Elásticos Chineses
Elásticos Chineses
- EditoraFUNDACAO CASA DE JORGE AMADO
- Modelo: 52-0061
- Disponibilidade: Em estoque
R$ 12,00
R$ 15,00
Em Elásticos chineses os poemas físicos de Diógenes Moura provocam no leitor alongamentos bailarinos em território pudendo. Os elásticos podem ser chineses mas o tempero é baiano. A fusão, universal. Porque a questão territorial serelepeia abroad. Já no primeiro poema a pinta de viajante é dada no título: Roma sobre Dallas. O mundo antigo no high-tech pós-mod. E para que não fique só, só na Terra, Saturno se insinua como esconderijo. Eros presente no primeiro, no segundo, nos dezoito poemas. É tudo fluxo, quadros vivos, natureza em festa, fogo no Figo de Málaga, elefante de bunda botêrica, vacas, francês na cama, negros no sambódromo, a vida enlouquece. Já dizia a diva do écran, dependurado o salto agulha, ingressando na quarta idade: “Meu passado não é de poucas picas”.
Porque sexo é divino e com ele, aqui, as palavras dançam. Enxuto e econômico mas generoso e sumarento, o poeta também as faz dançar in memoriam. O poema que dá título ao livro, poema à memória de Mário de Andrade, a São Paulo de Mário é repentina e espontaneamente arquitetada e oferecida ao poeta baiano que, afinal, adotou a cidade nela atuando como excitado animador cultural. Genuíno dom de festeiro, seja em aberturas e salões mas principalmente onde talento e vocação se fazem mais em casa, a escrita.
Mistérios. Pode ser lá, pode ser cá, interior, balneário e subúrbio. Acrílico sobre tela. Connaisseur; o poeta entende de arte, na sensibilidade é também pintor nos poemas. Imagens memoráveis, despertar de pura tumescência. Perfumes, lençóis, cerveja. Linda mulher, fogão. Bar. Suicídio nipônico. Estacionamento em frente. Orgasmo sim, orgasmo não (o último).
E vai, fina escrita, gostosa também impressa. Despudor e audácia, Millenium . Remete, remonta: Picando fumo, coçar os olhos. A poesia, em si, mostra o seu valor. E que bom. O futuro terá essa ginga que Diógenes Moura já tem, no presente. Sabores e movimentos. Elementos. O vento a noite. Bacâncias. Pan tudo. Madeira, pedra. Orixás e Andy Warhol, Diógenes no traquejo social mistura bem os participantes de sua festa e tudo dá certo no livro. Mesmo se o evento pede que vá vestido para o que der e vier (Badalu). Amor? Só de mãe. O resto é fuego, paixões. Tesão. Café. Olé. O problema da Frida era o calo (subentende-se). E depois, é tão chique. Todo baiano é irresistível (frase por mim cunhada à guisa de evidência). E na poesia Diógenes Moura faz a palavra coruscar. A mão, o pênis, Onan-sim, por que não?
Pessoal, auto-biográfica até, momentos de vida, poesia posta em forma e papel vira afrodisíaco. Malícia baiana – como Gil certa vez me fez entender: Nada de domingueiras proustianas ao meio-dia em São Paulo (ao meio-dia? Nem pensar). Narciso em tarde cinza era Mautner – Diógenes é Moura. Moura Brasil: colírio. Olhos perscrutam. Olhos passeiam. Isherwood em Berlim, Diógenes em São Paulo, no Rio, em todos os lugares, também poderia dizer: “Eu, a câmera”. Wanderléia é evocada.
Evocada?
Evocada. Datas básicas. Saisons infernales. Desfiles. Gente como a gente. Gente come gente. Antropofagia num outro sentido, Oswald querido. Um pintor – tantas pinceladas – mas eu também pinto. Espremo amoras maduras e tasco o pincel. Caixa de fósforos. Chá de centímetros. Poemas feitos quadros, convite a neles se deter mais longamente, para mais sensivelmente os apreciar. Ali ficar mais um pouco e captar mistérios. Convivium. Balthus. Um dos que pintaram assim, como Diógenes Moura escreve. Quadros em uma exposição. São Paulo tem Oxum, Bauhaus, Ritz e Macau. Decoradora loura fumante de maconha & pretinho básico. Colette. Happy hour, axé para Ogum. Bolero. Gilda. E o poeta com ela pranteia. E termina com um singelo baiku, um Volpi. Elásticos chineses, uma exposição, um livro, um objeto de arte ao qual se volta. Prazerosamente.
