano português de ocupação de pontos estratégicos na Índia esteve baseado em relatos e mapas de viajantes italianos, particularmente Niccolo di Conti e Ieronimo da Santo Stefano. Mas o melhor do livro é a história dos cercos, do “reino intramuros”, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Neste ponto, nossa autora desvenda as sutilezas da política lusitana na região, o jogo de alianças, a erosão delas. Concentra-se, enfim, no império que domina, com toda razão, de sitiado. O “império português” no Oriente pode ser melhor observado, como mostra a autora, no interior das muralhas de Diu ou de Malaca. O ponto alto de Sitiados reside na análise das narrativas de cercos, que não foram poucos, quando se percebe o vai-e-vem frenético dos sitiados, o afrouxamento da disciplina, o desfazer momentâneo das hierarquias sociais.

O contraste entre a Índia vista de longe, do mar ou do reino, e a Índia vista do interior das muralhas é outro destaque deste livro, que nisso incursiona numa abordagem histórico-antropológica. Afinal, é de alteridades que trata o livro de Andréa Doré. Alteridades no espaço, no tempo, nas culturas, nos olhares de quem narrou tudo isto. Sitiados é um grande livro. Permite conhecer o império oriental português literalmente por dentro.
Comprimento 21
Edição 1
Editora ALAMEDA
ISBN 9788579390104
Largura 14
Páginas 320

Escreva um comentário

Você deve acessar ou cadastrar-se para comentar.

Tags