Kant, Rawls e o utilitarismo: justiça e bem na filosofia política contemporânea

Kant, Rawls e o utilitarismo: justiça e bem na filosofia política contemporânea

Kant, Rawls e o utilitarismo: justiça e bem na filosofia política contemporânea

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Entre as questões mais disputadas da filosofia moral e política contemporânea está a da articulação entre a justiça e o bem. É principalmente em torno dela que se chocam as diversas correntes da filosofia prática, sobretudo aquelas que nutrem a discussão de forma permanente: a ética aristotélica, o utilitarismo e a teoria moral kantiana. Como situá-las no cenário da reflexão ético-política de ontem e de hoje? O que as distingue efetivamente? Quais as consequências de tais distinções? O principal mérito da obra que o leitor tem em mãos reside precisamente no enfrentamento, a um só tempo lúcido e rigoroso, desses problemas de primeira grandeza.

Tomando como referências fundamentais os pensamentos de Kant e de Rawls, dois dos mais importantes protagonistas envolvidos na querela sobre a relação entre o bem e a justiça e, à primeira vista, situados no mesmo campo de defesa da prioridade da segunda sobre o primeiro, o livro de Antonio Frederico se propõe a questionar certos esquemas interpretativos rigidamente estabelecidos, notadamente o da incompatibilidade da ética utilitarista com o princípio kantiano de universalização. Nesse diapasão, o trabalho representa um rico esclarecimento do debate entre deontologismo e consequencialismo, fincado no ideal imperativo da moralidade que prevalece na modernidade, em oposição à concepção atrativa da ética teleológica clássica.

Sustenta-se aqui, com vigor, uma perspectiva não rigorista do deontologismo, mediante nova configuração dos elementos-chave do procedimento contratualista que permita, de um lado, superar a tradicional oposição entre as posições deontológica e consequencialista, e, de outro, enquadrar os marcos conceituais dessa disputa na fecunda controvérsia acerca do modo mais razoável de determinar quais consequências e resultados devem ser buscados pelos agentes.

Se o leitor deixar-se guiar pela paciência do conceito, de que falava Hegel, encontrará as razões que tornam plenamente justificáveis as premiações concedidas ao autor por uma obra de rara profundidade filosófica.
Características
Autor ANTONIO FREDERICO SATURNINO BRAGA
Biografia Entre as questões mais disputadas da filosofia moral e política contemporânea está a da articulação entre a justiça e o bem. É principalmente em torno dela que se chocam as diversas correntes da filosofia prática, sobretudo aquelas que nutrem a discussão de forma permanente: a ética aristotélica, o utilitarismo e a teoria moral kantiana. Como situá-las no cenário da reflexão ético-política de ontem e de hoje? O que as distingue efetivamente? Quais as consequências de tais distinções? O principal mérito da obra que o leitor tem em mãos reside precisamente no enfrentamento, a um só tempo lúcido e rigoroso, desses problemas de primeira grandeza.

Tomando como referências fundamentais os pensamentos de Kant e de Rawls, dois dos mais importantes protagonistas envolvidos na querela sobre a relação entre o bem e a justiça e, à primeira vista, situados no mesmo campo de defesa da prioridade da segunda sobre o primeiro, o livro de Antonio Frederico se propõe a questionar certos esquemas interpretativos rigidamente estabelecidos, notadamente o da incompatibilidade da ética utilitarista com o princípio kantiano de universalização. Nesse diapasão, o trabalho representa um rico esclarecimento do debate entre deontologismo e consequencialismo, fincado no ideal imperativo da moralidade que prevalece na modernidade, em oposição à concepção atrativa da ética teleológica clássica.

Sustenta-se aqui, com vigor, uma perspectiva não rigorista do deontologismo, mediante nova configuração dos elementos-chave do procedimento contratualista que permita, de um lado, superar a tradicional oposição entre as posições deontológica e consequencialista, e, de outro, enquadrar os marcos conceituais dessa disputa na fecunda controvérsia acerca do modo mais razoável de determinar quais consequências e resultados devem ser buscados pelos agentes.

Se o leitor deixar-se guiar pela paciência do conceito, de que falava Hegel, encontrará as razões que tornam plenamente justificáveis as premiações concedidas ao autor por uma obra de rara profundidade filosófica.
Comprimento 21
Edição 1
Editora EDITORA CONTRAPONTO
ISBN 9788578660420
Largura 14
Páginas 328

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