No Brasil, na transição entre os séculos XIX e XX, a pretensão e o desejo de ser moderno não estiveram contemplados somente nos projetos da sua capital à época, o Rio de Janeiro, eram observáveis em várias cidades. A configuração dos fenômenos socioculturais que emergiram nesse cenário, entre os quais o esporte, estabeleceu múltiplos diálogos com o cenário internacional, em parte se aproximando de uma representação macro/alheia, em parte relendo-a pelas lentes locais. Partindo desse olhar, surge a questão: como observar essa dupla natureza de diálogo no desenvolvimento da prática esportiva em cidades brasileiras, no âmbito da construção de um projeto de modernidade? O que tem de relação com o cenário internacional e o que tem de peculiar? O livro, resultado de um esforço coletivo, apresenta a produção de vários autores sobre treze cidades: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Santos, Juiz de Fora, Aracaju, Natal, Belém. Ao final, esboça-se um esforço de comparação, primeiros passos para que possamos vislumbrar a possibilidade de tecer sínteses históricas mais amplas.