Contra a paixão
Talvez, ao se apaixonar, você abdique —mesmo que um pouco — de ser uma pessoa adulta funcional. A paixão não vai obedecer ao seu calendário, não vai obedecer às obrigatoriedades das tarefas do dia, afinal, como defende Maria Caú, se apaixonar é incompatível com as tarefas domésticas mais básicas.
Em seu novo livro, Contra a paixão, a poeta evoca uma paixão malsucedida, fazendo com que nós mesmos também façamos o exercício — cruel, claro — de evocar as nossas. Onde foi que pensamos que daria certo? um trevo de quatro folhas/ tatuado na sua bunda/ me deu a falsa impressão/ de que você me daria sorte.
Mas não deu.
E o que fazer com isso? Maria escreveu um livro. transformar você na musa/ sem pedir consentimento/ a mais puríssima forma de vingança.
Através das suas referências a séries, filmes e canções, a poeta elabora o luto de uma paixão que não deu certo sem ter medo de soar vulnerável: te ligar/ custaria a mim. Rancor, arrependimento, pesar e nostalgia são palavras que, quando relacionadas a uma poeta, uma mulher, têm uma conotação que pode ser penosa. Aqui, Maria é corajosa e não se esquiva de cutucar suas feridas. As delas e as nossas. Através da linguagem — essa tecnologia apaixonante — a poeta abre seu peito e faz com que nós sintamos seu pulsar. Este livro, sobretudo, é um livro vivo. Pulsante.
Ao terminar de ler Contra a paixão, você vai se apaixonar por Maria. Vai querer pegar na mão dela, entrar no seu labirinto, reconstruir seus cacos. Vai concluir que um exercício de análise — falar, falar, falar e quem sabe escrever — pode reverter o jogo, dar pra gente ferramentas não para negar completamente a paixão, mas, quem sabe, para ter esperança de que um dia ela volte. Ter vontade, manter o desejo aceso: um dia eu posso/ construir uma cabana e morar/ no seu hálito.
Em seu novo livro, Contra a paixão, a poeta evoca uma paixão malsucedida, fazendo com que nós mesmos também façamos o exercício — cruel, claro — de evocar as nossas. Onde foi que pensamos que daria certo? um trevo de quatro folhas/ tatuado na sua bunda/ me deu a falsa impressão/ de que você me daria sorte.
Mas não deu.
E o que fazer com isso? Maria escreveu um livro. transformar você na musa/ sem pedir consentimento/ a mais puríssima forma de vingança.
Através das suas referências a séries, filmes e canções, a poeta elabora o luto de uma paixão que não deu certo sem ter medo de soar vulnerável: te ligar/ custaria a mim. Rancor, arrependimento, pesar e nostalgia são palavras que, quando relacionadas a uma poeta, uma mulher, têm uma conotação que pode ser penosa. Aqui, Maria é corajosa e não se esquiva de cutucar suas feridas. As delas e as nossas. Através da linguagem — essa tecnologia apaixonante — a poeta abre seu peito e faz com que nós sintamos seu pulsar. Este livro, sobretudo, é um livro vivo. Pulsante.
Ao terminar de ler Contra a paixão, você vai se apaixonar por Maria. Vai querer pegar na mão dela, entrar no seu labirinto, reconstruir seus cacos. Vai concluir que um exercício de análise — falar, falar, falar e quem sabe escrever — pode reverter o jogo, dar pra gente ferramentas não para negar completamente a paixão, mas, quem sabe, para ter esperança de que um dia ela volte. Ter vontade, manter o desejo aceso: um dia eu posso/ construir uma cabana e morar/ no seu hálito.
Características | |
Autor | Maria Caú |
Biografia | Talvez, ao se apaixonar, você abdique —mesmo que um pouco — de ser uma pessoa adulta funcional. A paixão não vai obedecer ao seu calendário, não vai obedecer às obrigatoriedades das tarefas do dia, afinal, como defende Maria Caú, se apaixonar é incompatível com as tarefas domésticas mais básicas. Em seu novo livro, Contra a paixão, a poeta evoca uma paixão malsucedida, fazendo com que nós mesmos também façamos o exercício — cruel, claro — de evocar as nossas. Onde foi que pensamos que daria certo? um trevo de quatro folhas/ tatuado na sua bunda/ me deu a falsa impressão/ de que você me daria sorte. Mas não deu. E o que fazer com isso? Maria escreveu um livro. transformar você na musa/ sem pedir consentimento/ a mais puríssima forma de vingança. Através das suas referências a séries, filmes e canções, a poeta elabora o luto de uma paixão que não deu certo sem ter medo de soar vulnerável: te ligar/ custaria a mim. Rancor, arrependimento, pesar e nostalgia são palavras que, quando relacionadas a uma poeta, uma mulher, têm uma conotação que pode ser penosa. Aqui, Maria é corajosa e não se esquiva de cutucar suas feridas. As delas e as nossas. Através da linguagem — essa tecnologia apaixonante — a poeta abre seu peito e faz com que nós sintamos seu pulsar. Este livro, sobretudo, é um livro vivo. Pulsante. Ao terminar de ler Contra a paixão, você vai se apaixonar por Maria. Vai querer pegar na mão dela, entrar no seu labirinto, reconstruir seus cacos. Vai concluir que um exercício de análise — falar, falar, falar e quem sabe escrever — pode reverter o jogo, dar pra gente ferramentas não para negar completamente a paixão, mas, quem sabe, para ter esperança de que um dia ela volte. Ter vontade, manter o desejo aceso: um dia eu posso/ construir uma cabana e morar/ no seu hálito. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559057122 |
Largura | 14 |
Páginas | 96 |