O livro constitui-se por uma reflexão sobre a modernidade e o modernismo cariocas, interligada à história do desmonte do morro do Castelo que, após polêmicas que se arrastaram no tempo, ocorreu, finalmente, em 1922, por ocasião do centenário da Independência. Ao longo das páginas, os autores possibilitam diálogos com a obra de Walter Benjamin, João do Rio e Brito Broca, comparando as experiências parisiense e a carioca. Como consta na orelha da obra: “Nesse trajeto, flanamos pelo caráter “barroco” da modernidade do Rio, perambulando entre galerias e ruas, panoramas e exposições, salões e jogos”. Como culminância, um capítulo coloca Lima Barreto em cena e são discutidas as formas pelas ele tratou do morro do Castelo em seus textos, inventando histórias que se tornaram memória na cidade. Trata-se, enfim, de uma obra “carioquíssima”, que prenderá a atenção do autor do início ao fim, ou melhor, do fim ao início, como propõem os autores. Destaque-se, por fim, a bela aquarela de Alcides Oliveira que compõe a capa.