Cidade da Bahia,A - Crônicas

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Há Alguns anos atrás, antes de se instituírem as escolas de Comunicação, a Profissão de jornalista confundia-se quase sempre com o ofício do escritor. Na verdade, se passarmos em revista a maioria dos autores brasileiros, vamos encontrá-los, não raras vezes, exercendo funções ligadas à imprensa.
As redações dos jornais eram as oficinas de criação literária da época, onde os jovens candidatos ao cultivo das letras aprendiam a manejar os instrumentos da linguagem da maneira mais simples e mais eficiente: pela observação e pela prática.
Se a institucionalização da carreira de jornalista, com a obrigatoriedade do diploma, de certo modo afastou os escritores da redação dos jornais, uma certa analogia perdura ainda hoje entre as duas profissões: escritor e/ou jornalista usando os mesmos recursos, o mesmo material, na mesma ansiosa busca da expressão mais convincente.
Tasso Franco, jornalista de profissão, com muitos anos dedicados ao exercício das palavras, como não poderia deixar de ser, faz suas incursões no terreno literário, aproveitando-se, para isso, de uma vasta experiência profissional, que o faz descrever os fatos do cotidiano não só como registro de ocorrências, mas também como matéria de recriação.
Nesse seu novo livro de crônicas A cidade da Bahia – crônicas, onde nota-se a todo momento a marca do jornalista, Tasso Franco constrói um roteiro bem humorado da cidade no que ela tem de mais pitoresco e admirável: seu povo, seus costumes, sua geografia humana e cultural, traçando um itinerário saboroso, que passa por lugares consagrados pelo uso, por pontos estratégicos de conhecimento e percepção do que seja a verdadeira cara da cidade, sem cosméticos e sem disfarces.
Em páginas escritas com leveza e bom humor, onde por vezes sentimos perpassar um vento suave de contida nostalgia, ele recorda fatos do cotidiano que registram a transformações que atingiram a Soterópolis nestes últimos 50 anos, assinalando momentos privilegiados, encontros inesquecíveis com inesquecíveis figuras, modos e costumes que se perderam no tempo.
O Porto da Barra, o Porto dos Tainheiros, o Farol, os bares e restaurantes freqüentados por jornalistas, intelectuais e boêmios, que faziam da vida noturna de então um aprendizado de bem viver e conviver; as tortuosas ruas do Centro, a península de Itapagipe com seus moradores, seus usos e costumes tão peculiares, a Barroquinha e a turma de ouro do Jornal da Bahia, a Cantina da lua, do mestre Clarindo, com sua eterna elegância envolta em impecáveis ternos brancos; a bênção do Terreiro de Jesus, que ainda era uma manifestação espontânea do povo, e não uma festa para turistas. E tantos e tantos espaços, sagrados e profanos, de nossa mitologia urbana são retratados com traços leves por esse jornalista-escritor que, observando com olhar de repórter, consegue fixar os limites de um mapa que recorta, com amorosa nitidez, o contorno de uma Bahia que vai cada vez mais se perdendo, soterrada pelo tempo e pelo esquecimento, atropelada pelo “progresso” que destrói e impede coisas tão simples e tão prazerosas, como andar a pé de madrugada pelas ruas outrora tranqüilas, comer um mocotó nos fins de noite, no restaurante de Biu, ou ver o sol nascendo sobre o mar, depois de uma noite de bohemia, no velho Gereré de Amaralina.
Essa Bahia, que Tasso Franco conheceu e que hoje compartilha com os leitores, vive ainda no coração e nas lembranças de muitos que na certa se reconhecerão em suas páginas. Para os que não tiveram a sorte de compartilhar vivências e encantos dessa época, resta o consolo de pegar uma carona no trem da história e refazer os caminhos de um tempo que não volta.

Características
Autor Tasso Franco
Biografia Há Alguns anos atrás, antes de se instituírem as escolas de Comunicação, a Profissão de jornalista confundia-se quase sempre com o ofício do escritor. Na verdade, se passarmos em revista a maioria dos autores brasileiros, vamos encontrá-los, não raras vezes, exercendo funções ligadas à imprensa.
As redações dos jornais eram as oficinas de criação literária da época, onde os jovens candidatos ao cultivo das letras aprendiam a manejar os instrumentos da linguagem da maneira mais simples e mais eficiente: pela observação e pela prática.
Se a institucionalização da carreira de jornalista, com a obrigatoriedade do diploma, de certo modo afastou os escritores da redação dos jornais, uma certa analogia perdura ainda hoje entre as duas profissões: escritor e/ou jornalista usando os mesmos recursos, o mesmo material, na mesma ansiosa busca da expressão mais convincente.
Tasso Franco, jornalista de profissão, com muitos anos dedicados ao exercício das palavras, como não poderia deixar de ser, faz suas incursões no terreno literário, aproveitando-se, para isso, de uma vasta experiência profissional, que o faz descrever os fatos do cotidiano não só como registro de ocorrências, mas também como matéria de recriação.
Nesse seu novo livro de crônicas A cidade da Bahia – crônicas, onde nota-se a todo momento a marca do jornalista, Tasso Franco constrói um roteiro bem humorado da cidade no que ela tem de mais pitoresco e admirável: seu povo, seus costumes, sua geografia humana e cultural, traçando um itinerário saboroso, que passa por lugares consagrados pelo uso, por pontos estratégicos de conhecimento e percepção do que seja a verdadeira cara da cidade, sem cosméticos e sem disfarces.
Em páginas escritas com leveza e bom humor, onde por vezes sentimos perpassar um vento suave de contida nostalgia, ele recorda fatos do cotidiano que registram a transformações que atingiram a Soterópolis nestes últimos 50 anos, assinalando momentos privilegiados, encontros inesquecíveis com inesquecíveis figuras, modos e costumes que se perderam no tempo.
O Porto da Barra, o Porto dos Tainheiros, o Farol, os bares e restaurantes freqüentados por jornalistas, intelectuais e boêmios, que faziam da vida noturna de então um aprendizado de bem viver e conviver; as tortuosas ruas do Centro, a península de Itapagipe com seus moradores, seus usos e costumes tão peculiares, a Barroquinha e a turma de ouro do Jornal da Bahia, a Cantina da lua, do mestre Clarindo, com sua eterna elegância envolta em impecáveis ternos brancos; a bênção do Terreiro de Jesus, que ainda era uma manifestação espontânea do povo, e não uma festa para turistas. E tantos e tantos espaços, sagrados e profanos, de nossa mitologia urbana são retratados com traços leves por esse jornalista-escritor que, observando com olhar de repórter, consegue fixar os limites de um mapa que recorta, com amorosa nitidez, o contorno de uma Bahia que vai cada vez mais se perdendo, soterrada pelo tempo e pelo esquecimento, atropelada pelo “progresso” que destrói e impede coisas tão simples e tão prazerosas, como andar a pé de madrugada pelas ruas outrora tranqüilas, comer um mocotó nos fins de noite, no restaurante de Biu, ou ver o sol nascendo sobre o mar, depois de uma noite de bohemia, no velho Gereré de Amaralina.
Essa Bahia, que Tasso Franco conheceu e que hoje compartilha com os leitores, vive ainda no coração e nas lembranças de muitos que na certa se reconhecerão em suas páginas. Para os que não tiveram a sorte de compartilhar vivências e encantos dessa época, resta o consolo de pegar uma carona no trem da história e refazer os caminhos de um tempo que não volta.

Comprimento 21
Edição 1
Editora FUNDACAO CASA DE JORGE AMADO
Largura 15
Páginas 128

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