FRAGMENTOS OPINIOES E MISCELANIA
FRAGMENTOS OPINIOES E MISCELANIA
- EditoraGLOBO LIVROS
- Modelo: GL48141
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O livro é resultado de uma reorganização da obra de Lobato. Antes Fragmentos e Miscelânea integravam o volume Mundo da Lua. Opiniões fazia parte do volume Mister Slang e o Brasil. O objetivo de Lobato, ao organizar suas obras completas, era uniformizar o tamanho dos volumes. Mas, segundo a editora, isso criava um anacronismo, ao enfeixar textos de assuntos diferentes.
A nova obra é dividida em três partes. Fragmentos é composto de textos curtos, uma tentativa, abandonada por Lobato, de manter um diário pessoal. Essa parte apresenta textos curtos, nas quais Lobato expressa sua opinião sobre os mais diversos assuntos. No item colonialismo, por exemplo, ele escreve: "Somos um povo de mentalidade colonial. Nascemos colônia e até agora só conquistamos a independência política. Econômica, espiritual, mental e cientificamente, continuamos colônia. Damo-nos pressa em adotar tudo quanto vem de várias metrópoles que nos seguram pelo barbicacho - Paris, Berlim, Nova York, Londres".
Já a parte Opiniões é uma coletânea de artigos datados de 1926, a maioria criticando os desmandos do governo Arthur Bernardes. Nesse capítulo se destaca o texto "O padrão", no qual o autor explica aos leitores do que se trata a estabilização da moeda, objetivo do governo Washington Luiz. Lobato começa criticando os articulistas de jornal, que, ao invés de esclarecerem o tema, o tornam ainda mais obscuro: "Mais discutem, mais debatem, e menos o público se esclarece. Por quê? Porque em regra os expositores também não possuem ideias claras. Baralham coisas embaralháveis e dão valores arbitrários às cartas. O coringa vale tudo para um; para outro só vale o dez. Não definem os termos e discutem. Daí o caos". Para tentar explicar o assunto, Lobato se socorre com um filósofo imaginário. Em sua ironia, o autor diz que ele é hóspede do Estado, num medíocre hotel de pedra com grades de ferro nas portas.
A nova obra é dividida em três partes. Fragmentos é composto de textos curtos, uma tentativa, abandonada por Lobato, de manter um diário pessoal. Essa parte apresenta textos curtos, nas quais Lobato expressa sua opinião sobre os mais diversos assuntos. No item colonialismo, por exemplo, ele escreve: "Somos um povo de mentalidade colonial. Nascemos colônia e até agora só conquistamos a independência política. Econômica, espiritual, mental e cientificamente, continuamos colônia. Damo-nos pressa em adotar tudo quanto vem de várias metrópoles que nos seguram pelo barbicacho - Paris, Berlim, Nova York, Londres".
Já a parte Opiniões é uma coletânea de artigos datados de 1926, a maioria criticando os desmandos do governo Arthur Bernardes. Nesse capítulo se destaca o texto "O padrão", no qual o autor explica aos leitores do que se trata a estabilização da moeda, objetivo do governo Washington Luiz. Lobato começa criticando os articulistas de jornal, que, ao invés de esclarecerem o tema, o tornam ainda mais obscuro: "Mais discutem, mais debatem, e menos o público se esclarece. Por quê? Porque em regra os expositores também não possuem ideias claras. Baralham coisas embaralháveis e dão valores arbitrários às cartas. O coringa vale tudo para um; para outro só vale o dez. Não definem os termos e discutem. Daí o caos". Para tentar explicar o assunto, Lobato se socorre com um filósofo imaginário. Em sua ironia, o autor diz que ele é hóspede do Estado, num medíocre hotel de pedra com grades de ferro nas portas.
Características | |
Autor | MONTEIRO LOBATO |
Biografia | O livro é resultado de uma reorganização da obra de Lobato. Antes Fragmentos e Miscelânea integravam o volume Mundo da Lua. Opiniões fazia parte do volume Mister Slang e o Brasil. O objetivo de Lobato, ao organizar suas obras completas, era uniformizar o tamanho dos volumes. Mas, segundo a editora, isso criava um anacronismo, ao enfeixar textos de assuntos diferentes. A nova obra é dividida em três partes. Fragmentos é composto de textos curtos, uma tentativa, abandonada por Lobato, de manter um diário pessoal. Essa parte apresenta textos curtos, nas quais Lobato expressa sua opinião sobre os mais diversos assuntos. No item colonialismo, por exemplo, ele escreve: "Somos um povo de mentalidade colonial. Nascemos colônia e até agora só conquistamos a independência política. Econômica, espiritual, mental e cientificamente, continuamos colônia. Damo-nos pressa em adotar tudo quanto vem de várias metrópoles que nos seguram pelo barbicacho - Paris, Berlim, Nova York, Londres". Já a parte Opiniões é uma coletânea de artigos datados de 1926, a maioria criticando os desmandos do governo Arthur Bernardes. Nesse capítulo se destaca o texto "O padrão", no qual o autor explica aos leitores do que se trata a estabilização da moeda, objetivo do governo Washington Luiz. Lobato começa criticando os articulistas de jornal, que, ao invés de esclarecerem o tema, o tornam ainda mais obscuro: "Mais discutem, mais debatem, e menos o público se esclarece. Por quê? Porque em regra os expositores também não possuem ideias claras. Baralham coisas embaralháveis e dão valores arbitrários às cartas. O coringa vale tudo para um; para outro só vale o dez. Não definem os termos e discutem. Daí o caos". Para tentar explicar o assunto, Lobato se socorre com um filósofo imaginário. Em sua ironia, o autor diz que ele é hóspede do Estado, num medíocre hotel de pedra com grades de ferro nas portas. |
Comprimento | 23 |
Editora | GLOBO LIVROS |
ISBN | 9788525048141 |
Largura | 16 |
Páginas | 296 |