Porque sexo é divino e com ele, aqui, as palavras dançam. Enxuto e econômico mas generoso e sumarento, o poeta também as faz dançar in memoriam. O poema que dá título ao livro, poema à memória de Mário de Andrade, a São Paulo de Mário é repentina e espontaneamente arquitetada e oferecida ao poeta baiano que, afinal, adotou a cidade nela atuando como excitado animador cultural. Genuíno dom de festeiro, seja em aberturas e salões mas principalmente onde talento e vocação se fazem mais em casa, a escrita.
Mistérios. Pode ser lá, pode ser cá, interior, balneário e subúrbio. Acrílico sobre tela. Connaisseur; o poeta entende de arte, na sensibilidade é também pintor nos poemas. Imagens memoráveis, despertar de pura tumescência. Perfumes, lençóis, cerveja. Linda mulher, fogão. Bar. Suicídio nipônico. Estacionamento em frente. Orgasmo sim, orgasmo não (o último).
E vai, fina escrita, gostosa também impressa. Despudor e audácia, Millenium . Remete, remonta: Picando fumo, coçar os olhos. A poesia, em si, mostra o seu valor. E que bom. O futuro terá essa ginga que Diógenes Moura já tem, no presente. Sabores e movimentos. Elementos. O vento a noite. Bacâncias. Pan tudo. Madeira, pedra. Orixás e Andy Warhol, Diógenes no traquejo social mistura bem os participantes de sua festa e tudo dá certo no livro. Mesmo se o evento pede que vá vestido para o que der e vier (Badalu). Amor? Só de mãe. O resto é fuego, paixões. Tesão. Café. Olé. O problema da Frida era o calo (subentende-se). E depois, é tão chique. Todo baiano é irresistível (frase por mim cunhada à guisa de evidência). E na poesia Diógenes Moura faz a palavra coruscar. A mão, o pênis, Onan-sim, por que não?
Pessoal, auto-biográfica até, momentos de vida, poesia posta em forma e papel vira afrodisíaco. Malícia baiana – como Gil certa vez me fez entender: Nada de domingueiras proustianas ao meio-dia em São Paulo (ao meio-dia? Nem pensar). Narciso em tarde cinza era Mautner – Diógenes é Moura. Moura Brasil: colírio. Olhos perscrutam. Olhos passeiam. Isherwood em Berlim, Diógenes em São Paulo, no Rio, em todos os lugares, também poderia dizer: “Eu, a câmera”. Wanderléia é evocada.
Evocada?
Evocada. Datas básicas. Saisons infernales. Desfiles. Gente como a gente. Gente come gente. Antropofagia num outro sentido, Oswald querido. Um pintor – tantas pinceladas – mas eu também pinto. Espremo amoras maduras e tasco o pincel. Caixa de fósforos. Chá de centímetros. Poemas feitos quadros, convite a neles se deter mais longamente, para mais sensivelmente os apreciar. Ali ficar mais um pouco e captar mistérios. Convivium. Balthus. Um dos que pintaram assim, como Diógenes Moura escreve. Quadros em uma exposição. São Paulo tem Oxum, Bauhaus, Ritz e Macau. Decoradora loura fumante de maconha & pretinho básico. Colette. Happy hour, axé para Ogum. Bolero. Gilda. E o poeta com ela pranteia. E termina com um singelo baiku, um Volpi. Elásticos chineses, uma exposição, um livro, um objeto de arte ao qual se volta. Prazerosamente.
