Decifra-me ou te devoro: O Brasil e a dominação financeira
Decifra-me ou te devoro: O Brasil e a dominação financeira
- EditoraALAMEDA
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R$ 49,30
R$ 58,00
Os mercados controlam os destinos da sociedade brasileira. É difícil discordar. A pergunta é: como? Parece óbvio que é através do poder do dinheiro. O livro desenvolve uma outra hipótese, contra-intuitiva, a de que a dominação das finanças é fundamentalmente um fenômeno cultural. Para isso inverte o raciocínio cotidiano e pretende demonstrar que se trata fundamentalmente de uma questão de consentimento.
A legitimidade da dominação financeira é que torna cada vez mais ricos os financistas e demais beneficiários dos “mercados”. São ricos porque são legítimos e não o contrário. Logo, a explicação sociológica para essa trama deve ser buscada nas formas como a cultura influencia e predetermina os certos e os errados das sensibilidades, preferências e decisões econômicas.
Essa dominação financeira se instala no Brasil através de uma guerra cultural na qual as presidências ocupadas pelo Partido dos Trabalhadores, em princípio contrário a essa tendência, se tornaram marcadores muito interessantes, sociologicamente. As formas de adaptação desse grupo político às finanças – e vice-versa – revelam detalhes preciosos da trama, produzindo um ângulo para a análise anatômica que revela mecanismos e ligações difíceis de serem percebidas a partir de outros países e situações.
Num primeiro momento parece que o governo simplesmente se rende à lógica dos mercados, ao poder do dinheiro e dos endinheirados. Mas o jogo é mais complicado, pois há diversas evidências de uma adaptação mútua em que os instrumentos financeiros e o comportamento dos financistas também se alteram para funcionarem adequadamente nesse ambiente particular.
A legitimidade da dominação financeira é que torna cada vez mais ricos os financistas e demais beneficiários dos “mercados”. São ricos porque são legítimos e não o contrário. Logo, a explicação sociológica para essa trama deve ser buscada nas formas como a cultura influencia e predetermina os certos e os errados das sensibilidades, preferências e decisões econômicas.
Essa dominação financeira se instala no Brasil através de uma guerra cultural na qual as presidências ocupadas pelo Partido dos Trabalhadores, em princípio contrário a essa tendência, se tornaram marcadores muito interessantes, sociologicamente. As formas de adaptação desse grupo político às finanças – e vice-versa – revelam detalhes preciosos da trama, produzindo um ângulo para a análise anatômica que revela mecanismos e ligações difíceis de serem percebidas a partir de outros países e situações.
Num primeiro momento parece que o governo simplesmente se rende à lógica dos mercados, ao poder do dinheiro e dos endinheirados. Mas o jogo é mais complicado, pois há diversas evidências de uma adaptação mútua em que os instrumentos financeiros e o comportamento dos financistas também se alteram para funcionarem adequadamente nesse ambiente particular.
Características | |
Autor | ROBERTO GRUN |
Biografia | Os mercados controlam os destinos da sociedade brasileira. É difícil discordar. A pergunta é: como? Parece óbvio que é através do poder do dinheiro. O livro desenvolve uma outra hipótese, contra-intuitiva, a de que a dominação das finanças é fundamentalmente um fenômeno cultural. Para isso inverte o raciocínio cotidiano e pretende demonstrar que se trata fundamentalmente de uma questão de consentimento. A legitimidade da dominação financeira é que torna cada vez mais ricos os financistas e demais beneficiários dos “mercados”. São ricos porque são legítimos e não o contrário. Logo, a explicação sociológica para essa trama deve ser buscada nas formas como a cultura influencia e predetermina os certos e os errados das sensibilidades, preferências e decisões econômicas. Essa dominação financeira se instala no Brasil através de uma guerra cultural na qual as presidências ocupadas pelo Partido dos Trabalhadores, em princípio contrário a essa tendência, se tornaram marcadores muito interessantes, sociologicamente. As formas de adaptação desse grupo político às finanças – e vice-versa – revelam detalhes preciosos da trama, produzindo um ângulo para a análise anatômica que revela mecanismos e ligações difíceis de serem percebidas a partir de outros países e situações. Num primeiro momento parece que o governo simplesmente se rende à lógica dos mercados, ao poder do dinheiro e dos endinheirados. Mas o jogo é mais complicado, pois há diversas evidências de uma adaptação mútua em que os instrumentos financeiros e o comportamento dos financistas também se alteram para funcionarem adequadamente nesse ambiente particular. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | ALAMEDA |
ISBN | 9788579393297 |
Largura | 14 |
Páginas | 346 |