Características | |
Autor | Diógenes Moura |
Biografia | Em Elásticos chineses os poemas físicos de Diógenes Moura provocam no leitor alongamentos bailarinos em território pudendo. Os elásticos podem ser chineses mas o tempero é baiano. A fusão, universal. Porque a questão territorial serelepeia abroad. Já no primeiro poema a pinta de viajante é dada no título: Roma sobre Dallas. O mundo antigo no high-tech pós-mod. E para que não fique só, só na Terra, Saturno se insinua como esconderijo. Eros presente no primeiro, no segundo, nos dezoito poemas. É tudo fluxo, quadros vivos, natureza em festa, fogo no Figo de Málaga, elefante de bunda botêrica, vacas, francês na cama, negros no sambódromo, a vida enlouquece. Já dizia a diva do écran, dependurado o salto agulha, ingressando na quarta idade: “Meu passado não é de poucas picas”. Porque sexo é divino e com ele, aqui, as palavras dançam. Enxuto e econômico mas generoso e sumarento, o poeta também as faz dançar in memoriam. O poema que dá título ao livro, poema à memória de Mário de Andrade, a São Paulo de Mário é repentina e espontaneamente arquitetada e oferecida ao poeta baiano que, afinal, adotou a cidade nela atuando como excitado animador cultural. Genuíno dom de festeiro, seja em aberturas e salões mas principalmente onde talento e vocação se fazem mais em casa, a escrita. Mistérios. Pode ser lá, pode ser cá, interior, balneário e subúrbio. Acrílico sobre tela. Connaisseur; o poeta entende de arte, na sensibilidade é também pintor nos poemas. Imagens memoráveis, despertar de pura tumescência. Perfumes, lençóis, cerveja. Linda mulher, fogão. Bar. Suicídio nipônico. Estacionamento em frente. Orgasmo sim, orgasmo não (o último). E vai, fina escrita, gostosa também impressa. Despudor e audácia, Millenium . Remete, remonta: Picando fumo, coçar os olhos. A poesia, em si, mostra o seu valor. E que bom. O futuro terá essa ginga que Diógenes Moura já tem, no presente. Sabores e movimentos. Elementos. O vento a noite. Bacâncias. Pan tudo. Madeira, pedra. Orixás e Andy Warhol, Diógenes no traquejo social mistura bem os participantes de sua festa e tudo dá certo no livro. Mesmo se o evento pede que vá vestido para o que der e vier (Badalu). Amor? Só de mãe. O resto é fuego, paixões. Tesão. Café. Olé. O problema da Frida era o calo (subentende-se). E depois, é tão chique. Todo baiano é irresistível (frase por mim cunhada à guisa de evidência). E na poesia Diógenes Moura faz a palavra coruscar. A mão, o pênis, Onan-sim, por que não? Pessoal, auto-biográfica até, momentos de vida, poesia posta em forma e papel vira afrodisíaco. Malícia baiana – como Gil certa vez me fez entender: Nada de domingueiras proustianas ao meio-dia em São Paulo (ao meio-dia? Nem pensar). Narciso em tarde cinza era Mautner – Diógenes é Moura. Moura Brasil: colírio. Olhos perscrutam. Olhos passeiam. Isherwood em Berlim, Diógenes em São Paulo, no Rio, em todos os lugares, também poderia dizer: “Eu, a câmera”. Wanderléia é evocada. Evocada? Evocada. Datas básicas. Saisons infernales. Desfiles. Gente como a gente. Gente come gente. Antropofagia num outro sentido, Oswald querido. Um pintor – tantas pinceladas – mas eu também pinto. Espremo amoras maduras e tasco o pincel. Caixa de fósforos. Chá de centímetros. Poemas feitos quadros, convite a neles se deter mais longamente, para mais sensivelmente os apreciar. Ali ficar mais um pouco e captar mistérios. Convivium. Balthus. Um dos que pintaram assim, como Diógenes Moura escreve. Quadros em uma exposição. São Paulo tem Oxum, Bauhaus, Ritz e Macau. Decoradora loura fumante de maconha & pretinho básico. Colette. Happy hour, axé para Ogum. Bolero. Gilda. E o poeta com ela pranteia. E termina com um singelo baiku, um Volpi. Elásticos chineses, uma exposição, um livro, um objeto de arte ao qual se volta. Prazerosamente. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | FUNDACAO CASA DE JORGE AMADO |
Largura | 15 |
Páginas | 72 |